Aqui é frio e escuro, o Mike não tá aqui e eu estou sozinha. É o Upside Down, eu me sinto tonta e tudo dói, consigo ouvir homens maus conversando e um choro. Me levanto com dificuldade e começo a andar pra um lugar de onde saia uma luz, eu encosto minha mão na parede e ela a atravessa ficando coberta por uma gosma escura, é uma abertura de portal. Me afasto e uso o resto de minhas forças para abri-la e passar, saio de lá e começo a correr quando esbarro mas costas de alguém, a pessoa se vira e eu percebo que era o...homem de chapéu, os meninos chamam ele de Hopper eu acho, quando ele me vê começa a falar
Hopper: Eleven? Mas como?
El:~ajuda...
Ele então percebe que estou fraca e me carrega escondido até o lado de fora desviando dos homens maus, nós entramos na caminhonete dele e então um homem bate na janela, eu me cubro no banco de trás fazendo com que o homem não me perceba.
???: Xerife, por que a correria?
Hopper: Ah, eu estou meio cansado e não tenho muito como ajudar no caso, não entendo muito sobre ciência e monstros e enfim, uma boa noite.
Ele diz fechando o vidro e acelerando na estrada, ele parece pensativo e então faz um desvio repentino para uma estrada em meio a mata e para em uma cabana velha. Hopper então abre a porta e me carrega até lá me deitando em um sofá empoeirado.
Hopper: Descanse um pouco e pela manhã teremos uma conversa. Eu vou vigiar enquanto isso, você está segura agora.
Eleven: ~promete?
Hopper: *suspira* olha garota...-Ele pensa como a resposta dele pode me afetar- sim, eu prometo.
Logo meus olhos se fecham e uma lágrima desce quente pela minha bochecha enquanto penso em Mike.
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Já é manhã e não sinto mais frio, tem um grande cobertor em cima de mim e na mesa uma xícara de leite quente com alguns biscoitos em uma embalagem de mercado, Hopper está sentado em frente a mim me observando.
Hopper: Olha só quem acordou- ele diz com um sorriso acolhedor enquanto eu me levanto e já tomo um gole do leite pois estava com fome- e aí garota? Podemos conversar? Eu não quero te fazer nenhum mal.
Eu digo que sim com a cabeça e ele começa a me contar seu "plano". Daquele dia em diante aquela seria minha casa e lá eu estaria segura e todos os outros também, ele tomaria conta de mim nenhum homem mal nunca iria me encontrar mas uma dúvida me vem a mente e eu resolvo falar.
Eleven: Mike?
Hopper: Olha garota...pode ser difícil, agora, pra você entender mas....você não vai poder ver ele até a poeira baixar e esses homens desistirem da busca, ok?
Eleven: Ok...
Depois disso eu fiquei triste, esse sentimento era ruim, as lágrimas caíam e eu me sentia fraca, decidi por ignorar a tristeza e ficar só com a esperança de como vai ser quando a poeira baixar.
Flashback off
Era manhã e o vento frio atravessava a janela do meu quarto, Hopper havia reformado ele e tudo era bonito, parecia o quarto da Nancy, irmã do Mike, eu fui lá uma vez quando ele está na escola, mesmo assim me lembro bem, só que eu gosto mais do meu quarto do que do dela, é legal ter um espaço meu onde as paredes não são claras, tudo é cheio de fortes luzes e tem câmeras me observando 24 horas por dia. •mais ou menos como seria o quarto da El•
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(A única imagem mais parecida que eu encontrei, imagine com um pouco menos de janelas)
Me levantei e fui lavar meu rosto, meus olhos estavam um pouco inchados por causa da noite de choro de ontem, as vezes eu não me seguro quando ouço a voz do Mike falando sem resposta pelo Walkie, Hopper não me deixava responder porque era perigoso. Naquela manhã ele já havia saído então eu decidi que talvez pudesse sair pela floresta ou até pela cidade um pouco. Coloquei uma roupa mais aquecida, uma blusa lilás com um suéter de lã largo e uma jardineira comprida em jeans escuro, já era inverno e o frio já havia chegado, o vento era forte e balançava os cachos do meu cabelo que estava quase na altura dos ombros, por um tempo eu só caminhei por uma trilha até chegar na cidade. Estava tudo bem quieto e não haviam muitas pessoas mas ruas foi quando eu ouvi algumas risadas e me vi entrando em um lixão, rapidamente me escondi pois eram meus amigos e dessa vez eu tive de mentir pra eles que não estava lá, mas uma pessoa parecia saber que eu estava ali, era o Mike, ele se aproximou do carro velho onde eu me escondi e nesse momento eu só saí correndo pra casa torcendo pra que ele não tivesse me visto. Me tranquei na cabana com um largo sorriso no rosto (eu vi ele de novo, finalmente...).
Mike POV: Eu estava com os meninos no lixão onde as vezes nos encontrávamos pra conversar depois da escola, estávamos rindo porquê o Dustin começou a fazer imitações de personagens- muito bem por acaso -mas foi nessa hora que eu senti que alguém estava nos observando, foi estranho, pois eu não me senti ameaçado e sim seguro e aquecido por dentro. Eu me virei e ninguém estava lá, foi quando me levantei e andei naquela direção. Ao longe eu só vi uma silhueta em meio as árvores, mas pude saber, era ela...mas porque fugiu? Eu tenho que descobrir mais, mas sei que é arriscado...
Lucas: Mike, aonde vai?
Mike: A lugar nenhum, só achei que tinha visto algo.
Dustin: Visto o que?
Mike: Só alguma coisa atrás do lixo, no máximo um gato ou sei lá.
Depois de alguém minutos de silêncio Will decide ir embora e Dustin e Lucas se entreolham e vão também, eu os acompanho e me separo deles antes do costume pra ir pra casa.
POV em terceira pessoa:
Lucas: Gente, acho melhor voltarmos ao nosso papo de resgate a El agora, eu tenho um presentimento de que o que o Mike achou que viu não era só um gato, acho que ele pensou ter visto ela.
Will: Eu também achei isso, minha mãe já deve estar em casa agora, afinal é sexta-feira, podemos falar com ela e com o Jonathan talvez.
Dustin: Pede pra ele chamar a Nancy, aposto que ele tem o telefone dela. *risada meio maliciosa*
Will: Cala boca cara- ele fala meio que rindo também- mas mesmo assim temos que chamar ela, vamos.
