Capítulo I

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  O dia havia amanhecido nublado, e  Elisa se levantou e se aproximou da janela " Espero que hoje chova!" Pensou a jovem Elisa.

  Como de costume, Elise tomou seu banho rápido e desceu para tomar café da manhã com sua irmã mais velha Ana Flávia.

—  Bom dia Ana. — Disse Elisa ao se sentar a mesa junto da irmã.

— Bom dia Lisa. Dormiu bem? — Respondeu tomando seu Cappucino.

— Sim, como está Harry? Já faz um tempo que não o vejo.

— Ele está bem, só um pouco atarefado. A empresa está preparando um evento para um dos sócios mais importantes da América latina, e Harry quer que fique tudo perfeito. — Respondeu revirando os olhos.

— Quando será o evento?

— No sábado, e você irá comigo! Harry conta com a sua presença, e como eu sou assistente do Harry tenho direito de levar um acompanhante que no caso é você. — Disse sorrindo.

— Claro, podem contar com a minha presença. — Respondeu se levando da mesa. — Já vou indo, se cuida!

  Quando Elisa estava chegando a livraria, ela observou duas crianças de aparentemente sete anos de idade sentadas no banco da praça enfrente a livraria. O menino se levantou e correu até o outro lado do parque e pegou uma flor e voltou até o lugar onde ele estava e pôs a flor nas mãos da menina, que como agradecimento deu-lhe um beijinho na bochecha.
Elisa sorriu e entrou para a livraria.

  Assim que entrou no estabelecimento, a jovem começou seu trabalho. Organizou alguns livros que estavam fora de seus lugares, limpou todas as quinze prateleiras e parou quando ouviu o barrulho do pequeno sino da porta.

— Bom dia dona Vera! — Disse descendo da escada.

— Bom dia Elisa, vim trazer suas correspondências que novamente chegou lá em casa.

— Muito obrigada dona Vera, como está o senhor Antônio? — Perguntou olhando as correspondências.

— Está bem, essa semana minha filha Clarisse vira nos buscar para irmos conhecer nossa nova netinha.

— Que maravilha dona Vera. Aproveitem bem a viagem!

— Com certeza minha filha, já vou indo. Não quero atrapalhar seu trabalho. — Disse sorrindo e abraçando Elisa.

— Que isso Dona Vera, a senhora não atrapalha nunca!

— Mesmo assim, já vou indo.

— Até mais!

   Dona Vera e senhor Antônio são um casal de idosos. Eles estão juntos a setenta anos. Dona Vera era uma adolescente quando começou a namorar com senhor Antônio e estão felizes até hoje!

  O dia se passou rápido, não houve um grande fluxo de clientes como sempre. Elisa deu uma boa faxina na livraria e no fim da tarde ela voltou para casa para se encontrar com sua irmã para o jantar.

" Preciso ir até o mercado, hoje eu mesma irei cozinhar"  Pensou Elisa e seguiu para o mercado que havia ali por perto.

  Elisa amava cozinhar, sua tia a ensinou a fazer vários tipos de comida, mas o seu prato preferido é stroggnoff de frango.

  Quando Elisa estava chegando ao mercado, ela ouviu barulhos de tiros e gritos de mulheres e crianças. Ela não sabia o que fazer, não sabia o que estava acontecendo. Ela correu até uma moça que havia caído no chão e quando elas foram se esconder, Elisa sentiu uma dor insuportável no braço esquerdo e caiu no chão. " Tenha calma moça, eu não vou deixar você morrer"  Foram as últimas palavras que Elisa pôde escutar naquele momento e depois apagou não se lembrando de mais nada.

                           °°   ♡   °°
 

— Doutor, como ela está?  — Elisa pôde escutar uma voz não muito estranha perguntar ao médico.

—  O estado dela está estável, a cirurgia foi realizada com sucesso e assim que ela acordar dependendo do estado em que ela estiver poderá receber alta!

  Elisa estava em estado de choque. " Como eu vim parar aqui?" Ela se perguntava a si mesma. Ela estava fraca de mais para se levantar, ela não conseguia fazer esforço algum pois seu braço estava enfaixado e o outro estava preso ao soro.

— Boa tarde Elisa! — disse o médico com um sorriso nos lábios.

— Boa tarde? — Respondeu confusa.

— Sim, boa tarde. Na noite passada, ouve um tiroteio perto de um mercado e a senhorita estava lá que por azar levou um um tiro no braço esquerdo.

— Ah sim. — Disse olhando para o braço. — Minha irmã está aí?

— Sua irmã passou a noite aqui. Mas pelas manhã precisou ir para casa para tomar um banho e ir para o trabalho. Mas tem o rapaz que a trouxe ontem!

— Rapaz? Que rapaz? — Elisa não sabia e nem fazia a menor ideia de quem poderia ser o tal rapaz que a levou para o hospital.

— Bom, não sei o nome dele mas posso pedir para que ele entre?

— Pode sim.

  Quando o doutor saiu do quarto, em seguida entrou um rapaz de aparentemente uns vinte anos. Ele era alto, tinha os olhos verdes, corpo atlético e um lindo cabelo castanho escuro. Elisa nunca havia visto ele e talvez ele também nunca havia visto Elisa.

— Elisa certo? — Disse o rapaz colocando um lindo buquê de flores num jarro que tinha perto da cama.

— Sim, e você é? — Perguntou olhando para o rapaz meio receosa.

— Eu me chamo Lucas. Lucas Buchmann. — Respondeu se sentando no sofá que havia no quarto.

— Prazer Lucas Buchmann, me chamo Elisa Cooper. — Disse estendendo a mão.

— O prazer é todo meu Elisa.

  Lucas contou a Elisa como foi que ele a trouxe para o hospital e como foi que ele a salvou dos tiros.

  Elisa só receberia alta no dia seguinte, então Lucas ficou com ela até que a mesma recebesse alta para ir casa já que ela não tinha companhia.

 
 

O Amor Nunca AcabaOnde histórias criam vida. Descubra agora