— O que achou desse vestido? — Perguntou girando, era um vestido longo vermelho e brilhante. Era justo e tinha um corte na lateral. — Lucas?
— V-Você ficou linda! — Ele parecia ter ficado hipnotisado. Não era pra tanto pois Elisa estava deslumbrante com o vestido que ela tinha escolhido.
— A senhorita vai querer que embale esse? — Perguntou a vendedora.
— Sim, vou levar esse!
Lucas havia escolhido um smoking e um sapato preto. Elisa escolheu o vestido vermelho e um scarpan na cor nude.
Como eles estavam no shopping, depois de fazer as compras eles foram para o cinema pois Lucas havia prometido que a levaria para assistir um filme que estava em cartaz que era do gênero preferido dos dois: terror.
— Vamos assitir esse? — Elisa apontou para o filme que tinha como titulo " O Babadook".
— Esse eu já vi, que tal outro?
— Quem viu foi você não eu! Então como você me prometeu me trazer para assistir eu escolho o filme então será esse! — Disse com ar de vencedora.
— Ok Elisa.
Assim que compraram as pipocas eles entraram na primeira sala do cinema.
°° ♡ °°— Me lembra de não querer assistir a continuação desse filme. — Elisa falou jogando o copo do refrigerante no lixo.
— Eu tentei avisar. — Lucas dizia entre as risadas. — Dá próxima vê se me escuta dona Elisa.
— Eu não sou obrigada a nada. — Respondeu mandando beijos no ar.
— Abusada nem um pouco né. Agora a onde vamos?
— Tem um parque do outro lado da cidade o que você acha?
— Por mim tudo bem, vamos?
— Eu quero comer antes né, ir de barriga vazia faz mal!
— Starbucks ou McDonald's?
— Starbucks com certeza!
Os dois saíram em direção a praça de alimentação do shopping. Quem os via poderiam até pensar que eram namorados pois sempre estavam abraçados ou fazendo brincadeiras que namorados fazem. Para Lucas, Elisa não era mais apenas sua amiga. Ele queria mais que isso! Ele queria fazê-la fez, queria dar a ela todo amor que existia nele. Porém, ele não sabia se o que ele sentia era recíproco e não queria se entregar para viver ilusões futuras.Assim que chegaram ao Starbucks, procuraram uma mesa afastadas das outras a pedido de Elisa.
Um dos funcionários foram até a mesa e anotou os pedidos, logo após saiu em direção ao balcão e sumindo além dele.— Por que essa mesa afastada das outras? — Perguntou Lucas encarando-a.
— Digamos que eu aquele lado me traz memórias ruins e que eu prefiro esse lugar por conta de ser um dos melhores pontos para assistir e ouvir melhor a tv.
— Interessante.
— Sim. Olhe só que lindo aquele casal de idosos! — Disse mostrando disfarçadamente.
— Verdade. Quando o amor é verdadeiro, ele supera tudo. Não existe barreiras capazes de impedir que sejamos felizes. Eles são prova viva disso não acha? .
— Acho. Talvez eles sofreram de mais para estarem juntos.
— É, enquanto outros tem a oportunidade de graça nem ligam. Cada um se apega nas oportunidades que quer não é mesmo? — Forçou um sorriso.
— Cada um de nós temos o livre arbítrio para fazer aquilo que nos convém.
— Aqui está o pedido de vocês. Tenham um bom apetite. — Uma moça levou os pedidos e depois se retirou do local.
— Expresso de chocolate com avelã. Meu preferido desde sempre!
— Muito doce, mas eu também gosto. Só que hoje eu vou de Cappucino. — Respondeu dando um gole de sua bebida
— É bem doce mesmo, mas o que não faz mal alegra meu coração! — Disse rindo e depois bebeu seu expresso.
Após uma longa discussão por quem iria pagar a conta, cada um pagou o seu e depois seguiram até o parque que Elisa sugeriu para que fossem.
No caminho, Elisa conectou seu celular no carro de Lucas para que pudessem escutar algumas músicas brasileiras que Lucas nunca ouvira.
— As letras das músicas são um pouco diferente das que estou acostumado a ouvir. — Disse Lucas sem tirar os olhos da pista.— Quando eu morei no Rio, as pessoas ouviam bastante músicas sertanejas, o pagode, o funk e rap entre outros. Mas o que eu mais gostei de conhecer foi o rap! Rap é poesia vinculada a melodia. Nem todos são devo admitir, mas tem uns que me deixam mais leve sabe? As vezes nem é a letra mas os toques a melodia em si. É uma coisa interessante e inexplicável.
— Entendi, você parece ter gostado de ter sido brasileira por um tempo.
— É claro que gostei. No começo foi difícil por conta da minha idade e pelo motivo da minha partida, mas assim que fui entendendo me adaptei muito bem ao país.
— Tem vontade de morar lá novamente?
— Não. Porém sempre que dá eu vou lá para ver meus tios e minha avó. Na verdade faz muito tempo que não vejo minha avó, ela mora em Copacabana e minha tia Arraial do cabo e por eu não saber o lugar certo e ter perdido o contato não vejo ela.
— Ah sim entendi. Chegamos! — Ele saiu e abriu a porta do carro para que Elisa pudesse sair e seguiram até o lugar onde vendia os ingressos.
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O Amor Nunca Acaba
RandomElisa é uma jovem de 20 anos que mora em Londres junto com a irmã mais velha. Seus pais morreram devido a um acidente de carro e desde então Elisa teve quem se mudar para o Brasil, pois sua guarda foi dada para sua tia. Na época do acidente, sua irm...