Na Amazon!
Cinco meses após perder uma parte da sua memória, Max Williams se vê confuso com as imagens de uma mulher surgindo em seus sonhos. Ele sabe que a ama, mas não a conhece. Como isso pode ser possível?
Ser esquecida doeu, mas não era algo...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"As vezes eu me pego pensando por onde você anda. Se ainda vai todo dia no Pop's, comer uma torta de abacaxi, mesmo que eu não esteja com você. Imagino que não deixou de correr no parque todo sábado de manhã, ou pular o café da manhã todo domingo. As vezes, eu imagino que pensa o mesmo sobre mim. E se eu pudesse responder, Max, diria que ando na corda bamba, lutando para me equilibrar na estreita linha entre a razão e a insanidade. Diria para você que morro de medo de cair, porque abaixo dessa maldita linha fina, não existe nada além de vazio e escuridão."
Diário de Elara Saint Clair
Hoje eu acordei sem nenhuma disposição. Nadinha. A barriga já está pesando e o bebê aqui dentro é muito espaçoso. Uma completa folgada. Passa o dia dormindo e quando eu vou descansar, resolve fazer a festa.
Daphene me colocou em uma aula de yoga para "jovens mamães" e isso havia diminuído o desconforto. No começo, achei um máximo. Adorava a sensação de paz que me dava. Mas agora, eu só penso em explodir aquela maldita sala de aula com cem dinamites.
Meu Deus, é sábado! Eu preciso dormir até o meio dia e só levantar para comer. Daph não parece entender minha preguiça, e bate na porta como se fosse derrubá-la - e talvez fosse mesmo.
- Acorda bela adormecida! - Ela grita pela quinta vez.
- Me deixa em paz! - Viro meu corpo em direção a parede e me cubro com o edredom, na intenção de barrar qualquer ruído que me faça levantar.
- ELARA! Pense na sua filha, pelo amor de Deus! - Daph desiste de bater na porta e apela para meu lado sentimental.
Droga.
Minha filha é tudo o que eu tenho. Não sabia da sua existência quando fugi de Charleston, e assim que descobri, cogitei por semanas abortá-la. Eu estava sozinha em um lugar estranho, sem renda, sem estruturas, sem sonhos. Agradeço muito à Daph, que me induziu a prosseguir com a gravidez. Está sendo difícil, e vai ficar ainda mais complicado, mas não existe nada no mundo que eu não faça por essa criança.
É uma gravidez segura, segundo o obstetra, minha saúde está perfeita e aparentemente eu não terei complicações. O yoga também serve para criar espaço interno, o que vai ajudar a bebê.
Foi só pensar na instrutora falando que o Yoga iria diminuir minha dor no parto que eu resolvo ir.
Hesitante, levanto. Visto minhas roupas o mais rápido que posso assim que olho para o relógio e vejo que estou atrasada. Eu não devia ter dormido tanto.
Sinto muito sono. O tempo todo. É só deitar, que durmo. Isso sempre me lembra o Max e sua habilidade de dormir em qualquer situação. Já me peguei rindo ao acordar duas paradas depois da minha no ônibus, lembrando que Max já havia passado pela mesma situação. No fim eu chorei de saudades, mas ficou tudo bem.
