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Nicolas Barone

Eu estou realmente preocupado, já faz  7 minutos que eu mandei mensagem pra Má.
Tenho que lembrar de perguntar o nome dela de verdade...

Kendra tá marcando o braço todo do Jack, de tanta preocupação.
Jack é o namorado dela.

O que tá acontecendo com ela?

- Barone e Kendra? - Uma menina chegou até nos, mas eu não olhei pra ela. Vi que Jack tinha afirmado quem éramos com a cabeça. - Prazer, Má. - Eu juro que nessa hora eu virei a cabeça que nem a garota do exorcista. 

- Garota do céu, nunca mais me da um susto desse. - Mandei, já apertando ela num abraço forte, que a mesma correspondeu na hora. - O que aconteceu? - Perguntei quando finalmente a soltei.

Ela tem um perfume incrível...

- Deixamos, ou melhor, Gusta deixou a Mari dirigir o carro dele. - Respondeu enquanto abraçava Kendra, que apertou ela também.  - Mari é a Estanieck. - Esclareceu pra gente não se confundir.

- Ainda bem que você chegou Má, ele estava quase fazendo um buraco no chão de tão nervoso. - Jack tinha que abrir esse bocão.

- Ownt, que bonitinho - Me deu outro abraço e apertou minha bochecha esquerda. - E meu nome é Maya, caso prefiram me chamar assim. - Anunciou com um braço ainda envolvendo meu tronco.

É, talvez eu devesse, mas eu não quero soltar ela. Depois do nervoso que eu passei tenho o direito de me certificar que ela tá mesmo aqui.

Antes que pudéssemos falar qualquer coisa, o celular dela começou a tocar.

- DiLucca falando. - Óbvio que eu saí andando, devo ter cheirado pó de refresco pra deixar você dirigir. - Tô na entrada Norte abraçada com o Barone, e sinceramente, me parece mais seguro estar aqui, com o pessoal que acabei de conhecer, do que estar dentro desse carro com vocês. - Eu não, a gente vai lanchar, tchau. -

Isso foi o que a gente conseguiu escutar da ligação, claramente só a parte em que a Maya fala.
E tenho certeza de que corei quando ela disse que estava mais segura abraçada comigo...

É isso mesmo, só prestei atenção nessa parte.

- Vamos lanchar? - Perguntou depois de guardar o celular.

- Podem ir na frente, Kendra e eu vamos comprar uma coisa antes. - Jack, não sei se te agradeço ou te mato.

- Eles sempre tentam deixar você sozinho com a garota que acabou de conhecer? - Maya perguntou olhando nos meus olhos.

- Quase sempre... - Que olhos são esses, senhor.

- Tchau né gente, você tá com fome Maya. - Kendra exclamou já empurrando a gente pra dentro do shopping. 

- Tô mesmo, larica de dez maconheiros. - Que tipo de garota fala isso? Certeza que Maya veio com defeito de fábrica.

Ainda bem que veio. 

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