Oi, sou a Sam.
Uma jovem mulher complicada e perfeccionista e actualmente numa batalha onde meu oponente sou eu mesma!
Será que o que eu tenho é o que quero?
Será que eu preciso do que eu quero?
Tenho apenas umas horas para uma importante decisão...
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Mais uma vez atrasada para as aulas por ter acordado tarde quase cai a saltar da cama, a sair da casa de banho, a descer do prédio e a entrar no táxi. Foi lastimável e a cada tropeço sentia o dia mais miserável ainda.
Quando desci na primeira paragem tive que esperar pelo segundo táxi que demorava. Se chegasse agora mesmo só estaria atrasada por exatos: não funciona – exclamo a olhar para o relógio no pulso. Hum, tiro o telefone do bolso e está desligado.
Olho para os lados e perto de mim vejo um rapaz a ouvir música. Aproximei-me e tentei pedir ajuda.
- Bom dia, será que poderia dizer-me horas?
- Sim claro – respondeu educadamente antes de tirar o telefone do bolso – são sete e sete.
- Já isso tudo? – exclamei desesperada, as minhas aulas começam pontualmente as sete e meia, e infelizmente são vinte minutos daqui até a escola se eu não sair daqui agora estou feita.
- Eh, devias ter acordado mais cedo – ele diz, achei estranho porque ele acertou numa infinidade de possibilidades para o meu atraso e falou sem medo de errar. Tiro certeiro!
- Pode não ser bem assim e se eu te disser que tenho uma filha, ela estava com febre esta manhã e eu tive de a levar para o hospital e depois a casa da minha mãe e agora estou a ir a correr para a escola porque tenho uma prova importante hoje.
- Eu não iria acreditar porque não é verdade.
Arregalei os olhos pela certeza que ele falava de alguém que nem conhece. De algo que ele nem sabe...
- Não é, mas poderia ser. - cruzo os braços.
- Eu vejo-te todas as manhãs e estás sempre assim (apressada): devias fazer alguma para mudar isso.
Olhei para ele porque ele tem razão. Também já o vi algumas vezes nos meus infinitos e incontáveis atrasos, mas ele é tão atrevido de me dizer isso na cara que eu nem sei como ripostar.
De repente ouvi alguém dizer a data de hoje: trinta de Novembro.
- E se eu te dissesse que hoje é o meu aniversário acreditarias?
- Talvez... - ele sorriu – Chegou o teu táxi. – fez um sinal com a cabeça apontando.
Sorri ainda abalada com a segurança daquele rapaz e quando notei que havia chegado na minha última paragem bateu um nervosísmo pela prova porque eu não posso perde-la, sei que estudei o suficiente e quando fui dormir às cinco horas da manhã após fechar os livros prometi que só dormiria até as seis, mas prolonguei para seis e meia e quando dei por mim já eram seis e cinquenta e cinco. Ainda bem que no tempo de frio não precisamos tomar banho muitas vezes!
LOL SQN
A prova foi um sucesso depois de umas lágrimas de crocodilo para a professora deixar-me entrar e quando assim o fiz esforcei-me para lembrar de tudo o que havia estudado e felizmente coadunava com as questões.