Como reagi?

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Comecei a namorar e decidi continuar fiel ao PSRD, não fazia nada que o pudesse magoar

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Comecei a namorar e decidi continuar fiel ao PSRD, não fazia nada que o pudesse magoar. N U N C A. Uma pessoa como ele não merece tamanha decepção e eu não sou digna de causa-la se fosse rapariga que dá tudo o que ele quer talvez seria bem diferente, apesar de ter um namorado ainda sou virgem e nem estou a falar de meu signo mas nunca achei digno de mim como mulher envolver-se sexualmente com todos os namorados que tem, só darei esse prazer a meu futuro marido... talvez.

Por mais que me achem maluca Deus dará alguém que vai me respeitar até esse ponto eu tenho a certeza.

Mas quanto ao meu presente por mais que eu queira fazer as coisas ele vem com historinhas que fazem parecer que só fiz porque ele comentou sobre isso do "prazer ao meu marido" quando eu na verdade já havia pensado nisso. Aprendi a adaptar-me ao beijo dele e isso já não é um poblema mas ele é bem acelerado e quando dou por mim já estou sem blusa e toda despenteada até dar um basta.

A cada dia gosto mais um pouquinho dele, mesmo assim ainda não acho justo dizer que o amo. Ainda tem muita coisa nele que acho errada começando pela sua forma de alimentar-se: não come nada saudável, passa a vida a comer fast food por causa da vida corrida de escrever monografia. Não acho correcto e sempre falo, mas ele faz ouvidos de mercador apesar de sua forma física concordar comigo e ele não parou de beber acho que só piora a cada dia; evito ficar perto dele nestes momentos porque sinto que só quer seguir os amigos mesmo tendo uma cabeça com neurónios suficientes para traçar sua própria trajetória e isso irrita-me.

Não me entendam mal isso não é sobre mim é sobre ele não respeitar a minha opinião quando na verdade eu estou preocupada com ele, não é que eu queira mudá-lo mas sim fazê-lo perceber o que pode ser melhor porque ele reclama de estar a perder o controlo do peso e são essas coisas óbvias que eu tento fazê-lo ver.

Apesar dele não ouvir nada que eu digo aprendi a respeitar, até porque eu não gosto de o acompanhar nas festinhas dele e ele prefere fazer algo comigo para compensar. Tentei fazer um esforço para ser fofa e demonstrar carinho e acho que tenho conseguido mesmo assim nunca parece suficiente para ele, porque se não lhe apetecer eu não posso avançar: ele é que tem de querer me beijar ou abraçar, implica com minha falta de seios fartos, faz piadas de minhas unhas quase impintáveis de tão curtas e do meu cabelo que como ele diz "nunca cresce" e isso são pequenos detalhes que afectam muito porque por mais que haja situações em que ele me elogie sempre que toca num desses assuntos "delicados" ele magoa-me muito e é como se ele nunca tivesse dito nada de bonito para mim, a sensação é estranha mas eu sei lidar com ela.

Somos dois aprendizes neste mundo, mas ele está bem mais atrás do que eu.

No dia da Missa de seis anos de morte do meu pai, ele mandou-me uma mensagem a dizer que não poderia aparecer porque estaria o dia todo com seu orientador para alguns retoques, só para constatar a defesa é só no próximo ano e a Missa é sábado de manhã. Até poderia desconfiar que ele estava com outra ou assim mas ele é louco por mim, um dia sem falar comigo e ele já fica como se o impedissem de respirar.

A Ema já voltou para a África do Sul e para além deles eu já não havia contado a mais nenhum dos meus amigos sobre o dia. Então fui consciente de que estariam apenas familiares, sentei-me ao lado da minha mãe que sorria cordialmente a todos que foram prestar homenagem aquele que já foi seu marido, minha mãe sofreu muito mas está bem melhor agora e sente-se mais livre do que nunca porque ela viu uma nova visão da morte naquilo que é a vida com Deus.

Quando a Missa acabou avistei um certo jovem que cumprimentou-me com um abraço.

- A celebração foi muito bonita, de certeza que ele ficou feliz. – sorri concordando e apresentei TQPAD a minha mãe.

- O quê que vais fazer hoje? – perguntou-me assim que eu fiz menção de o despedir, respondi que nada e ele propôs irmos passear.

O ambiente em casa não estava nada receptivo, então aceitei o convite e conduzi seguindo as suas indicações para uma praia meio deserta, muito bonita.

Falamos e falamos, fizemos umas misturas de TWIST com sumo e deixou-nos mais sorridentes do que somos. Peguei numa das garrafas e girei na areia, ela parou "apontando" para mim.

- Verdade ou consequência? – ele disse para o meu espanto que não consegui disfarçar -- Nunca jogaste?

- Já - eu disse lembrando do meu primeiro beijo com o meu namorado -  mas tu não tens namorada?

- Sim tenho, não tem problema garanto que não haverá beijos. E acho que tu também tens... - ele diz meio que perguntando. – Por favor escolhe Verdade para eu fazer essa pergunta.

Eu ri antes de satisfazer o seu desejo. Rimos muito com a brincadeira e fomos conhecendo-nos mais e partilhando muitas histórias da vida.

Achei muito estranha a pergunta que me veio em mente quando ele respondeu Verdade pela primeira vez: como era o relacionamento dele? Porém fiz-a à mesma.

- Estamos juntos a uns oito anos – quase a idade da minha irmã mais nova a.k.a uma vida inteira - e são mais beijos e brigas do que posso contar. Eu cresci e amadureci muito com ela e ela mostrou-me um lado diferente da moeda da vida, mas parece que eu embarquei mais em muitos valores que ela me apresentou do que ela própria, antes eu brincava muito com os relacionamentos não levava ninguém a sério e ela me mostrou o que é ser fiel a alguém. Mas quando voltei dessa vez muita gente contou-me muitas histórias de que ela pulou a cerca, pessoas que não têm motivos para me mentir e eu não sei em que acreditar portanto estamos meio que afastados.

Eu quase chorei com tamanha simplicidade e sinceridade.

Foi a única vez que eu senti que ele preencheu um vazio que o PSRD deixou, mesmo assim foi muito significativo para mim. 

 

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O homem ideal (existe?)Onde histórias criam vida. Descubra agora