"I love you, Cass"

04

Levantei-me e vesti a roupa.

—Adeus, baby -dei um beijo casto em Mandy e saí.

Fui dirigindo com a ideia que eu talvez seja gay ou bissexual ou se eu estava apenas ficando doido. Ao chegar no bunker, dei de cara com Sam, Cass e Bobby na cozinha, fiquei meio sem graça ao olhar para Cass devido ao pensamentos impuros que tive na noite passada com ele, porém continuei em direção a geladeira para pegar água.

—O que aconteceu? -disse após abrir a porta da geladeira a procura de algo para comer.

—Ei, filho, não te vejo a tempos em. -disse Bobby.

—É, eu digo o mesmo. Gostaria de um abraço?- disse rindo e Bobby revirou os olhos.

—Então, o que está acontecendo?

—Nada. -disse Bobby- Eu só vim aqui ver vocês, fazia tempo que eu não os via, idiotas.

Rimos, conversamos e bebemos cerveja e até jogamos cartas por um longo tempo. Eu desconfie de Bobby estar demonstrando carinho, mas não me importei, porque gostava de sua companhia. Já estava escurecendo quando Bobby foi embora, nos despedimos e depois fui procurar algum caso para ocupar minha mente já que ela, agora, estava só concentrada em Cass. E achei um. Parece que um pessoa morreu de uma forma misteriosa em Esbon, Kansas, seus órgãos haviam virado gelatina sem nenhuma explicação, falei com Sam e fomos até a cena do crime no outro dia, até mesmo Cass foi com a gente.

—Ei, xerife, agente Louis Morely e esses são os meus parceiros, agentes Edward e Harry. -disse apontando para Sam e em seguida para Cass.

—Ei, meninos, bom é um caso muito estranho. Vamos, eu explico, aqui é onde a vítima foi encontrada -disse ele apontando para o sofá-, o nome da nossa vítima era  Jacob Aplin, era um homem bom, de boa condição financeira e um bom amigo, segundo os familiares e amigos. Segundo os vizinhos, ele havia chegado da casa da namorada tarde, então talvez bebeu uma cerveja -ele apontou para a garrafa de vidro em cima da mesinha de centro- e viu TV, foi para o quarto, deitou e então morreu.

—Obrigado xerife. -disse Sam, e  quando o policial saiu de perto pegou o Emf e viu que nada aconteceu -Então, pode tirar fantasma da lista.

Procuramos por algo que seria útil para descobrir o que havia acontecido, porém não achamos nada, até que...

—Ah, vejam o que encontrei! -disse Sam com um saquinho de bruxa na mão.

—Hm. Ok, agora vamos começar a falar com os familiares. Eu e Cass vamos falar com eles e você vai procurar saber desse feitiço. -disse para Sam, e o mesmo concordou.

Cass e eu fomos à casa da namorada de Jacob.

—Então, Srta Katherine, Jacob tinha algum inimigo? Alguém que não gostava dele ou que talvez queria o seu mal? -Cass perguntou a moça e, cara, ele estava se saindo muito bem e estava tão bonito.

—Eu...eu não sei. -disse a moça quase chorando.

—Ele tinha discutido com alguém? -prosseguiu Cass.

—Bom, acho que sim... Há três dias antes de... Bom, ele discutiu com o Michael, um funcionário da empresa onde trabalhava.

—E a senhora teria algum contato do Michael para que possamos ligar? -disse Cass.

—Ah, eu acho que sim. Aqui. Tenho esse telefone. -disse a moça entregando um papel com um número de telefone.

—Obrigado e... Desculpe. -disse Cass.

Quando fomos embora da casa de Katherine disse que agora era só descobrir se esse tal de Michael era o nosso bruxo.

Michael não era o nosso bruxo e acabamos descobrindo algo a mais.

—Eu... Eu gostava do Jacob. Gosta mesmo. Discutimos porque ele disse que também me amava, mas que não queria deixar Katherine, com medo de que ela ficasse muito mal. -disse Michael.

—Obrigado pelo seu tempo, Michael.

(+)

—Bom, a Katherine pode ter descoberto que o namorado estava pulando a cerca e o matou com medo de que ele a deixasse. Cara, é como eu sempre digo, de demônios eu entendo, mas pessoas? Pessoas são loucas. -disse.

—É. -disse Sam.

E eu estava certo. Katherine era nossa bruxa.

—Bom, parece que todos temos algum tipo de segredo. -disse Sam e eu senti que era pra mim.

—Você está se referindo a mim? -disse, porém Sam não respondeu e resolvi deixar pra lá, porque não queria discutir a possibilidade d'eu estar sentindo algo ainda não definido por Cass com o meu irmão enquanto o mesmo estava no banco de trás do Impala, dormindo.