A tua forma disforme
Meio que me atormenta
Veste como uniforme
A grosseria que te sustentaE eu observo como tu age
E abomino essa maneira
Me trata como se tivesse
Partido por mísera besteiraE como se por conta própria
Tivesse escolhido não ficar
Tu não conta para a tua glória
Que eu que vim a te expulsarSinto se fere o teu orgulho
Mas sustente tua verdade
Tu queria juntar o entulho
Que sobrou de nossa arteMe disse "tem certeza?"
Quando eu te disse "desapareça"
E mesmo que me entristeça
Eu te disse sim, sem abaixar a cabeçaNão vou negar, chorei
Quando terminamos a primeira vez
Mas já me acostumei
Entre a terceira e quarta, talvezTu vai e vem
Como se fosse eterno
E quando digo "estou bem"
Tu me faz voltar ao infernoInfelizmente, sou fraco
E darei sempre meu mundo
Para estar em teu abraço
E no teu beijo mais profundoMinha determinação
Diminui a cada dia
Não estranhe a reação
Não é por rebeldiaJá terminamos tantas vezes
Algo que nunca começou
Já arrastamos por tantos meses
A história do casal que nunca se amouJá estou cansada
Deste ciclo interminável
E sei que estou fadada
A essa situação inalterávelVocê e o destino
Se juntaram contra mim
Estão me destruindo
E eu aceitei meu fim.E eu não me retiro
Não cabe "sim ou não"
Se for morrer, prefiro
Que seja por tua mão._Gabrielle OM
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Desnuda-me
PoetryAinda no terceiro milênio as crianças que brincam De amar palavras Estão começando a desaparecer. Mas eu continuo aqui.