Eu sinto falta, aceito
E estou cansada de negar
Sinto falta do aperto no peito
E até de quando me fazia chorar
Sinto falta da tua voz
Do teu timbre belo e rouco
E no jeito que pintou a nós
Em teu futuro incerto e fosco
Sinto falta dos gritos
Que faziam nó na garganta
E dos momentos aflitos
Que em ti tanto me encantam
Sinto falta de você
De ter em ti meu lar
Sinto ao ver o amanhecer
Sem ao teu lado acordar
Sinto falta de mim!
De quem eu era ao lado teu
Sinto tanto o nosso fim!
Algo aqui dentro morreu!
Sinto falta das piadas
Que faziam chorar de rir
Das cantadas idiotas
Que me fazia ao estar aqui
Sinto falta do teu abraço
Que me apertava sem pudor
E a mordida no lábio
Que com ternura causou dor
Eu só deito, choro rezo
Não a deus, mas ao universo
Para que essa falta que prezo
Acabe no próximo verso.
_Gabrielle OM
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Desnuda-me
PoesíaAinda no terceiro milênio as crianças que brincam De amar palavras Estão começando a desaparecer. Mas eu continuo aqui.
