Logo que saiu do departamento de policia Liane foi para o prédio onde dava aulas de canto a crianças carentes no bairro do Bronx. Amava cantar, assim como amava dar aula de canto coral e violão, não foi um incomodo quando o Padre Gordon propôs que ela desse aulas durante manhã e tarde para as crianças, pelo contrario, simplesmente amou a noticia, enquanto a noite ela se ocupava em fazer sua faculdade de pedagogia. Padre Gordon foi como um pai que ela nunca teve, ele era sempre tão atencioso e mesmo com tantas missões ele sempre muito ocupado em ajudar pessoas, evangelizar, lutar por alguma causa que achasse certo ele foi uma figura paterna e presente em sua vida, junto as irmãs do convento da Igreja de San Miguel Arcanjo.
Nunca soube quem foram seus pais, não haviam fotos, nem nada do tipo que ao menos pudesse vê suas feições, a irmã Marilia e o Padre Gordon disseram que ela se parecia com sua mãe, tinha os olhos da mesma cor, os cabelos loiros em um tom dourado e olhos castanhos, soube que sua mãe foi assassinada depois que a abandonou em frente ao convento, e que seu pai sumiu quando soube de sua gravidez. Conhecia a todos na paroquia e era também querida por todos, uma jovem alegre, forte, risonha, doce e inocente.
Inocente demais para esse mundo tão cheio de mentira e maldade.
Haviam passado três dias desde que foi testemunha de um caso brutal de assassinado, ficou assustada com o que viu e orou muito pela vida da jovem que tinha disso morta por um homem cruel, sentiu uma angustia grande ao vê-la, poderia ser ela em seu lugar, sim, isso a deixou triste e apavorada. Sua aula foi interrompida pela irmã Lucinda que já tinha ligado mais de doze vezes aquela manhã, teve que pedir licença e atender:
─ Irmã Luci ? Oi ! ─ Falou Liane em um tom baixo assim que se afastou da sala onde dava aula.
─ Liane, você precisa vim correndo para cá... O Padre Gordon, os policiais estão o levando, ele é suspeito de assassinar uma mulher. ─ Piscou varias vezes tentando processar o que havia acabado de escutar. ─ Você ainda esta ai?
─ Ah sim, Deus do céu como isso aconteceu? ─ a mulher explicou o pouco que sabia ─ espere por mim, chego ai em vinte minutos. ─ Afirmou e desligou.
Se desculpou com a turma e saiu correndo afim de chegar a tempo antes de perder o metrô que sairia as dez hora, bom já eram 09:54h então tinha seis minutos para chegar a tempo. Atravessou entre os carros em meio a avenida movimentada, ouviu sons de buzinas e xingamentos mas ignorou-os.
Eram 11:42, a hora que chegou na delegacia, foi cansativo... não chegou a tempo na paroquia então teve que dar uma volta até a delegacia no centro.
─ Você de novo? ─ Perguntou curioso, era o mesmo policial que tinha visto á exatos três dias quando fora testemunha de um caso.
─ Vim aqui porque o Padre Gordon foi detido. ─ Ele franziu o cenho quando lhe ouviu falar, coisa do tipo O que você tem haver com o Padre Gordon? ─ Nós somos da mesma paroquia, na verdade foi criada por ele e pelas irmãs do convento.
─ Assim... entendi, é órfã ─ Ela assentiu. ─ Prazer agente Javier Exposito ─ Esticou a mão e ela a apertou.
─ Prazer Liane ─ Sorriu.
─ Não é pago para ficar com conversinhas Exposito, vá trabalhar. ─ Ouviu aquela voz e a identificou rapidamente, Sr. arrogante detetive Fernando Boorman, ela gravou bem esse nome. Virou-se e o olhou atrás dela, estava se aproximando, as mãos nos bolsos e uma cara de mau humorado, ele estava com olheiras enormes, imaginou o quanto deveria ser cansativo seu trabalho pois não havia hora para que delinquentes cometessem crimes.
Não soube porque seu coração acelerou assim do nada e ficou nervosa. Mas que coisa estranha !
Porque isso agora DEUS ?
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Agente Boorman: Destinada A Você
RomanceCONTEÚDO + 18 O destino de um amargurado investigador da Homicídios de Nova York e de uma simples garota cristã se cruzam durante uma série de assassinatos brutais. Fernando irá fazer de tudo para prender e levar a julgamento um serial killer suspei...