Capítulo - 18

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Não esqueçam de apertarem o play na música maravilhosa.


Adeste, fideles,

Laeti triumphantes,
Venite, venite in Bethlehem!
Natum videte,
Regem angelorumVenite, adoremus!
Venite, adoremus!
Venite, adoramus Dominum!
Venite, adoramus Dominum!En grege relicto
Humiles ad cunas,
Vocati pastores adproperant,
Et nos ovanti,
Gradu festinemus.Venite, adoremus!
Venite, adoremus!
Venite, adoramus...

Liane acompanhou aos prantos as crianças cantando uníssono divinamente enquanto ela regia o coral formando por quarenta e duas crianças. A sincronia, o brilho nos olhos deles e o amor que eles tinham pela música, não tinha dinheiro no mundo que pagasse a satisfação de vê-los cantar de forma tão plena. A música tinha um papel fundamental em sua vida, muitas vezes foi o que a libertou da tristeza, o que lhe fez feliz.

Cantar era como libertar a alma, colocar a dor para fora, se reinventar... Espantar seus mais perversos demônios e se entregar ao amor. Cantar deixava a vida florida e mais leve, era algo tão necessário quanto o sorriso e talvez fosse impossível viver sem os dois, não havia nada mais indispensável que um sorriso verdadeiro e uma canção cantada com o coração.

— Liane você está chorando? — Sara perguntou olhando-a com um arzinho preocupado.

— É de emoção meu anjinho. — Tratou de tranquilizar os pequenos — Venham aqui me deem um abraço.

As crianças correm até Liane e a envolveram em um abraço cheio de amor. Quando escolheu fazer faculdade de pedagogia não fez pela remuneração ou pelo prestigio, até porque professores não tem nenhum, quantos pais desejam que seus filhos se tornem professores? Seu objetivo era estar com elas, amava crianças, queria ensina-las em seus primeiros rascunhos, encaminha-las para um bom futuro, para serem boas pessoas, que façam do mundo um lugar melhor, pois um bom professor tem seus alunos como filhos, e era isso que cada criança dentro daquela sala era.

Thomas que estava sentado em frente ao piano levantou-se e se aproximou dela, tocou seu ombro desviando sua atenção para ele, todos já tinham ido para casa sobraram apenas os dois.

— Você fez um trabalho majestoso com eles. — A elogiou e sorriu-lhe.

— O mérito não é apenas meu e sabe disso. Você no piano, Dylan no violino.

A fundação tinha crescido muito, ganhou apoio de empresários e voluntários que gostaram do projeto e quiseram ajudar. No começo havia apenas dois cursos, de canto coral e piano, com treze alunos cadastrado, as aulas eram realizadas apenas no domingo no salão paroquial da igreja. O projeto foi ficando cada vez mais conhecido e tiveram que alugar um prédio para abranger as mil e duzentas crianças, as aulas passaram a ser realizadas todos os dias de segunda à sexta e tinha dezenas de cursos, na área da arte, informática e esporte. O projeto que nasceu no fundo da igreja, criado pelo Padre Gordan tinha ganhado o mundo e a fundação tinha sido implantada em mais dois países. Um CEO na área da construção se encarregou em construir os prédios e doa-los para a instituição. Era gratificante para Liane ver que algo do qual ela participou se tornasse tão grande.

— Mas é você quem os ensina, cada nota, cada partitura, é você quem os corrige quando eles erram, e os ensina a acertar até a última nota. — Thomas tomou sua mão e segurou — Eu tenho orgulho de você.

— Ah! — ela o abraçou e apoiou o queixo em seu ombro — Também tenho muito orgulho de você. Sou muito feliz em ti ter como um irmão Thomas.

Rapidamente ele se desvencilhou dela ficando de costas. Estranhando sua reação Liane tocou-lhe o braço e quando se virou para ela os olhos estavam brilhando de lágrimas que ameaçavam cair.

Agente Boorman: Destinada A Você Onde histórias criam vida. Descubra agora