(
Finalizar um livro é o bicho, o coisa complicada viu? é uma sensação de trabalho cumprido e vazio que fica, é palavra gritando para aparecer e objeto inanimado ganhando vida; É telefone querendo bater papo, chave dando perdido para namorar chaveiro, é fone de ouvido embaraçado num abraço que quase vira nó, é caneta de cabeça quente e lápis sofrendo da síndrome de Benjamin Button, é balão apaixonado por cacto e livro carente se jogando da estante, é o fim de um projeto e talvez a porta ou janela para outro.
Eu nunca fui bom em escrever finais, vamos dizer que é apenas uma pausa depois de uma virgula, uma curta pausa para que eu pudesse te agradecer, sim a você, que me acompanhou até aqui, que sempre me motivou a escrever, mesmo que você não saiba, foi você que me fez apanhar a jabuticaba na ponta do galho, aquela pretinha e difícil de alcançar e por isso eu te agradeço, espero que você tenha gostado de ler o meu livro "Objetos nem tão inanimados assim" tanto quanto eu gostei de escreve-lo, confesso que as vezes eu enlouquecia com tantos objetos ganhando vida, mas senão fosse essa loucura, talvez eu nem estaria aqui hoje, então muito, mais muito obrigado por ser uma das virgulas que me impedem de desistir.
Esse projeto chega ao fim, me despeço dele, mas não de vocês.
Até a próxima, e que esse parênteses nos proteja do inevitável ponto final
Júnior Ferreira
).