Prólogo

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Essa história é com toda certeza a pior história que irei contar, pois se trata de minha vida, ou melhor, de como perdi minha vida. Ela tem início como todas as outras, mas este já pressupõe que o fim é inevitavelmente fatídico. O que me faz querer conta-la ? Aprendi que o ser humano se delícia com a desgraça da própria espécie , não digo com tom de julgamento, já fui humana, e uma boa briga é empolgante, mortes violentas estão inclusas no pacote.
Eu vivi para contar essa história, não, sobrevivi. As mortes que minha alma carrega não me doem, são muitas para que eu me preocupe, meu lugar no inferno é garantido, mas o céu também precisa de favores sujos. Não se engane, se a escuridão parece má a luz é pior, ela atrai e quando consegue o que quer, ela ofusca, brilha tanto e com tal intensidade que cega e pulveriza com seu calor.
Enfim, essa é a minha história, estou entre o bem e o mal, se busco vingança ou justiça não posso dizer, mas tudo que me era importante foi tirado, e se em vida não os valorizei, cobrei suas mortes, dizendo a mim mesma que matava pelos que um dia amei, não porquê gostava.
São tantos mundos e seres, uns por demais belos, outros indescritíveis, muitos horrendos. Todos em guerra, a qual fui jogada com uma bigorna, foi o inicio do meu fim. E por mais insignificante que seja a terra e os serem que nelas habitam, esse foi o terreno escolhido para o fim dos tempos ou talvez somente o meu.

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