Treinando com demônios

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Eu acreditei que estava morta, todavia é óbvio que se pensei algo estava viva, só que viva onde? Estava cansada desse joguinho de merda! Quando olhei ao redor vi que estava novamente no quarto.  O que estava acontecendo? E pela milésima vez sentei e chorei, o que era tosco. Até que ele entrou pela porta ou melhor transpassou! E veio em minha direção.
— FICA LONGE DE MIM NÃO CHEGA PERTO!
— Não precisa gritar eu...
— Chega de história! Porque esta fazendo isso comigo, cadê minha família? O que fez comigo, estou vendo coisas! VOCÊ ATRAVESSOU A PORTA! como ELE   derrubou o meu namorado seM NEM TOCÁ LO!
—Meu mau é ser bonzinho de mais, então CALA A BOCA! Ou vou te amordaçar. E não brinca comigo, se escutasse e não desse chilique já teria respondido metade de suas perguntas!
A forma áspera e lenta como ele falou deixou claro que ele não iria me machucar, mas se fosse preciso ....
— Seu pai, Daniel, deve ter introduzido você sobre as mitologias, lendas, folclores e etc. Só que para você como humana elas são histórias isoladas e míticas...
Não estava gostando do rumo desta conversa... ele achava que eu era doida? Ou ele era doido? " Eu como humana" !
—Só que todas essas histórias não são reais. Esse é o mundo real, não são histórias. E em decorrência da fragilidade dos humanos eles preferiram ignorar a realidade, apesar de não esquecela totalmente. Muito pelo contrario fomentando-a quando a tornam lenda. Tornado o mundo mágico cada vez mais forte. Só que certas coisas não devem ser fortalecidas.
—hlHaahahaha eu tenho cara de idiota? Você some com a minha família tenta me matar e...— com uma velocidade sobre humana ele me jogou na parede com toda força e lá me prendeu.
—AAAIIIIIIII ME SOLTAAAaaa LARGaaaaa!!!
O ar dos meus pulmões sumiram, pontos pretos surgiam nos meus olhos, a cabeça doía muito. Ele se aproximou e falou ao meu ouvido:
— Esta. É. A última vez. A última que repito que quando falo você escuta, não me force a ser ruim, eu posso ser. Porém no geral  sou suportável e adianto que sou a única pessoa que pode confiar agora e isso é imutável. Entenda, por bem ou vai entender por mau. Agora vou soltar calmante, se sente na cama e apenas escute. Entendeu?
Não era uma pergunta! Ele olhou fundo nos meus olhos. Tinha que parar de fazer isso! Concordei com a cabeça. Sentei na cama e esperei que começasse.
—como eu dizia seu pai iniciou o processo de estudo do mundo real. E foram poucos os que puderam compreender esse mundo e é sobre as teorias desses que nós estudaremos. Infelizmente não se resume a teoria, tudo possui a pratica. Sem uma das duas não sobreviverá.
Fez uma pausa como se pensasse com cuidado o que iria dizer e continuou.
— A sua história, a verdadeira história! Começa com a criação do universo, e isto eu não posso explicar,  duvido que alguém possa. É sabido que entidades reinavam soberanas sobre o jovem universo, varias delas, também com origem desconhecidas. Todas diferentes, inexplicáveis, dotadas de grande poder. Por quanto tempo reinaram soberanas não se sabe. Entretanto o tempo cobrou seu preço, e algumas delas passaram a  ansiavar por mais. Assim elas se espalharam por todo universo, de forma que não precisa entender agora. E nem assim incotraram o que buscavam, nem mesmo eles compreendiam, e assim passaram a lutar para usurpar o que era do outro. O conflito durou milênios. Pequenas entidades se extinguiram, muitos tornaram-se fracos. Um primicerio, cansado de tanta guerra doou seu ser para dar vida a todas as coisas. Entregou toda sua essência, dividindo-a igualmente entre todas as entidades, que moldaram a realidade a sua maneira.
Respirou fundo, olhou para o teto. Dizia cada palavra como se entonace uma profecia.
—Essa é a parte boa. Resumindo, essa entidade pretende retornar, e deve ter entendido que ao fazer isso, reivindicará sua essência novamente.
—E o que tendo haver com essa história?
—A uma pequena entidade que deu origem aos humanos, foi deixado não só a essência, como também uma espécie de legado. Ser o equilíbrio da nova guerra. Poliana você é o equilíbrio, tem um pouco de cada entidade em seu sangue. Você pode ser o fim, assim como a esperança.
—Espera que eu acredite nisso?
—Você já acredita. Tudo que passou no último ano foi um rito de iniciação. O vale do sofrimento, preparou sua mente para a realidade, o segundo seu corpo, a deixando forte.
— Não me sinto nada forte— falei com tom de zombaria.
— Então não acredita o suficiente. E fui nomeado seu guardião, e farei não só acreditar, mas ser a maior das guerreiras.
 
★★★★

—EU JÁ DISSE! Análise os pontos fracos da armadura dele, ambos  tem a mesma força mas ele é mais veloz. Use a cabeça porra! Olha só você me fez xingar! Termine com isso!
—Já entendi para de gritar comigo.
—Então presta atenção! Não estou aqui atoa se isso fosse uma luta de verdade você serio o cadáver.
—Estou cansada estamos aqui a horas poxa.
— Hummm está cansada princesa? Escute bem, a minha maior vontade é   jogar você lá fora, sim, onde tudo é de verdade, onde eles matam, devoram , tudo por prazer. Sabe porque não faço isso? Eu preciso de você, todo mundo precisa, será que passou por tudo e ainda é uma garota mimada?
— CALA A BOCA!— com isso investiu contra seu oponente, um soldado romano invocado, acertou as pernas da besta com o gume da espada e o rosto com o cabo, contudo em nada abalou-o, ele já morrerá, era inerte a dor. Com cuidado, nunca baixando a guarda o  analisou, sua armadura possuía brechas, que nada adiantavam. Era forte, tanto quanto ela, amparava todos suas investidas e revidava em igual velocidade. Era isso! Novamente investiu contra suas pernas, e quando o tombou o acertou não com cabo, e sim com gume da lâmina, esfacelando seu crânio. A besta transformouse em pó e foi absorvido pela terra. — Está bom para você?
— Pode melhorar, melhorar muito, apenas um te custou todo esse tempo. Imagine milhares moça. Precisa pensar mais, e deixar seus instintos a levarem como em uma dança! Tem mais poderes que imagina. É forte. Acredite.
— Chega de balela, vamos comer!
— Até parece. Vamos elevar o nível.
— Tenha dó, estamos aqui a horas! E só fiz lutar com guerreiros zumbis!
Aqui era basicamente uma caverna, que lembrava mais um estádio de futebol, suas paredes eram irregulares, o teto era muito alto, se é que havia um teto, e devia possuir grandes rachaduras, pois feixos grandes luz entravam e iluminava-a. O terreno era coberto de grandes rochas rodeados  por arbustos e próximo a maior delas um riacho corria manso.
— Não está levando a serio a realidade, eu não queria, é arriscado de mais, uma pena que tenha que ver para crer. Para de corpo mole e sempre fique atrás de mim.— Ele olhou dentro dos meus olhos— Sua vida depende disso, sempre fique atrás de mim!
Ele estava disposto a tudo para ser um bom guardião, só não sabia o porque. Quando ele abriu o portal, havia feito isso varias na última semana para buscar suprimento, um nova sensação me tomou. Não era medo e sim uma ânsia. Eu queria acreditar.
Só não imaginava o que teria que passar!

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