Devoção e perfeição

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Lydia cutucou o peito nu de Stiles com alguma timidez. O garoto resmungou algo incoerente, porém os olhos permaneceram fechados. Por fim, a menina segurou os ombros largos com uma força moderada e sacudiu seu corpo.

Ele abriu os olhos com uma expressão assustada, o corpo tremeu. A Martin se sentiu culpada por acordá-lo de forma brusca, mas estava agitada demais com os próprios pensamentos e não tinha tempo para ser delicada.

— Já está de manhã? — Perguntou ainda grogue, olhando para os lados.

— Não! Eu acordei por...

— Quer transar de novo?

— O q-quê? — A menina gaguejou e o rosto ficou vermelho demais.

Stiles piscou os olhos algumas vezes, passou a mão sobre o rosto e enquanto ainda tentava espantar o sono, observou a amiga. Ela estava enrolada em um lençol, parecendo desajeitada, segurando com força para garantir que a nudez não ficasse exposta.

— Você não está me acordando para transar? — Foi a vez do garoto ficar confuso, o rosto franzido.

— E-eu...

— Já estou pronto para uma próxima rodada — Acrescentou sorrindo com malícia e só aí, Lydia observou que era uma ereção já começava a surgir entre as pernas do garoto.

Ela abriu a boca, assustada. Não entendia como ele já podia estar pensando naquilo logo após de ser acordado em plena madrugada. O menino a observava tentando entender o que ela pensava, porém, não demorou para erguer o tronco para cima na expectativa de beijá-la.

A Martin percebeu a intenção dele e negou com a cabeça. Ergueu uma mão entre seus rostos, impedindo que ele prosseguisse, aumentando a confusão no rosto dele.

— A gente não usou camisinha!

Ele franziu os lábios, ergueu as sobrancelhas e para o choque de Lydia, mais uma vez Stiles sorriu. Os olhos da menina estavam arregalados, preocupados e o Stilinski finalmente entendia o motivo. Ela estava preocupada com a falta da camisinha e era o motivo que a acordou durante a noite.

— Eu sei que a gente não usou, gozei tudo dentro de você!

Lydia pensava que Stiles ia se preocupar como ela, ficar aflito. No entanto, lá estava o menino, a olhando de um jeito cafajeste após dizer uma de suas típicas falas sacanas.

A menina não conteve o ímpeto de dar um tapa no peito do amigo. No entanto, esse movimento fez com que o lençol quase caísse. Ela arfou e conferiu se o corpo ainda estava protegido. Stiles riu alto.

— Pequena, esqueceu que já ficou nua na minha frente? — A forma tranquila e safada que ele falava era desconcertante. — Inclusive, você de quatro é uma bela visão, a gente devia tentar...

— V-você escutou o que eu disse? Nós não usamos camisinha! — Lydia não queria que sua voz soasse tão frágil, mas o garoto a deixou desconcertada e sem foco no que ela queria dizer.

— Está com medo de ficar grávida?

— Só tenho dezesseis anos! Não posso criar um filho sozinha...

— Sozinha?!

Até aquele momento, Stiles permanecia calmo, sem demonstrar nenhuma preocupação com o pavor de Lydia. No entanto, ao ouvir a palavra "sozinha", ele ergueu o tronco e de rompante, jogou a menina contra o colchão, fazendo com que deitasse.

— E-eu.. — Ela não conseguiu terminar a frase, distraída tentando ajeitar o lençol que escondia seu corpo.

— Pequena, nós podemos resolver isso com uma pílula do dia seguinte e marcando ginecologista para você, tudo bem? Assim vamos fazer sexo sem nenhuma preocupação. — Stiles foi confiante ao falar, a voz calma. Lydia só conseguiu concordar com a cabeça, percebendo a lógica no que ele disse. — Mas você acha mesmo que eu a deixaria criar um filho sozinha?

As músicas que me guiaramOnde histórias criam vida. Descubra agora