27º capítulo

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Finalmente chego à receção e não vejo Louis em lado nenhum... Porra, Merda, que estúpida que és Summer, porra, porra, porra. A minha primeira reação é começar a correr pelos corredores do hotel na esperança de encontrar Louis em algum lado, mas nada, a seguir pergunto a toda a gente por ele mas nada novamente, a terceira coisa que faço é estupidamente gritar por ele, mas sinceramente não sei o que tinha na cabeça porque toda a gente ficou a olhar para mim e a pensar que eu era maluquinha.

Dou por mim, já cansada e com a barriga a dar horas, a desistir de o procurar. Se sou fraca, talvez, mas neste momento não há nada a fazer, pois ele já se foi e não vai voltar. Ele já desistiu de mim e tenho a certeza que com todas as raparigas lindas que há por aí ele vai acabar por se apaixonar novamente. Decido voltar para o meu quarto e atiro-me para cima da cama completamente de olhos fechados e em vez de cair em cima, caiu ao chão e nem me dou ao trabalho de me levantar. De que vale levantar-me se quando me deitar na cama tudo vai ficar igual...

Perdi a minha vontade de comer, de falar, de sorrir, de respirar. Basicamente de VIVER. Já me sinto vazia e nem há 1 dia estou longe dele... Se isto significa que o amo, então que seja. O sentimento que venha e eu vou abraçá-lo e sofrer com os meus atos. Nunca pensei que o facto de ser tão orgulhosa me fosse destruir por dentro a este ponto. Odeio-me por provocar infelicidade a mim própria por causa das minhas inseguranças. Odeio-me por deixar escapar entre os meus dedos todo o amor que o rapaz mais lindo do mundo me poderia proporcionar.

Se te odeias assim tanto para próxima não faças merda!

*POV Louis On*

Assim que ela sacode a minha mão do seu ombro é como se toda a força que eu tenho para viver se desvanecesse. Tudo aquilo com que sonhei nunca se vai realizar e agora sei que todo aquele tempo a magicar cenários em que eu e a Summer acabávamos juntos, felizes e cheios de filhos, não passam de uma mentira. Uma mentira não, não passam de macaquinhos da minha cabeça.

Tudo aquilo que eu pensei que pudesse vir a acontecer, foi magicado na minha cabeça cheia de memórias de infância onde tudo tinha um final feliz, onde bastava dizer a uma menina "és muito gira, queres namorar comigo?" que ela ficava comigo e que vivíamos momentos engraçados sem quaisquer preocupações daquilo que estaria para vir. Onde dizíamos asneiras e as pessoas diziam "Tadinho ele é um menino não sabe o que diz". Onde fazíamos asneiras, corríamos, brincávamos, saltávamos, e por fim nos magoávamos, mas tínhamos sempre a nossa mãe lá para nos curar a ferida e para nos fazer sentir melhor antes de ir para a cama.

Eu sinto falta desses tempos, os tempos em que dependia da minha mãe para adormecer, dos tempos em que brigava com as minhas irmãs e mais tarde acabávamos sempre a rir. Estava de baixo da asa da minha mãe e estava protegido, sentia que o mundo estava contra mim, mas que no final era eu que estava contra o mundo. Mas mais falta sinto de quando os meus pais me davam beijos na testa para adormecer e diziam que tudo ia ficar bem no dia a seguir. E neste momento é tudo o que quero fazer. Quero adormecer e acordar mais tarde, que tudo não passe apenas de um mau sonho.

Quero ver a Summer subir ao altar vestida de branco, com um véu na cabeça que tapa toda a sua beleza e quero tirá-lo para desvendar a mulher por quem me apaixonei lentamente no início, mas de uma só vez no fim. Quero tê-la nos meus braços, enquanto olhamos para a paisagem linda vista da nossa casa e temos pequenas crianças à nossa volta a chorar, correr e brincar.

Foda-se Louis, tira isso da cabeça, ela não te quer, nem nunca vai querer. É óbvio que ela não sente o mesmo por ti senão tinha-te beijado intensamente no momento em que ameaçaste deixá-la para sempre!

Estas palavras são duras de ouvir, mas não deixam de ser verdade. Ao menos foi o que ela demonstrou e agora eu estou completamente destruído por dentro. Tão destruído que acabo por largar tudo aquilo que tenho estado a guardar desde que saí do hotel, mesmo no meio da rua, uma rua cheia de pessoas e possivelmente jornalistas. Não quero saber, por isso abro os braços e grito, esperando que a minha dor desapareça, mas só parece piorar. Eu quero que todos saibam que eu também choro, quero que vejam que eu sei amar de verdade, mas mais importante quero que ela veja o estado em que me deixou.

Os meus pensamentos confirmam-se quando vejo flash's vindos do nada e pessoas a atacarem-me no meio de uma rua, onde eu me sentei num banco. Ouço fãs gritar o meu nome, e acordo da minha depressão. Não quero que elas me vejam assim, só ela. Começo a correr pela rua fora, uma rua completamente desconhecida, enquanto as minhas princesas me seguem e quando avisto um táxi entro dentro dele, pedindo ao motorista que conduza de volta para L.A. rapidamente. O caminho é feito silenciosamente, nem sequer o rádio toca e a única coisa que se ouve é a minha respiração pesada.

É fudido como tudo se torna mais leve quando estamos felizes e mais pesado quando o nosso coração é esmagado. Parece que só estamos à espera que a nossa alma desista de viver e se liberte do nosso corpo para ir para onde todas vão. Um mundo perfeito aos olhos da sociedade, mas não passará tudo de uma ilusão!? Será que o mundo perfeito que nós pintamos, não é apenas um conjunto de chamas vermelhas, no meio de uma escuridão imensa? É que se for neste momento eu estou no inferno.

Cum caralho Louis, se estás assim por uma rapariga quero ver quando alguém da tua família morrer, sim porque não interessa aquilo que tu fazes, vais sempre acabar num caixão!

(Xxx): Louis! Louis! LOUIS!- alguém grita mesmo ao meu ouvido assim que me encontro dentro do recinto do pavilhão onde tivemos o concerto. Estava tão enterrado nos meus pensamentos que nem reparei que era de noite, quanto mais que estava alguém escondido...

(Eu): Que foi Harry? Não tou com paciência para te aturar, por isso vê se me deixas em paz...

(Harry): Wow Lou, que se passou mano?

(Eu): Tudo passou-se tudo caralho!!!- expludo e agarro-me ao seu corpo num abraço apertado. Sei que pode ser cena de mulheres, mas ele é o meu melhor amigo e eu sem dúvida preciso de um ombro para chorar.

(Harry): Calma mano, sabes que podes contar comigo para tudo, certo? Afinal não é o que as directioners dizem!? Larry 4 ever!- a imagem de as ouvir gritar aquilo nos concertos faz-me sorrir um pouco. Sou encaminhado pelo meu melhor amigo para o autocarro, onde estão todos a dormir pelo o que o Harry disse e por isso tento fazer pouco barulho, mas a porra dos soluços não ajudam.

O rapaz de caracóis leva-me para a minha cama e abraça-me de maneira a reconfortar-me, indicando-me de seguida para que me deite naquela cama que se torna desconfortável sem a Sum lá e eu deito-me. Por mais estranho que possa parecer ele ajuda-me a puxar os lençóis para cima e aconchega-me tal como a minha mãe costumava fazer. É nestes momentos que sei quem são os verdadeiros amigos, aqueles que vão ficar ao meu lado até ao fim.

(Harry): Vai ficar tudo bem...

****************

Desculpem se no POV do Louis disse muitas asneiras, mas ele é rapaz e temos de admitir que todos os rapazes dizem imensas asneiras, especialmente ele. No outro dia vi um vine em que ele não parava de dizer asneiras xD.

AHH desculpem tb se está demasiado deprimente, hj deu-me pra isto :*

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