Capítulo 15 | Ele me paga

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Passou dias e Matt não me olhava na cara, nem falava comigo. Sei que ele ficou triste pelo troço do namoro mas o Zack não tinha que fazer aquilo, cara to muito triste.

"Desde quando a marrenta fica triste?"

"Cala a boca, Osvalda."

"Ihh nervosinha."

"Cara eu não to afim de ficar discutindo com você, beleza?"

"Finalmente se tornou madura é?"

"Que?"

"Nick, posso ser só seu sub que não Cala a boca. Mas eu posso ver as coisas que você faz e fala, você está virando a garota meiga e doce de antes!"

"Impossível, eu desisti daquela vida."

"Nada é impossível."

"Eu não acredito, não fala mais nisso. Não suporto."

Saí correndo com meu biquíni e tudo mais, fui pra um lugar na praia mais calma. Fiquei lá pensando em como eu era antes de virar marrenta, porque?

Lágrimas saíram dos meus olhos. O que está acontecendo comigo? Porque eu estou chorando? Eu não choro, não demonstro minha fraqueza. O que diabos aconteceu comigo?

"Você está voltando ao normal, ao que deve ser."

"Não quero voltar a ser como antes."

"Mas aquela é a sua vida de verdade."

"Não me importa, eu sou feliz sendo marrenta e odiado por todo mundo."

"Você acha que é feliz, mas não é. Você está se enganando, sempre. Eu fico dentro de você e consigo ver seus sentimentos, sou seu sub lembra?"

"Você não tem controle sobre nada."

"Acha mesmo? Nick, não se engane. Para de tentar impedir as lembranças de voltarem, de seus pais voltarem."

Foi tudo o que ela precisou dizer até eu gritar tão alto que todo mundo da praia se virou pra mim, fui pra mais fundo na água. Lágrimas saiam dos meus olhos sem parar.

"Você está vendo? Nick, você ama seu pais."

"Eu sei, mas tudo foi arruinado por causa da Emma!"

"Você tem que parar de odiar ela, o que está feito, tá feito."

"Não vem com sermão, não okay? Você é meu sub mas não precisa dar sermão. Tenho coisas pra fazer agora, beleza?"

"Essa sim é você."

Entrei no quarto de Zack e quando eu vi, meu rosto ficou vermelho e eu me virei bem rápido. Ele tava sem camisa, só com uma toalha nas partes de baixo.

— Eu sei que você me ama mas não precisa entrar assim.
— Cala a porra da boca e bota uma roupa logo antes que eu te estrangule.
— Como sempre você me dá uma ótima impressão hein. — E botou uma roupa.
— Agora eu vou te estrangular: socos ou chutes?
— Prefiro os socos, os chutes acertam em lugares inimagináveis.

Pulei em cima dele e dei um soco no ombro, não foi tão forte assim. Dei uma cotovelada na barriga e um soco na cara dele, ele me empurrou de leve e ficou em cima de mim.

Como sempre, rolou um climazinho mas acabou quando eu dei um chute no saco dele. Ele rolou pro outro lado e eu fiquei em cima dele de novo.

— Você não muda nunca hein.

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