Às vezes eu sinto falta.
Do teu cheiro que em cada lugar que passo, vem ao meu encontro.
Do teu beijo, que me parecia tão certo e inteiro.
Do teu corpo, que dele emanava o calor para esquentar a minha vida fria e sem graça.
Às vezes eu sinto falta de você,
da forma como conversava comigo,
do silêncio que serpenteava entre nós quando o assunto acabava,
da maneira que você me olhava.Sinto falta de te observar enquanto escreve, enquanto ri, enquanto fala...
Mas notei uma coisa interessante; as vezes o que sentimos não passa de carência.
Carência de carinho.
Carência de atenção.
Carência de alguém nos elogiando vinte e quatro horas por dia.Carência de amor.
Isso é ruim, essa carência de tudo.
A gente pode acabar magoando quem se importa por causa dessa carência.
O engraçado é que me parecia tão certo no incio... Mas agora?
Agora eu notei: eu sentia carência de alguém ao meu lado e magoei uma pessoa que se importava intensamente comigo e, no fim, tentei organizar tudo.
Tentei colocar tudo nos eixos, tornar aquilo que tínhamos em algo que não fizemos acontecer.
No fim, tentei tornar tudo amizade.
Mas não deu certo.Você partiu.
Eu parti.
Nós nos deixamos ir.
E porque?
Porque se um de nos ficasse,
nada seguiria os eixos.
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Com Café
PoetryUm pequeno livro com poemas para se ler com calma, escrito com muito carinho e dedicação por uma garota cheia de coisas em sua mente. Espero que gostem de cada poema.