Capítulo 12

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*Luke ON*

Eu tinha feito a coisa certa.

Era o que eu repetia todos os dias que eu acordava e pensava na Eloy, e queria tê-la por perto e abraçar, beijar e curtir essas frescuras que todo casal faz, mas eu sei que não poderia me dar ao luxo de ter nada disso agora.
Também sabia que ela não ficaria disponível para mim. E ver aquele frango ao lado dela me confirmou isso, Eloy é linda e cheia de vida, lógico que teria vários fudidos idiotas rodando ela, não vou negar, mas a minha vontade era dar um soco na cara daquele magrelo e puxar a Eloy para os meus braços e sair dali, mas ela já não era mais minha garota, como ela mesmo fez questão de resultar e estava certíssima.

E aquela resposta debocha que ela me deu antes de entrar no táxi me deixou sem palavras. Eu não poderia faze-la entender minhas intenções, então só me restou respeitar seu tempo e seu espaço, isso claro, antes de receber a ligação da amiga louca que no caso ligou para Trevor e mandou passar para mim, não perdeu a chance me xingou de palavrões que alguns eu desconheço, gritando mandou eu ir correndo no prédio de Eloy que ela estava chorando, e ela estava longe dá amiga que precisava de ajuda.

Na mesma hora peguei minha moto e com o coração aos saltos e pronto para matar quem tivesse machucado a minha garota, que mesmo ela dizendo que não é mais, dentro de mim de alguma forma ela continua sendo, e nem me perguntem que Porra está acontecendo comigo, eu também não sei. Acho que sei Mas é melhor não pensar ou falar, isso pode me deixar vulnerável.

Mas agora estou aqui e quero respostas. Ela saiu de dentro do prédio. Me aproximo e agarrando minha cintura ela enterra o rosto no meu peito, sinto meu coração dá um mortal carpado, só ela consegue fazer isso comigo, isso me assusta, mas é bom, me faz lembrar que tenho um coração.

Abraço ela apertado que soluça me deixando preocupado.
- Eloysa, o que...
- Só me tira daqui, por favor...- Ela fala entre o choro. Coloco o capacete nela e logo estamos saindo do prédio. Ela segura minha cintura firme e seguimos pela avenida, o céu está nublado e daqui á pouco vai cair uma chuva forte. Acelero para ela não acabar se molhando, sorrio quando sinto seu aperto mais forte. Medrosa.

Acabei de tira-la de cima da moto. Seguro sua mão indo para o elevador, ela não diz nada, mas parou de chorar, seu olhar agora é distante.
Entro no meu apartamento, deixo ela sentada no sofá. Entro no meu quarto e pego o casaco que ela usou da última vez. Agora com certeza vai ficar mais aquecida. Me sento do seu lado e nem precisei puxa-la para o meu colo, ela mesmo se deitou na minha coxa ficando encolhida.

Eu não sei qual é a dor dela, mas está claro que não foi física, provavelmente ela foi ferida com palavras e essas são as piores.

Afago seu cabelo e opto em ficar calado, as vezes as palavras nem sempre são o melhor remédio, mas a certeza de que não está sozinho, e que têm o apoio de alguém é o que basta. No meu caso, quando era criança e chorava com saudade do meu pai e me sentia sozinho, eu desenhava eu e ele fazendo várias coisas legais que eu nunca poderia fazer, mas que na minha imaginação era real e foi assim que superei a falta dele e descobri que desenhar era minha válvula de escape, como até hoje é. Mas agora desenho nas pessoas, e gosto de saber que elas carregam minha arte.

Eloy dormiu no meu colo, chorou um pouco e acabou dormindo. Deitei ela na minha cama, e depois desta outra semana sem ela eu não imaginei que á teria na minha cama tão cedo, ou nunca mais. Calma lá, nunca mais é muito tempo, e no fundo eu não deixaria de desejar minha baixinha morena, mas se ela viria para minha cama é algo que eu não tinha tanta certeza, mas ela está aqui, e eu jamais lhe negaria meu ombro amigo ou meu corpo inteiro.

Diabo loiro- Entre o Amor e a vingança-  Série" Amores Tatuados"  Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora