sobre: Madrugadas & casacos

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Quando Jimin chegou da casa de Jin, depois de ter deixado sua sobrinha em casa e se certificado que ela estava bem, segura nós braços do pai. Ele recusou toda a comida que Jin tentava lhe oferecer e partiu direto para o quarto de hóspedes.

Mais tarde, quando a lua cheia já brilhava a algumas horas do céu, Seokjin tornou a bater em sua porta, dizendo que Jungkook estava do telefone e que precisava falar consigo. Ele fingiu estar dormindo. Mesmo sabendo que o mais velho podia muito bem escutar seu choro alto através da porta.

No momento, tudo que o Park precisava era de um tempo, um minuto para abaixar sua guarda e permitir que o desconforto dos últimos dias fosse sentindo, que toda a dor realmente doesse. Porque, segundo sua mãe: "uma ferida precisa doer para sarar." E ali, naquele quarto que não era seu mas lhe acolhia como, Jimin se sentiu nos braços da mãe.

Ele pode ouvir Jin dizer a Jungkook, em um tom baixo, cuidadoso, que jimin estava bem e falaria com ele pela manhã. Minie era grato a Jin e sua política de não se meter na relação alheia. Mas, se Jungkook estava ligando significava que ele sabia, sabia que sua estimativa estava errada e que agora, as coisas pareciam pior.

Na manhã seguinte, quando acordou, Jimin parecia renovado. Conversou com Jin sem nenhum momento tirar o sorriso do rosto, ligou para Jungkook e não desligou até ter certeza de que o mais novo não se culpava pelo acontecido. Porque Jimin sabia que no fundo, por trás de toda garra, de toda coragem, Jungkook ainda era um menino que odiava ver quem ama sofrer. Ainda mais Jimin, Jimin estava no topo da lista de Jungkook.

Era o que ele tinha de mais precioso. E, definitivamente não era diferente para Jimin.

O amor deles era mútuo, recíproco de todos as formas, todos os jeitos. Desde a intensidade a madeira de demonstrar.

Se o problema do amor era que sempre havia alguém que amava mais, o relacionamento deles era com certeza o mais completo nirvana.

Ele não se arriscou a sair de casa aquele dia, não queria mais fotos de si rodando pela internet. Queria, de alguma forma, se convencer de que a tempestade do lado de fora não o pegaria do lado de dentro.

Contudo, como ninguém realmente pode fugir de seus demônios; á noite quando ligou a televisão, em busca de um meio de preencher o silêncio, seu nome mais uma vez estava estampado na TV. Os repórteres do pequeno jornal de fofoca pediam opiniões pras pessoas da rua, algumas diziam "shippar" o casal, afirmavam que o tal Park Jimin parecia uma boa pessoa. Afinal, ele era médico, um pediatra, pediatras não podiam ser pessoas ruins certo ? Certo. Entretanto, também haviam aqueles que rebaixavam Jimin a um simples interesseiro, e esses, infelizmente, eram maioria.

Minie nunca soube realmente como lidar com críticas, não mesmo. Mas agora parecia que todo o mundo se sentia no direito de o criticar.

Ele sabia que não merecia isso, mas enfrentaria por Jungkook.

Faria mais esse sacrifício por seu amor.

Cansado do sofá duro que fazia sua bunda doer, e confiante que estaria seguro pelo horário. Resolveu dar uma volta, espairecer.

Vestiu seu casaco -- que na verdade era de Jungkook- e saiu pela porta, seus pés estavam calçados por simples chinelos e sua pernas aquecidas pelo tecido grosso de sua calça de moletom. Ele caminhou por entre a escuridão, pelas ruas iluminadas apenas pela luzes dos postes, em direção a uma pracinha perto de sua casa. Se sentou em baixo de uma árvore, e, sem ao menos se preocupar com a possibilidade de ser assaltado ou coisa pior, relaxou.

Horas depois, quando o sol finalmente deu indícios de que ia aparecer, ele foi acordado por uma voz fina, similar à de uma adolescente. E Jimin sábia, sabia pelo modo que ela pronuncio seu nome, que era fã de Jungkook e que estava ferrado.

" Você é Park Jimin." Não foi uma pergunta, ela  tinha certeza. " além, de interesseiro e vadio é mendigo ? " Ela pareceu se divertir. " fique longe do Jungkook-oppa." E como uma chuva fora de época, água foi derramada em Jimin

A menina permanceu ali, parada, enquanto o assistia levantar.

Quando finalmente se colocou de pé, Jimin sorriu. Um sorriso verdadeiro, porque apesar de tudo, de todo o ódio, ele não odiava. Tentava compreender todos aqueles atos.

Ele ignorou os olhares perplexos das amigas da menina, que a esperavam com seus celulares a postos, e se virou pra ir embora. Contudo, antes de ir se virou pra menina, a mesma que o jogou água, e disse:

" casaco bonito."

Eu: Baby Bunny, eu realmente preciso de um colo agora.

Baby Bunny: o que houve amor ?

Eu: estou com saudade

Baby Bunny: a gente se viu esses dias, Minie.

Eu: e dai ? Não está com saudade de mim ?

Baby Bunny: eu começo a sentir sua falta do momento que me afasto. Eu morro um pouquinho toda vez que te digo tchau.

Tchau. Porque era uma regra, um combinado entre eles, nunca diriam "adeus" a não ser que realmente estivessem diante do fim.

Eu: então, você vem ?

Eu: kookie ?

Eu: Jungkook ?

Baby Bunny: abra a porta Jimin, o sorvete vai derreter.

He don't like the lightsOnde histórias criam vida. Descubra agora