Capítulo X: O Fator Medo

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-Vocês já podem prosseguir para a próxima porta, Norma, sua filha vai voltar para casa, portanto não morra para ela não ficar órfã.

The Mirror foi andando e saiu por uma passagem secreta, deixou o corpo de Arlinda lá exposto, mas levou sua cabeça junto consigo, outra passagem se abriu para a maca onde estava Clementine e a engoliu num buraco, deixando nós lá no vazio da sala, demoramos uns 10 minutos para se recompôr.

-Vamos pessoal, precisamos seguir em frente, não podemos deixar que aquele assassino mate a gente - Disse Letícia confiante

-Como você quer que eu siga em frente... Depois do que ele fez com minha filha... - Disse Norma chorando

-É por isso que precisamos seguir em frente, você não quer vingança? Não quer que ele pague por isso? Não quer sair viva daqui? Precisamos que seja forte Norma

-Eu não quero!!!! Quero que ele devolva a minha filha!!! Que me deixe em paz!! - Respondeu Norma aos berros

-Venha cá, vou conversar com você em particular

E assim foram, eu só vi elas no cantinho da sala, mas não consegui escutar nada, depois de uns 5 minutos Norma concordou em seguir em frente junto com Francine enquanto eu ia com a Letícia

-O que você fez para convencer ela?
- Perguntei curiosa

-Nada demais... - Respondeu Letícia em um tom seco

-Então vamos seguir em frente

E assim nós 4 prosseguimos para próxima sala, nela estavam 4 poltronas onde cada uma possuía aparelhos semelhantes as cadeiras de dentista, elas estavam no centro diante de uma luz natural que vinha do teto, a sala era pequena e só tinha duas portas.

-Muito bem minhas queridas, este é o último lance, um tudo ou nada, é o seguinte, vocês sentaram nessas poltronas e vão relaxar, as cadeiras vão injetar uma droga chamada Fator Medo, essa droga vai explorar cada parte dos seus cérebros e encontrar e simular cada medo profundo de suas almas, o único modo de sair desse transe é enfrentar e vencer o que vocês mais temem, mas cuidado, se deixar levar pelo medo, pode causar catástrofes enormes... Que vença a melhor

Muitos já estavam praticamente traumatizados com toda situação, tremendo e com medo, parecia que nada ia melhorar, eu queria parar lá mesmo e ficar, mas algo que me impressionou foi a motivação da Letícia:

-Pessoal, estamos há um passo de conseguir nossa liberdade, vamos lutar por ela, somos guerreiras, vamos sobreviver ao máximo e pegaremos o assassino!!! Quem está comigo??

Ela por incrível que pareça conseguiu motivar a todos, lenvantamos a mão com orgulho e coragem

-Certo, então vão lá e vençam seus medos!

E assim prosseguiu, cada uma sentou na sua poltrona e apertou um botão na lateral, um seringa se inseriu em nosso pescoço e foi injetando algo, depois de 5 minutos senti uma sonolência, pensei sobre o que poderia ser o meu medo, mas nunca achei que fosse em algo tão fundo, uma coisa que estava aprisionada na minha mente por muito tempo, tempo demais...

Acordei na minha cama, olhei para meu próprio corpo, estava com meu pijama de gatinha quando criança, eu devia estar com uns 14 anos, mas não era "eu" de verdade que estava controlando meu corpo e sim a Yasmim do passado, eu era alguém que estava assistindo pelos olhos dela. Como sempre, fui escover os dentes e penteei o cabelo, desci para a sala normal, minha infância toda praticamente foi ver desenho de manhã, e como eu amava, vi que minha mãe e meu pai estavam lá

-Oi mãe, oi pai

-Bom dia filha, dormiu bem? - Perguntou minha mãe

-Venha aqui vamos assistir desenho - Disse meu pai sorrindo

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