Lexi 2: After All | Hayes G {slow update}

Twenty Nine

Lexi P.O.V

Aquela foi a última frase que escutei de Hayes durante uma semana inteira, eu estava evitando encontrar com ele, o meu problema não foi ele ter dito, o meu problema foi aquilo ter de alguma forma mexido comigo de uma maneira muito forte. Hayes mexe comigo como ninguém nunca fez, eu ja estive em dois relacionamentos além dele, e nunca me senti como com ele, e isso me irrita, sempre que eu estou perto dele são sentimentos diferentes para cada gesto dele, cada fala e...

— Lexi – Keaton passa a mão em frente ao meu rosto e eu ainda distraída o olhei rapidamente – O filme está quase no final e você está olhando metade dele para o quadro.

Me viro pra ele, e olho para o quadro mais uma vez, era um quadro cheio de fotos, minhas com meus amigos, tinha Keaton, as gêmeas, os Alvares, Simon e Angel, e a que eu estava focada, eu e Hayes.

— Eu... desculpa, eu só estou um pouco desligada...

— É, está mesmo, a uma semana inteira, não responde as mensagens, e até ontem vinha evitando todo mundo, ignorando quem quer que falasse contigo. – Keaton me interrompe e senta na cama.

— Eu só não estou bem, desculpa se isso te incomoda. – falo e ele suspira.

— O que aconteceu? – ele pergunta e eu o olho.

— Nada demais, eu só... estou meio cansada, essa semana foi cansativa. – minto e vejo ele me olhar em reprovação.

— Eu te conheço e sei que você está escondendo alguma coisa. – ele diz me fazendo revirar os olhos.

— Virou vidente agora? – me ajeito olhando para ele.

— Não, eu apenas te conheço – ele diz e eu respiro fundo – Você sabe que não precisa me esconder nada né?

— Isso Keaton, não é algo que vá agradar ninguém – me levanto – Não agrada nem a mim.

— É sobre o Hayes? – ele se levanta e vem em minha direção.

Fico quieta o olhando e ele olha para mim um pouco desapontado e depois para o chão algumas vezes e então volta a me olhar.

— Você ainda gosta dele? – ele pergunta e eu nego.

— Não é isso... é só que... eu não sei. – ele senta na cama novamente. – é difícil Keaton, você sabe, você ja deve ter passado por isso.

Vejo ele começar a colocar os tênis dele, ele os amarra e eu fico parada, ainda em dúvida do que estava acontecendo, assim que vejo a expressão irritada dele, e ele pegar seu casaco, eu vou até ele.

— O que você está fazendo? – pergunto e ele puxa o braço dele.

— Eu vou embora, quando você decidir se quer a mim ou ao Hayes, me liga – diz e assim que ele vai sair eu o seguro.

— Keaton... você é velho demais pra esse tipo de coisa – falo e ele para.

Eu o solto e ele vira me olhando.

— Lexi, você que é nova demais pra isso, nova demais para ter um relacionamento – ele fala subindo o tom de voz.

— Nova demais? – me afasto um pouco olha em seus olhos.

— Você não sabe controlar isso, você não sabe ficar com ninguém, apenas com aquele garoto – ele diz e eu olho para o chão.

— Você nunca se incomodou, o que mudou? – olho para ele.

— Eu sempre me incomodei, mas eu preferia não demonstrar, porque diferente de ti Lexi, eu me entreguei a esse relacionamento, de corpo e alma, eu te amo Lexi, e não te usei pra esquecer ninguém – ele diz e sinto meu peito doer, e minha garganta fechar.

— Não é bem assim, eu não te usei Keaton – falo um pouco mais alto do que antes – eu gosto de ti.

— ESSE É O PROBLEMA CARALHO – ele grita e eu me encolho – você em algum momento, me amou?

Fico em silêncio o olhando e ele nega.

— Eu ja disse Keaton, eu gosto de você – falei me aproximando dele.

— Você em algum momento nesses cinco meses sentiu algo por mim, como você sentiu por Hayes? – ele segura minha mão.

— Eu... eu... Keaton, você está comparando coisas destintas, okay? – falo e vejo lágrimas escorrem por suas bochechas.

— Sabe Lexi, você gosta quando pisam em você, gosta da forma como o Hayes te trata, como se fosse seu dono – ele diz com nojo – Me desculpa, mas eu não vou e nem quero te tratar assim.

Ele solta minha mão e então se vira saindo.

— Keaton, volta aqui, não é bem assim – falo indo atrás dele.

Ele desce as escadas enquanto eu tento o segurar, ele se esquiva, quando ele chegou na porta ele parou e olhou para a rua.

— Quando você descobrir se realmente gosta de mim, nós conversamos, até la, não temos mais nada – e com isso ele fechou a porta e foi embora.

Eu fiquei um tempo la, parada, sem reação, até toda aquela cena passar em minha mente, eu gritei com todo meu pulmão, e então as lágrimas começaram a descer incessantemente, eu me sentei no chão colocando minhas mãos entre os fios dos meus cabelos. Escuto duas batidas na porta e então me levanto rapidamente, e assim que abri, qualquer esperança que eu tinha, foi embora.

— Lexi? O que aconteceu? – olhei dentro dos olhos dele e então voltei a chorar.

Ele me abraçou, e beijou o topo da minha cabeça.

— Calma, vai ficar tudo bem – o empurrei e ele me olhou confuso.

— POR QUE VOCÊ SEMPRE FAZ ISSO?

O empurro mais uma vez.

— VOCÊ SEMPRE ESTRAGA TUDO!

Mais um empurrão.

— VOCÊ NÃO PODE ME DEIXAR SER FELIZ COMO VOCÊ?

O empurro de novo.

— VOCÊ NÃO PODE ME FAZER PARAR DE TE AMAR?

Deixo minhas mãos no peito dele e sinto seus braços me segurarem em um abraço, que por mais que eu não queira, eu me sinto segura.

— eu... me pergunto isso todos os dias, Lexi – Hayes fala e percebo sua voz falhar.