Thirty Five

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Hayes P.O.V

— Ela vem mesmo? – olho para Sammy.

— Sabe, acho que você tem que agir um pouco mais despreocupado – ele me olha e eu vejo que Stefanie nos olhava.

— Eu também acho, você parece muito desesperado – ela comenta e eu bufo.

— Eu não sei o que aconteceu comigo, eu nunca fui assim – falo e Sammy concorda.

— Quando a gente ama alguém, nós mudamos – Stef diz e sorri.

— As vezes viramos trouxas, afeminados, cuidadosos, amorosos, carinhosos...

— Carinhosos? – olho para cima e sinto meu coração saltar.

— Vocês chegaram – Stef levanta abraçando o pessoal que chegou.

Eu não tirei meu olhar de Lexi, que depois de abraçar Stef, pareceu me notar, ela então sorriu para mim, eu sorri de volta.

— Vou contar que atrasamos por conta de alguém que começou com P e termina com eyton – Simon diz – não querendo acusar ninguém, nem nada, mas né.

Rio dele e levanto para os cumprimentar, deixo Lexi por ultimo, e dou um beijo na bochecha dela e um abraço rápido.

— Eu estava agoniando com esses dois – Sammy nem se da ao trabalho de levantar para cumprimenta-los.

Me sento de volta, e todos se acomodam em algum lugar na mesa, o que me surpreendeu foi Lexi ter sentado ao meu lado, eu sabia que ela não queria ter mandado aquela mensagem

— Eu quero conversar com você depois – escuto a voz de Lexi e me viro para ela.

— Eu tenho medo – falo e ela ri.

— Não precisa – ela diz sorrindo.

— E essa garçonete que não chega nunca – Peyton reclama alto e eu olho confuso para ele.

Mas assim que vejo uma Alana com o uniforme do restaurante e uma bandeja embaixo dos braços eu entendi, e junto com Simon comecei a rir.

— Nunca imaginei – falo e ela revira os olhos.

— O que vão querer senhores? – ela pergunta olhando para os lados – Se foder? Anotado.

Todos na mesa riem da piada dela e eu paro de rir.

— Que garçonete educada – Simon resmunga – Talvez eu deva reclamar disso?

— Cala boca panaca – ela diz revirando os olhos novamente.

Depois de algumas brincadeiras com Alana, fizemos nossos pedidos, que não demoraram muito, e a mãe das gêmeas foi na nossa mesa conversar com nós, pediu uma avaliação, e com sinceridade, todos elogiamos muito.

— Eu estou muito feliz que vocês tenham gostado, a avaliação de vocês é muito importante – ela sorri – Aliás, Stefanie e Lexi, eu queria agradecer pela mudança que fizeram na vida das minhas filhas.

— Eu quem agradeço elas por terem mudado a vida da minha irmã – Stef sorri e levanta dando um abraço na dona Nina.

— Elas parecem minha avó quando meu pai vai visitar ela com a minha mãe – Lexi se aproxima cochichando.

Olho para ela e solto uma risada baixa.

— O melhor é que a Luna e a Lua estão envergonhadas, umas mais vermelha que a outra – falo e ela ri olhando para as duas, que percebem e levantam o dedo médio ao mesmo tempo.

Depois de Stef sentar novamente, todos começaram a conversar, e então senti alguma coisa cutucar minhas costelas, virei para o lado, e Lexi fez um sinal que eu não entendi e fiquei com uma expressão extremamente confusa em meu rosto.

— Vai para Rua – ela cochicha e eu me viro para frente discretamente.

— Com Licença, preciso atender uma ligação – falo me levantando, e o pessoal nem prestou atenção em mim.

Eu fui em direção a saída, que também era a entrada, e fiquei na frente do restaurante esperando Lexi, escutei a porta abrir e me virei, vendo ela vir na minha direção.

— Por que exatamente eu estou aqui na rua? – pergunto e ela ri – Você está bem risonha hoje.

— Eu estou feliz – ela diz sorrindo.

— Isso é muito – sorrio junto com ela.

— Então... eu vim falar sobre nós dois – ela diz e eu sinto meu coração parar e minhas mãos começarem a suarem.

— O que tem nós dois? – pergunto e ela suspira.

— Eu acho que a gente pode dar certo, eu posso estar sendo trouxa, mas eu gosto de estar contigo, e todos os momentos felizes que eu tive perto de você compensam qualquer outra merda que tu ja fez – ela sorri.

— Isso quer dizer que... – olho para ela que levantou uma sobrancelha e soltou uma risada fraca.

— Que eu não vou tentar impedir nada, mas vamos deixar o tempo dizer se isso vai ou não acontecer– ela diz e eu sorrio – Vamos deixar acontecer, nada forçado.

— Eu gosto da ideia – falo animado – Eu espero que o tempo esteja em sincronia com a minha mente e meu coração, porque mesmo que demore, esses dois tem certeza que um dia vai acontecer.

— Muito tempo solteiro? – ela pergunta divertida.

— Provavelmente, isso me deixa um pouco sentimental demais – falo e ela ri.

— Okay, vamos voltar? – ela diz segurando minha mão.

— Mas tu não disse que...

— Para a mesa com o pessoal seu idiota – ela revira os olhos e eu rio.

— Ah, sim – ela vai me puxar, mas eu paro – mas o que tu disse para eles? – pergunto.

— Que eu ia conversar com você – ela diz e eu faço uma careta indignado.

— Por que eu tive que mentir? – ela ri.

— Nenhum deles acreditou, seu celular nem estava ligado – ela me puxa e assim nós dois entramos no restaurante.

Chegamos na mesa, onde todos conversavam animados, eles nem ligaram por eu ter chegado junto com Lexi, agiram como se fosse normal aquilo, e eu acabei nem me preocupando muito com isso e agi normalmente também, eu gosto disso, como tudo é tão normal e bom para eles.

Lexi 2: After All | Hayes G {slow update}Onde histórias criam vida. Descubra agora