Fifty Four

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Hayes P.O.V

— Filho, tem visita – olho para a porta do meu quarto na casa da minha mãe e então faço careta.

Falar para minha mãe não contar alguma coisa pra alguém é a mesma coisa que falar "conta pra todo mundo".

— Mãe pra quem tu contou que eu estava aqui? – ela riu negando com a cabeça.

— Não foi eu, aliás acho que nem conheço esse menino – ela levantou os ombros e eu fiz uma careta, menino?

— Que menino mãe? – se minha mãe não conhece não é nem o Peyton e nem o Simon, pode ser o Sean, mas ele nem deve saber onde minha mãe mora e muito menos dirige pra vir até aqui.

— Eu acabei de falar que não conheço Benjamin – ela diz indignada. – Posso dizer pra subir?

Eu neguei me levantando e arrumando minha roupa e largando meu celular na cama.

— Eu vou até la – digo e acompanho minha mãe para fora do quarto, vendo Keaton sentado no meu sofá, ele parecia nervoso, batia os pés no chão, e tinha as mãos sobre a boca. – O que você ta fazendo aqui?

Ele virou me olhando e levantou do sofá, vindo na minha direção, minha mãe deu um tapinha no meu ombro e foi para cozinha, provavelmente ficaria ouvindo as conversas.

— Eu queria falar sobre, você sabe, aquela noite no karaokê – Olho para ele, analisando sua expressão, mas não sei o que eu esperava, não sou nenhum tipo de leitor facial, fiz um sinal com a cabeça pra ele prosseguir.

Ele olhou pra porta da cozinha, onde minha mãe estava parada na bancada, fingindo não estar prestando atenção, então eu ri negando com a cabeça.

— Vamos subir – digo indo para o meu quarto, assim que entrei fechei a porta na cara dele.

Keaton abriu a porta e entrou soltando um suspiro pesado.

— Se voce não parar de agir como uma criança, a gente conversa, se não eu vou embora – olho para ele com uma careta.

  Até pensei em mandar ele embora, mas eu estou fazem dois dias me condenando pela minha atitude infantil no karaokê, como uma criança que foi dispensada no jardim de infância.

— Desculpa, vai fala o que você veio até a minha casa só pra falar – digo e me jogo na minha cama olhando para ele que sentou na cadeira do computador, e me olhou sério.

— Eu quero começar dizendo que eu apenas fui me desculpar com a Lexi, por todo o mal que fiz pra ela, e falar que eu estou indo embora de Los Angeles – Assim que ele fala a última parte eu me ajeito na cama olhando para ele.

— Você vai embora? – pergunto curioso e ele faz uma careta.

— Sim cara, foi o que eu acabei de dizer – ele aponta pra mim e então respira fundo. – Bom, mas não era só isso que eu queria te dizer, tem uma coisa que eu precisava muito te falar, sendo que ja falei pra Lexi faz muito tempo, e pode acabar até sendo uma dia para vocês amadurecerem.

— Não preciso de dica para amadurecer de um cara de 21 anos que namora garotas de 17 – Digo revirando os olhos e ele continua sério me olhando, então eu me desculpo e deixo ele prosseguir.

— Eu estou cansado disso, dessa sua hipocrisia, sua e de todos os teus amigos, primeiro você não é muito mais novo que eu, pra ficar me julgando assim, cansei de vocês acharem que são os reis do mundo e qualquer pessoa diferente que aparece o grupo de vocês não dão nenhum espaço, e principalmente se é alguém especial pra Lexi – dava pra ver nos olhos dele a mágoa, e de certa forma eu entendia o que ele estava falando.

— É difícil namorar a Lexi, eu sei amigão – digo e ele nega passando as mãos nos cabelos.

— Não, você não sabe, porque a Lexi sempre fez de tudo pra ti, ela deixou pessoas que a tratavam como rainha, pra estar contigo, e você parece que nunca ligou pra isso, você pode dizer que ama a Lexi, mas o jeito que você briga com ela, mesmo depois dela ter movido montanhas só pra estar contigo, não mostra isso – Ele levanta e vai até a porta do quarto, pronto pra sair. – Eu nunca gostei tanto de alguém, como eu gostei da Lexi.

— Por isso traiu ela – falo e ele fica em silencio e então solta uma risada irônica.

— Bom saber que acreditaram no que você inventou – ele diz e respira fundo – Não faz a mesma coisa de sempre Hayes, não machuca ela mais.

E com essa frase ele saiu do meu quarto, e provavelmente foi embora da minha casa. Tudo que ele falou ficou batucando na minha cabeça.

— Filho da puta – jogo o cubo mágico que tava ao lado da minha cama na porta, com força, o que fez ele se desmontar inteiro.

— HAYES ESTÁ TUDO BEM MEU FILHO? – escuto minha mãe gritar e me deito olhando para o teto.

— Não mãe, não está nada bem.

Lexi 2: After All | Hayes G {slow update}Onde histórias criam vida. Descubra agora