Capítulo 16

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"A vida é como um jogo de xadrezquando os resultados de nossa jogada não são bons, é preciso mudar a estratégia para enfrentar suas adversidades."

Louise Figueiredo

Eu ainda tinha esperança de encontrar a Iris com vida. Achava que depois de tudo o que ela passou ela poderia recomeçar, ela poderia juntar todos os cacos e tentar seguir em frente. Todas as minhas esperanças foram embora com a pronúncia dessa pequena frase. Lembranças de quando ela veio aqui atrás do Brian me vem a mente, e estou lutando com todas as forças para não chorar.
A Bethany entra na sala, e me tira dos meus devaneios. Eu não tinha visto ela até agora. Ela está com um lindo vestido creme, que se acentua muito bem ao seu tom de pele.

—O que foi que aconteceu?— ela pergunta toda alheia a situação. Nesse instante olho em volta, e vejo que o sintoma de tristeza que achava que só eu tinha pegado, está espalhado pela sala. Tanto o Nathan quanto o Connor estão de cabeças baixas com a mão nos bolsos.

— Aquele caso de sequestro que eu te falei que estávamos trabalhando, foi encontrado o corpo da garota.— Brian. Fala com o tom completamente indiferente, parece que ele tava dizendo que não tinha mais pão.


—Ahhh, mas isso já era de se esperar, não? Afinal, ela ficou desaparecida esse tempo todo. E se fosse apenas um sequestro normal como qualquer outro, acho que os sequestradores já teriam se manifestado em busca de resgate.—A Bethany coloca um ponto bem dado, que acho que nenhum de nós pensou. Ou se pensou não compartilhou. Mais acho que foi porque bem lá no fundo, todos sabiam que o 2° desaparecimento da Íris é ligado diretamente ao 1°.


—Claro Bethany. Mais a gente esperava que o pior não acontecesse.- O Brian fala.—Eu vou ter que me ausentar e ir até o local do crime para recolher provas. Os policiais as vezes são um bando de incompetentes, e muitas vezes eles não fecham o local do crime direito e as provas são comprometida. Eu vou. Amanhã trago mais notícias. Voltem para a festa amanhã nos vemos.

Então ele sai nos deixando ali com os pensamentos a mil por hora.


★★★★★★‡★★★★★★


Volto para a festa, mais estou sem clima. Encontro o Jefferson e a Amélia conversando com a maior empolgação. Chego perto deles e escuto um pouco a conversa, sem nem eles perceber que estou por perto.

— Eu vou te dizer que não gostava da ideia dela vir com alguém que não conhecia. Mais eu gostei de você. Você não é tão chato quanto eu pensei.—A Amélia fala, tomando um pouco do seu vinho branco.

—Também achei um pouco estranho. Mas vou dizer que gostei. Eu já queria conhecer ela pessoalmente há muito tempo... Eu sou um cara bem sucedido, as mulheres gostam de chegar perto de mim por causa do meu dinheiro ou do meu status. É bom conhecer alguém que queira crescer na vida por conta própria, uma pessoa que me entenda. Dei sorte de encontrar ela.—Escuto o Jefferson falando é isso me emociona um pouco. Afinal é sempre bom receber elogios.

— Eu sei que vocês me amam! — Eu falo e eles dão um pequeno salto. Estão completamente tímidos depois que eu apareço.


"Adoro"

—Gente eu acho que já vou para casa.—eu falo. Já não gosto de festas, e depois do que aconteceu, o resto de empolgação que tinha foi embora.

— Deixa eu pegar minha bolsa. Acho melhor ir também, porque se eu ficar aqui eu vou beber. E tem a lei seca agora... Então...—A Amélia saí e vai atrás da sua bolsa. Eu me viro para o  que está sorrindo para mim. Ele na dá um abraço apertado e sussurra no meu ouvido.

— Foi bom te conhecer! Espero que possamos sair outra vez. Quem sabe até com a Amélia e o Connor. Boa noite!— ele então beija minha testa.


— Pode deixar. Até lá a gente te se comunica.

É eu vejo ele indo embora. É olho em volta atrás da Amélia porque eu quero ir também.


★★★★★★‡★★★★★★

Quando cheguei no laboratório, todos estavam lá em volta da mesa. O Brian estava na mesa esperando apenas a minha chegada.

—Agora podemos começar. Fizeram testes no corpo da vítima e ela foi abusada sexualmente, mas não foi encontrado nenhum resquícios de DNA do agressor.


— Então foi o mesmo homem que matou a vítima? — pergunto.

-—Não. Na verdade ela tinha sinais de luta. As perfurações fora imprecisas, acertaram o osso. Provavelmente teve muito sangue envolvido. Não sei exatamente disso porque ela foi removida do local e levada para aquele matagal. Ela teve o osso do ombro deslocado, e isso aconteceu depois da morte. Ela foi arrastada e limpa antes de a colocarem naquele matagal. A pessoa que a matou não tinha força suficiente para carregar ela por isso a arrastou. O que é estranho porque a Iris não chega a 50 kg. Não é certeza, mas provavelmente quem matou ela foi uma mulher.


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Uma mulher?
Obrigado por lerem.
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Até o próximo capítulo ( se eu não for arrebatada) Marmotas!

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