Promessas.

Daniel

O dia de trabalho foi extremamente cansativo, mas muito produtivo, aparentemente meu bom nome como advogado estava se espalhando já que os clientes aumentavam a cada dia, trabalhei até as 15 horas e fui visitar os meus pais, havia mandado o buquê de rosas por um entregador no dia anterior, e queria saber o que acharam sobre, parei em frente ao apartamento que havia comprado para eles há um ano e avisei na portaria que era o Sr.Christopher, fui recebido por minha mãe com um abraço carinhoso e o meu pai, durão como sempre, me deu um aperto de mão e um tapa amigável nos braços "está forte garoto!" ele diz e senta-se no sofá junto a minha mãe, vejo o buquê dentro de um vaso de vidro próximo a TV, e minha mãe acompanha o meu olhar "ah querido, você sempre lembra não é? eu e seu pai amamos a surpresa" ela toca a mão de meu pai, que não a afasta "eu não esqueceria mãe" ficamos conversando até a noite cair e meus pais me chamarem para jantar, acabei dizendo que tinha um encontro e meu pai pareceu realmente interessado no assunto "é com uma garota?"  ele me olha seriamente "sim, uma garota"

"ela não é advogada também é?"  ele torce o nariz em desaprovação, acreditava que todos eram ignorantes e sem senso de humor, por isso sempre me dizia para ser diferente, e eu acreditava que era "está na área de engenharia, engenharia ambiental mais precisamente" minha mãe sorri e vem parar ao meu lado "e quando vamos conhece-la Daniel?"  "Não, não mãe, é apenas um encontro, ela não vai se tornar minha namorada ou coisa do tipo"  ela faz uma carranca e olha para o meu pai "hora ou outra você vai encontrar alguém que vai amolecer esse seu coraçãozinho exageradamente frio querido"  sorrio e me despeço de cada um, minutos depois estou na estrada e dirijo em direção a minha casa, que percebi depois de ler o endereço que Alice me deu, era a menos de três quarteirões de distância de sua casa.

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São exatas 20:00 horas e estou parado com meu carro em frente a uma casa realmente grande, um primeiro andar também muito moderno, há uma luz acesa na varanda e há um portão branco aberto que dá para um jardim simples, com algumas tulipas e girassóis plantados no meio da grama, e uma porta branca mais a frente, pego o meu celular e envio uma mensagem endereçada a Alice "Estou aqui fora, mas pensei que poderia querer vir me buscar". Sorrio e envio a mensagem, pego o vinho ao meu lado e saio do carro, fecho as portas e deixo o alarme ativado, estou encostado a porta com a garrafa em uma das mãos e a outra mão livre em um bolso na frente da calça, estou de cabeça baixa quando ouço a porta abrir e um barulho de passos vindo em minha direção, levanto o rosto devagar apenas quando ouço os passos pararem e puta merda! mas o que é isso?! Alice está a poucos passos de mim em um vestido preto que cobre até metade de suas coxas, que observando melhor agora, são grossas e um pouco torneadas, o vestido está colado ao seu corpo e reparo em suas curvas perfeitas, tem um pouco de seus seios aparecendo no decote pequeno do vestido e uma mecha de seus cabelos castanhos cai em seu rosto, ela esta um pouco corada e mais alta também, observo que está usando um salto pequeno e dou um passo em sua direçao, tiro a mão do bolso e enquanto a olho nos olhos, seus cílios longos destacados em um mar de dourado e sua boca levemente rosada combina perfeitamente, dou mais um passo a frente e ela não se move nem tira os olhos dos meus, e eu estou me perguntando se alguma vez na vida já sai com uma mulher tão bonita como ela, e a resposta é imediata: Não, eu jamais saí com alguém tão bonita quanto Alice, ou mesmo, alguém que me fizesse permanecer interessado por mais de dois dias. Ela sorri para mim e juro que naquele momento uso todas as forças que tenho para. me segurar no local e não beija-la.