Capítulo 6 - O Gigante do Subterraneo

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Acordei. Novamente, estava de volta ao templo. Isso parecia um processo infinito, onde só teria fim quando chegasse no último Colosso. O Terceiro Ídolo à esquerda se destruiu, e eu então me levantei, e esperei pelas palavras de Dormin.

Teu próximo adversário é... Um gigante se esconde debaixo do templo. Ele anseia por destruição. Mas um tolo, não é.

Debaixo do templo? – me perguntei. Por um momento, pensei que o Sexto Colosso estivesse em baixo do Santuário. Porém, ao sair dele, e erguer minha espada, vi que não era deste templo que Dormin estava falando. Os feixes de luz apontaram para o Sul, mas um tanto para a direita.

Agro apareceu do meu lado. Agro... não pode ser você que me traz de volta todas as vezes... então... quem pode ser? Dormin? – era o que pensava. A cada Colosso que eu derrotava, mais dúvidas vinham em minha cabeça.

Me montei em Agro, e parti na direção dos feixes de luz. Eles apontaram, primeiramente, em direção da entrada do que parecia ser um bosque, com muitas e altas árvores. Ao entrar, percebi que seria muito fácil me perder. Levantei a espada, para checar o caminho certo, e por algum motivo, nenhum feixe de luz saiu dela.

– Hã? O que aconteceu? – tentava me movimentar de todas as formas, mas a única coisa que saía da lâmina, era um pequeno brilho verde – Porque não está me indicando o caminho...?

Logo me lembrei das palavras de Dormin, no momento em que cheguei nessas Terras. "Eleve tua espada sobre a luz...". Será que ela só pode me indicar o caminho quando estou em um lugar luminoso...? – Procurei por um local que tivesse pelo menos um resquício de luz, pois as folhas das árvores tampavam o Sol.

Em minha procura, acabei encontrado outro daqueles Templos com Lagartos de Rabo Branco. No último Colosso, eu comi um deles, e me senti mais forte. Talvez devesse comer mais um... – pensei, enquanto pegava meu arco. Disparei uma única flecha, desta vez, acertando em cheio sua cauda.

Ao me aproximar, o lagarto se mexeu, e correu para outra direção, deixando seu rabo. Achei aquilo bem estranho, mas logo esqueci. Ao terminar de comer, novamente me senti mais forte, como se aquela cauda tivesse alguma coisa mágica.

Eu não me ajoelhei e ofereci-lhe uma prece, assim como fiz da última vez, pois não achei necessário. De repente, notei duas luzes no fim do bosque. Uma para a direita, e outra, mais para a esquerda. Subi em Agro, e caminhei em direção da direita. Era uma saída. Porém, era estreita, e tinha um pequeno desfiladeiro ao lado. Percebi que o caminho da esquerda, me levava direto para baixo, mas nesse onde fui, havia uma árvore, e um outro lagarto de rabo branco.

A árvore era torta, fazendo seus frutos estarem localizados acima do desfiladeiro. Atirar, fariam elas cair lá em baixo. Me aproximei, e matei o lagarto com a espada, comendo sua cauda. E com muito cuidado, escalei a árvore, e tentei tirar as frutas manualmente. Agro deu um leve relincho, o que interpretei como "Isso não vai dar certo...". E ela tinha razão, ao tentar tirar a segunda fruta, perdi o equilíbrio, e caí daquela altura.

Minha sorte, foi que em uma pequena lagoa. Era bem rasa, mas foi o suficiente para não me deixar ferir gravemente. Pude ver Agro lá de cima, dando a volta pelo caminho. Ela desapareceu pelo bosque, e logo, saiu de outro local. Ela seguiu pelo caminho que escolhi não seguir.

Havia outra árvore no local. Desta vez, com muitas frutas. Comi muitas, e também dividi com Agro. Logo, levantei a espada, e os feixes de luz apontaram para a esquerda. Era impossível atravessar a montanha a esquerda, então tive que subir um morro logo à frente, e passar por dentro de um túnel.

A Sombra dos Colossos(Shadow of The Colossus)Onde histórias criam vida. Descubra agora