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Acordei com minha campainha tocando, fui ver, quando abri a porta tinha um homem de terno, pardo, estava com um óculos preto, e tinha a barba a fazer, estava aparada, podemos dizer.

- O que gostaria?
- Bom dia senhorita, me chamo Chavier Farias sou advogado da Senhora Vitória. Você é Júlia Collins?
- Sim, entre! - Depois dele entrar o ofereci água e café. Ele aceitou o café.
- Então estou sabendo da situação da sua mãe, e que ela​ está paraplégica, sinto muito senhorita Collins e...

- Somente Júlia! Okay Júlia!
- Tudo bem! Como quiser Júlia! E ela disse que qualquer coisa que acontecesse... Se, algum dia acontecesse, era pra eu vim falar com você. Falta um ano pra você fazer 18 e sua mãe disse que eu só poderia entrar em contato com sua família em casos muito urgente.

E eu acho esse um desses momentos, e eu poderia deixar você cuidar da sua mãe e iria ficar tudo bem mas, eu fui mandado aqui porquê você não tem idade suficiente, ainda mas com sua mãe nesse estado, então para mim, esse é um caso de emergência, você deve está se perguntando: Eu tenho uma família? E eu não conheço!

Primeiramente você nunca conheceu sua família, porquê eles nunca aceitaram sua mãe e seu pai juntos, ainda mais sua mãe ti teve muito cedo, aí foi a gota d'água. Seu vô espusso sua mãe de casa, ela veio pra cá, "nesse fim de mundo" como ela diz, e cuidou de viver a vida dela!

- Okay! Calma que eu tenho que memorizar, respira, muita calma, okay! Primeiro como me comunico?
- Então eu tenho o endereço de onde eles moram. Mas como você se sente?
- Bem, péssima, triste, e surpresa! Tenho uma família, que nunca conheci.

Vou deixar pra conversar isso com minha mãe depois, vou no hospital conversar com médico dela, pra ver como tudo vai ser! Onde eles moram?
- No interior!
- Teremos que viajar!? God! Tá vou tirar dois dias pra ir lá, vamos amanhã mesmo, você pode né?

- Sim, tudo bem amanhã venho ti buscar!
- Que bom ter me dado bem com você Chavier!- Eu o levei até a porta, subi e fui banhar. Passei 17 anos da minha vida sem conhecer minha família, se é que posso chamar de família. Tudo bem, minha mãe foi espussa de casa que vó malévola. Mas eu deveria ter conhecido, mas...

Não tem mas. Terminei meu banho peguei uma bolsa com algumas coisas da minha mãe, e fui diretamente pra minha moto.

                                 ~~=~~

Cheguei no escritório fui diretamente  falar com a Natália.
- Bom dia Natalia!
- Bom dia Júlia, tão cedo por aqui!
- Tenho umas coisas pra ti falar!
- Sente-se e me conte!
Sentei e contei do acidente, da festa, ela ficou arrasada. Mas me deu férias de três semanas, mas pediu que eu ajudasse no evento de casa mesmo e quando pudesse e adiantou meu salário. Saii de lá e fui pra escola pegar minhas matérias  perdidas. Eu não vou desistir de tudo tão fácil, falta esse ano somente pra eu passar de ano e começar uma faculdade. E esses acontecimentos foram tão repentinos.

- Cretina, desde ontem não ti vejo! Vem aqui sua Bastarda!
- Nossa que amor Carol! - Ela veio e me abraçou, um abraço apertado.
- Não veio hoje porque? O que aconteceu? Você está péssima! Estou preocupada, venha me conte. - Sai da secretária e fui com ela. Carol como sempre preocupada, por isso amo ela.
- Conte tudo! - Sentou-se no banco que fica debaixo de uma árvore, perto da quadra.

- Tudo bem, vou resumir porque eu tenho que ir! Naquele dia eu sai de manhã da casa onde teve a festa,  durmi lá, tentei achar vocês mas desisti, eu estava com uma enxaqueca terrível, fui andando pra casa, banhei de chuva igual uma louca, cheguei em casa levei uma bronca da Lúcia, depois banhei, durmi, acordei e Lúcia  não estava mais em casa, recebi uma ligação dizendo pra eu ir para o hospital, pois minha mãe havia sofrido um acidente, fui correndo, cheguei e recebi a notícia que minha mãe estava paraplégica... -

Ai meus olhos estavam cheios de lágrimas mas, eu engoli o choro e continuei a falar.
- Hoje de manhã recebi a notícia de que eu tenho uma família da qual não conheci, eu estou três semanas de férias do trabalho, em relação a família, eles moram no interior, vou amanhã  mesmo, é, eu fiquei surpresa, por pior  que pareça  quero conhecer eles e, é isso que aconteceu em dois dias! - Soltei um longo suspiro, como eu estava aliviada de contar tudo pra minha amiga.

- Sinto...muito amiga! Meu amor, vai dar tudo certo! Eu estou me sentindo uma péssima amiga, me perdoa!?
- Que isso Ca! Você não fez nada! E o Sammy?
- Não se preocupe conto tudo pra ele! Vai lá, onde você tem que ir, e até quando nós puder se ver, que pelo jeito não vai ser tão cedo. - Ela me deu um de seus abraços urso. E beijou minha testa.

                            ~~=~~
Cheguei no hospital e fui pro quarto da minha mãe, ela ainda estava com olhos fechados. Me sentei ao lado da cama e peguei em sua mão.
- Eu sei, que a senhora pode me ouvir mas, não sei se é o momento apropriado pra eu falar, eu vou tentar.

Eu vim trazer umas roupas você terá que banhar e a enfermeira pediu pra eu trazer umas peças, caso a senhora acorde e não e me veje aqui estarei longe daqui, eu irei voltar dentro de dois dias, eu vou falar com o doutor sobre o seu estado. E vamos ver quando poderás voltar pra casa.

Eu espero que dê tudo certo. Te amooo muitão! E eu sei que a senhora também, não é mesmo!?
- Ri comigo mesma. Pensando em como cruel a vida foi com ela. E como neste exato momento eu posso está falando com as paredes. Foi quando essa maravilha de pessoa mexeu os dedos.

Abri um sorriso que tinha uma grandeza e tanta.
- Bom saber que eu não falo com as paredes! - Beijei sua testa e parti em retirada. Fui pra sala do doutor. Bati na porta e ele falou para que eu entrasse.
- Boa dia, doutor!
- Boa tarde Senhorita Collins!

- Que diabo deu nesse povo pra ficar me chamando de senhorita Collins! Aff! É Júlia ou Ju se preferir, menos senhorita Collins!Me desculpe eu sei que é por educação, respeito...mas, é só o que escuto ultimamente! - Sentei-me a sua frente. - Bom eu sei perdi o horário, mas vamos logo direto ao ponto, minha mãe tem chances de voltar a andar?

- São poucas mas, podemos tentar através de uma fisioterapia, o problema é que, è caríssimo. Fora a cadeira, uma enfermeira, porque sei que você vai precisar.

- Eu vou dar um jeito doutor, tudo tem seu tempo! Então eu vou viajar por dois dias, antes que pergunte vou ver a família que eu nunca vi, vou precisar deles. E amanhã vou atrás de conhece los. Ou seja vou falar com a empregada e mãe, pra ela ficar aqui com minha mãe, o nome dela é Lúcia.Ela vai cuidar de tudo e a cadeira quando eu voltar vou dar um jeito de comprar. Então é só isso!

- Tudo bem, somente, Boa noite Júlia!
- Boa noite doutor!
Sai e fui diretamente pra casa, comprei duas passagens pela Internet, arrumei uma mala com algumas roupas, banhei e durmi.

Quase InacreditávelOnde histórias criam vida. Descubra agora