Jay é uma garota que sempre questiona sobre todas as coisas, mas em um momento de sua vida, sua maior dúvida é o porquê de ela ainda estar viva. Conturbada, resolve dar um fim na sua vida. Porém, antes de tudo, ela pensa em dar uma chance a si mesma...
♡Isso é hora de atualizar? ♡Bem, espero que gostem dessa revisão. Mudei bastante coisas na história, mas não mudei a ideia principal da fic.
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A princípio eu achei que fosse apenas imaginação minha, até porque Jimin sempre me viu como uma amiga sua, certo? Então por que neste momento, Park Jimin está com seus lábios colados nos meus e por que estou retribuindo o seu beijo? Quando tomo consciência disso, o afasto, surpresa. Ainda estamos muito próximos um do outro, sua testa apoiada na minha tão ofegante quanto eu. Abro meus olhos e Jimin ainda está com os seus fechados e pude notar um sorriso tímido em seus lábios carnudos. — O que acabou de acontecer? – pergunto, mas minha voz saiu tão falhada que me pergunto se ele conseguiu entender alguma coisa que eu disse. — Não gostou? — pergunta, afastando um pouco seu rosto do meu apena para eu poder encará-lo melhor. Suas mãos ainda estão em minha nuca, segurando meus cabelos com cuidado, fazendo carinho em mim. — Não é isso – seus olhos estão tão intensos que mesmo que eu queira falar, não consigo. — É que... — e nisso, Jimin apenas me abraça, fazendo meu coração ficar completamente descontrolado, já que ele ainda fez questão de depositar um beijo em meu pescoço. — Tudo bem — ele se afasta com calma, como se o que acabou de acontecer fosse a coisa mais normal do mundo. Vejo que seu rosto está todo vermelho. — Eu só queria... – desvia o olhar, rindo, jogando seus cabelos para trás que não demoram a vir para frente. Vendo que nenhum de nós dois iríamos comentar sobre o que acabou de ocorrer, ele apenas se levanta e me chama para acompanha-lo, e como uma ótima atriz, fingindo que nada aconteceu, caminho ao seu lado em silêncio. Não diria que está uma situação desconfortável, mas estranha estre nós. Ambos sabemos que uma hora teremos que conversar sobre isso, mas tenho quase certeza que isso não vai acontecer nem tão cedo. — Tchau, Jimin — coço a cabeça, observando-o se afastar de mim com um aceno e um sorriso tímido. — Por que está se despedindo de mim? – pergunta confuso — a gente não combinou de assistirmos aquele filme na sua casa? Agora é a minha vez de ficar confusa. Na minha cabeça, ele iria ir embora depois do que rolou entre a gente, mas estava enganada. Na verdade, Jimin sempre faz o que quer e talvez aquele beijo seja apenas porque ele quis. Até porque não há nenhuma explicação plausível para isso. Enquanto ele enche sua garrafa d’agua no bebedouro, penso em como vou conseguir encarar ele. Estou numa verdadeira mistura de sentimentos e falar agora não é uma boa opção, porque senão irei acabar falando um monte de baboseiras e Jimin vai achar que estou assim por conta do beijo, sendo que foi exatamente por causa disso, porém, não posso deixa-lo saber disso porque ele vai ficar se sentindo e eu conheço muito bem Jimin para saber que ele vai ficar jogando isso na minha cara, brincando comigo dizendo que ele me deixa nervosa. Imagina no que isso pode resultar? Deus sou eu de novo. Quero te dizer que não preciso de mais um problema para a minha cabeça, okay? Tudo na vida merece uma resposta. Tudo tem algum motivo. Com certeza ele deve ter o seu para ter feito aquilo. — Ele é uma peste — solto baixinho, bufando um pouco. — Quem? — como um fantasma, ele surge atrás de mim e por pouco não dou um pulo pra frente. Viro-me para trás e vejo sua cara de divertimento enquanto bebe sua água. — Você! – aponto para ele e sei que não vou conseguir calar minha boca nem tão cedo — Fica assustando as pessoas assim e beijan... – paro antes mesmo de completar a frase. Okay, bia, acho que você deve calar sua boca agora. — Beijando? — ele completa, achando graça. — O que foi? Está nervosa com alguma coisa? — Sim! — Podemos ver claramente que a palavra “controle” foi perdida com sucesso. — Você acha que pode beijar as pessoas assim do nada e... — e novamente sou surpreendida por outro beijo seu. Dessa vez ele foi rápido e podia ver claramente que ele queria rir da minha cara. — Jimin! — O que foi? — sinto sua mão puxando-me para mais perto dele, apertando minha cintura. —Por que está fazendo isso, idiota? — mesmo com raiva dele, sinto que minha voz sai completamente diferente de como quero que ela saia. — Você que é idiota, sua idiota — ele balança a cabeça, me olhando como se a resposta estivesse no meu rosto e só eu que não esteja vendo isso. — Digamos que eu sempre tivesse vontade de fazer isso e encontrei um momento péssimo para fazer isso — ele rir da própria resposta, mas parecia mais nervoso do que eu. — Como assim, Jimin? — Não sei. Mas enquanto eu não descobrir — desta vez, ele apenas beija meu rosto com calma, e sinto todo meu corpo responder por esse simples toque, o que me faz ficar mais confusa ainda com ele e comigo mesma — fique esperta — Jimin dá uns passos para frente rindo de si mesmo. Eu continuo ali parada por uns segundos até acompanhá-lo. — Que filme nós iremos assistir? — resolvo falar, atraindo a atenção dele para mim. — Ah, pensei em assistirmos Shrek. — Ah, não, Shrek não. A gente assistiu a esse filme semana passada, Jimin. Pelo amor de Deus, não. — e começo a reclamar com ele que deveríamos assistir a outros filmes, arrancando uma risada de Jimin. — Você reclama demais, garota. Parece até uma velha e beija como uma também — provoca, fazendo-me olhar para ele com cara feia — Sabe como vou te chamar? Vou te chamar de Park Shin Hye. — Oi? — coloco as mãos na cintura parando no meio do pátio. — Beijinho de vovó — ele envolve seu braço no meu pescoço fazendo-me andar novamente ao seu lado. — Beijinho da vovó o... — Olha a boca hein. Caminhamos até a saída como se nada tivesse acontecido, ou melhor, com se o que aconteceu hoje fosse algo rotineiro. Olhando meu amigo agora, ele parece como o de sempre. Mesmo que já faça um bom tempo que não nos reuníamos assim, confesso que estava com saudades dele deitado na minha cama. (...) Durante a aula de hoje, não conseguia me concentrar. Ontem foi um dia bem tranquilo, tirando o fato de Jimin ter me beijado, claro. Mas fora isso, assistimos Shrek por insistência dele e tudo ocorreu como se nada tivesse acontecido. Até achei que ele iria me beijar de novo na minha casa, mas não. Ele realmente assistiu ao filme e riu como se fosse a primeira vez. Sei que foi meu primeiro beijo e confesso que toda vez que penso nos lábios dele nos meus, um calafrio percorre por todo o meu corpo. É incrível como que, mesmo que eu só pense nisso, consigo me arrepiar e meu coração bate com mais força. Ontem, ele disse para mim que não sabia o motivo de ter feito isso, apenas que sentiu vontade. Entretanto, não consegui nem dormir direito pensando sobre isso. Bem, não é como se eu não tivesse gostado do beijo. Os lábios de Jimin são bem macios e se eu fechar meus olhos eu consigo quase sentir sua boca na minha, o que me faz corar instantaneamente. E como se já não bastasse tudo isso, quando olho para trás, Jimin está me encarando com um sorriso no canto da boca. — Park Shin Hye – sussurra ele. — Idiota — sussurro de volta, e como uma criança de cinco anos, eu dou dano língua para ele. Na hora, sinto meu celular vibrar e sem que o professor note, leio a mensagem que vinha de nada mais nada menos de Park idiota Jimin.
