o Sogrão

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Depois de jantarmos, minha irmã e Lisa chegaram. Elas se assustaram ao ver nós dois juntos agarradinhos vendo um filme. Nós explicamos o que aconteceu e elas ficaram felizes e com raiva!
- Por que você não disse nada? - disse minha irmã dando tapas na minha cabeça - ficamos preocupadas e Jimin mais ainda. Você tem noção?
- Sorry! - juntei as mãos na frente.
- Okay, okay. - ela passa as mãos no cabelo, mas logo para. Nós olhamos desconfiadas. - Que horas vocês chegaram?
Eu e Jimin nos olhamos.
- Chegamos meia noite e pouca.
- E o que vocês estavam fazendo esse tempo todo? - Ela pressiona.
- Nós jantamos. E... Estamos vendo filme.
Ela olha mais um pouco, e sinto que ela desiste de fazer mais perguntas.

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Passaram alguns meses e finalmente as aulas estão acabando. Hoje é o último dia. Jackson ainda falava comigo, o que era bom, pois não queria que ficasse um clima chato entre nós. Meio que viramos amigos no qual Jimin morria de ciúmes no começo, mas depois sossegou e se aproximou dele também.
Tocou o sinal e é o fim de todas essas coisas. Sala de aula, colegas, romances escolares, trabalhos e passeios em turma. Chegou o fim de uma fase, mas no começo de uma nova vida. Uma vida ao lado de Jimin.
- Está pensando no quê? - diz Jimin parando do meu lado.
- Em tudo que aconteceu.
- Aconteceram muitas coisas. Vou sentir falta disso.
- Eu também. Você... Está bem?
Estou o dia inteiro preocupada com Jimin. Hoje faz 2 anos que a mãe dele morreu e Jimin estava quieto hoje. Ele nem comeu nada e Lisa me disse que ele está estranho demais.
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– Nosso pai voltou – diz Lisa — e Jimin contou sobre você. Não se preocupe, nosso pai é uma boa pessoa. Eu vou indo. Preciso preparar algumas coisas. Ah, e desejo felicidades aos pombinhos.

Jimin me disse antes que quando terminarmos o ensino médio iríamos nos casar. Claro que aceitei o convite, eu o amo demais. A minha preocupação mesmo é com o pai dele. Não sou rica como Jimin e seu pai poderia achar que sou uma interesseira.
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Parada, pensando, tremendo de frio e nervosa. Assim estou eu em frente à imensa casa de Jimin. Depois que seu pai se mudou, Jimin e Lisa voltaram a morar com ele.
A porta se abre e caminho pelo pátio até chegar a sua casa. Abro a porta e entro na imensa sala.
– Então é você... – diz uma voz suave e firme.
Olho para a sua direção e vejo um homem de aparência simples e bem bonito. "É o pai do Jimin" penso na hora.
– Será? – digo – Talvez não seja eu e sim apenas um fantasma.

Porque eu sempre tenho que falar coisas nada a ver quando estou nervosa.
– Talvez – ele para de frente para mim. Ele rir alto e isso me pega de surpresa.
– O que houve?
– Você é exatamente como o Jimin descreveu.Muito prazer sou o Senhor Park. E você é noiva do Jimin.

– Sim – coro assim que ele diz isso.
– Gostei de você – "aleluia" pensa – mas... –Sabia que teria algo – Só estou preocupado com Jimin.
– Entendo. Você é pai dele, é normal sua preocupação.
–Não precisa ser tão formal comigo. Você é da família. – ele sorri e isso estranhamente me tranquiliza.
– Pai, por favor, não faça seu famoso interrogatório.
Olho rapidamente em sua direção e meu coração bate descontroladamente ao ver Jimin.
– Ora ora, quem resolveu aparecer... Bem, vou deixar vocês a sós. Creio que tenham "coisas" pra resolver – ele faz aspas com as mãos.
Coro instantaneamente com aquele gesto.
– Pai, só...
– Okay. Depois conversamos nora.
Observamos ele ir embora e em seguida olho para Jimin.
– Jimin, o que houve? Olhe para você.
Sem dúvidas, Jimin emagreceu uns quilos e parece um panda.
– Eu sei, só estou um pouco triste. Você sabe que...
– Sim, eu sei. Eu estou aqui, sabe. – Vou até ele e o abraço calorosamente.
– Só não queria te preocupar. – ele me aperta ainda mais.
– Você sempre me preocupa, Jimin. Eu amo você.
– Também amo você. Desculpa não ter te dado muita atenção nesses dias.
– Tudo bem, Jimin.

– Vamos tomar alguma coisa.
Jimin me leva até a cozinha e coloca alguma coisa para esquentar. Sento-me em uma cadeira e o observo.
– Precisa de ajuda, Senhor Park? – diz uma senhora com roupa branca e de cabelos um pouco grisalhos. Parecia ser bem gentil.
– Está tudo bem – ele sorri – ah, essa é minha noiva.
Faço um gesto de respeito para ela e sorrio.
– Eu já acabei com meus afazeres. Vou me deitar.Tenham uma boa noite.
Fiquei observando ela sair dali com passos leves.
Tudo estava em um completo silêncio. Até que Jimin desliga o fogo e se vira para mim.
– Eu desisto! – ele se senta do meu lado e me encara. Olho para o que ele estava esquentando.
– O que você estava tentando fazer? – rio
– Chocolate quente.
– E como você conseguiu queimar?
– Nunca acerto isso.
Olho para ele incrédula com uma vontade de rir.
– Só você mesmo, chimchim.
Ele acaba rindo e eu também. Mas sinto algo estranho nesse riso. É um riso completamente exagerado. Sem esperar, vejo uma lágrima descendo do seu olho.
– Me desculpe – diz ele.
– Está tudo bem, querido. O que você tem?
– Só estou um pouco pra baixo, mas vai passar.Eu...
Abraço-o pegando de surpresa e o aperto contra mim. Jimin me envolve e ficamos assim, abraçados. Pego em seu rosto e o beijo calmamente.

– Eu amo seus beijos - diz ele.
– E eu amo você, meu bem.

O Prazo Perfeito (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora