Chapter VII

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"So when you feel like you can't take another round of being broken, my arms are open." - Arms Open, The Script

Louis caminhou lentamente pelas ruas de Londres, tentando absorver o máximo de energia boa que conseguisse. Tudo que têm acontecido nos últimos dias o afetou de todas as formas possíveis. Haviam coisas boas, como seu beijo com Harry. Mas também havia o fato de que Liam tinha sido atacado e as últimas missões estavam estranhamente mais difíceis. Os demônios pareciam ficar cada vez mais fortes e isso assustava a todos os caçadores de sombras. Ao contrário de Liam, alguns caçadores de sombras não tiveram a sorte de ter um feiticeiro por perto quando foram atacados por demônios.
Estava tudo confuso demais, até mesmo para Louis. A única coisa que conseguiu fazer depois de sua missão pela manhã foi ir para o apartamento de Harry. Parecia a coisa certa a se fazer no momento.
Depois do beijo, o feiticeiro parecia menos tenso ao seu lado, o que era uma grande vitória. Sabia que Styles não era o tipo de pessoa que simplesmente se acostumava com alguém, e tê-lo tão perto de si era certamente gratificante. Sentiu as mãos suarem quando as portas metálicas do elevador se abriram, revelando a porta de madeira de Harry.
Apertou a campainha e esperou que a porta fosse aberta. Balançava para frente e para trás sobre seus calcanhares, tentando aliviar um pouco de seu nervosismo. Quando Harry abriu, Louis automaticamente sorriu.
"Hey." Ele se inclinou para beijar os lábios vermelhos do homem, mas ele afastou-se discretamente, abrindo ainda mais a porta. Louis franziu o cenho e caminhou para dentro do apartamento, fingindo ignorar o movimento repentino do feiticeiro.
"Pode ficar à vontade." Harry acenou com a cabeça com uma estranha cordialidade e sumiu para dentro de seu quarto, fechando a porta.
​Louis suspirou e foi até a cozinha, abrindo a porta pesada da geladeira. Esse era um dos defeitos de Louis. Ele era uma pessoa muito folgada. Nunca se importou muito com a permissão das pessoas para fazer o que queria. Mas, em sua defesa, Harry lhe disse para ficar á vontade. E era exatamente isso que ele estava fazendo.
​Pegou a maça mais vermelha que encontrou na gaveta da geladeira e deu uma mordida generosa nela. Caminhou para a sala e encontrou Harry, com roupas diferentes e o encarando como se ele fosse um intruso em sua casa.
"O que é? Porque está me olhando assim?" Ele perguntou abafado por estar com a boca cheia. Não o julguem, caçadores de sombras aprendem a matar demônios, mal sobre tempo para aulas de modos.
"Eu?" Harry sorriu nervosamente e puxou seu casaco longo para baixo. "Não estou te olhando 'assim'." Ele sorriu contido, parecendo extremamente desconfortável com toda a situação.
Louis franziu o cenho e bufou alto quando percebeu que o olhar estranho de Harry continuava a pairar sobre ele. "Okay! Chega! O que foi, hein?" Ele colocou a maça na mesa de centro e sentou-se ao lado do feiticeiro. "Olha, se você se arrepende de ter me beijado ou algo assim, tudo bem. Eu n-"
Harry riu alto fazendo com que Louis parasse de falar e adquirisse uma expressão confusa. "Certo, porque está rindo agora?"
​O feiticeiro parou de rir e pegou as mãos pequenas de Louis, olhou bem em seus olhos sorrindo abertamente. Ele se inclinou na direção do caçador de sombras e depositou um beijo demorado em sua bochecha direita, depois fez o mesmo com sua bochecha esquerda e seu nariz. Quando se afastou, sentiu o coração tropeçar ao ver o sorriso de Louis.
"Acho que você não está arrependido, então."
Harry riu fraco. "Nem um pouco, querido."
​O apelido fez Louis sorrir mais ainda.
"Então porque está assim?" Louis tentou soar o mais carinhoso possível, respeitando o espaço do feiticeiro. Mas tinha certeza que sua pergunta saiu com o tom curioso.
​Harry remexeu-se no sofá e passou a mãos sobre os fios rebeldes. Louis já havia passado tempo o suficiente com ele para saber que aquele movimento indicava que algo estava errado. Instintivamente, o caçador de sombras se afastou do feiticeiro.
"Eu já peguei a magia de alguns caçadores de sombras para fazer feitiços, algumas vezes. Assim como fiz com você para salvar Liam." Louis assentiu lentamente e Harry pigarreou, ganhando tempo para procurar palavras. "E cada povo, cada raça, tem um tipo de magia diferente. Principalmente a quantidade."
"Sim, eu sei. Caçadores de sombras tem mais, por conta do nosso sangue. Pelo anjo Raziel*." Louis deu de ombros. Harry assentiu.
"Exatamente. Mas, quando eu... peguei em suas mãos para usar sua magia, senti muito mais do que deveria."
​Harry parou de falar para tentar analisar a expressão no rosto de Louis. Sua sobrancelha estava arqueada e seus lábios comprimidos. Ele parecia ao mesmo tempo insultado e curioso. O nephilim umedeceu os lábios e abriu a boca diversas vezes, mas não disse nada.
"Talvez eu esteja errado ou tenha ficado confuso na hora, já que você não estava nada bem também." Ele tentou se explicar desviando o olhar de Louis. Naquele momento, temeu que Louis simplesmente se levantasse e fosse embora. "Posso estar enganado."
​Harry tentou pegar as mãos de Louis, mas ele se levantou abruptamente. Ele vai ir embora, pensou Harry. O caçador de sombras deu dois passos para longe do sofá e cruzou os braços sobre o peito, encarando Harry intensamente.
"Desculpe se eu te ofen-"
"Não." Louis o interrompeu. "Você está certo. Eu tenho aspectos... diferentes dos caçadores de sombras comuns."
Harry levantou do sofá, aproximando-se de Louis, mas ao ver seu olhar indiferente, parou. O caçador de sombras respirou fundo e botou as mãos no rosto, tentando organizar todos os pensamentos em sua cabeça. Como Harry descobriu? Porque isso tinha que acontecer justo agora? Como vou explicar tudo isso?, pensou Louis.
O de olhos azuis passou por Harry e sentou-se novamente no sofá. "Certo. Okay... Eu vou tentar explicar." Ele bateu no estofado ao seu lado, chamando Harry.
​O feiticeiro queria dizer algo para deixa-lo mais confortável, mas a maneira que Louis passava as mãos na coxa incansavelmente estava o deixando tão nervoso quanto. Harry pensou em tocá-lo, mas, novamente, Louis parecia estar a beira de um colapso nervoso. Os lindos olhos azuis estavam arregalados e o rosto de traços delicados estava avermelhado.
"Não precisa dizer nada." Harry sussurrou sem olhar em seus olhos. "Você não deve explicações a ninguém, Louis."
"Não!" Sua voz se ergueu, fazendo Harry franzir o cenho. "Não. E-Eu preciso tirar isso de dentro de mim."
​Harry assentiu lentamente, tomando cuidado com os menores movimentos para não assustar ainda mais Louis.
"Eu fui deixado na porta dos Payne com uns seis meses, só havia um recado dizendo que eu deveria levar o sobrenome Tomlinson. Meus pais, Nina e Robert, procuraram em todos os lugares por alguém com esse sobrenome e, quando finalmente desistiram, resolveram me adotar." Eu sorriso delicado cresceu em seus lábios. "A medida que eu fui crescendo, eles perceberam que eu tinha mais habilidades do que Liam, eu sempre tive facilidade com movimentos e, principalmente, na defesa. Meus pais me levaram ao Cônsul* da época pra ver o que poderiam fazer para descobrir quem eu era, já que não havia pista nenhuma das pessoas que me abandonaram." Seus olhinhos estavam vermelhos e ele apertava o estofado macio do sofá para não chorar. Harry observava cada movimento seu. "O Cônsul me levou a um feiticeiro, eu tinha seis anos. Lembro de ter segurado a mão de Liam o tempo todo. Ele fez algum tipo de feitiço em mim, mas antes de qualquer coisa disse que tinha certeza que eu tinha sangue de fada. E... Ele estava certo."
Louis ergueu o olhar para Harry esperando qualquer reação dele, mas quando o feiticeiro apenas assentiu e colocou a mão no joelho do outro, acariciando. O caçador de sombras pegou em sua mão, sentindo-se satisfeito em ter o calor de Harry em si.
Louis sentiu-se mais leve e continuou: "Depois disso, o Cônsul achou melhor não espalhar isso para toda a sociedade, já que mestiços são mal vistos por caçadores de sombras. Meu treinamento foi inteiramente feito pelos meus pais, assim como o de Liam. Eles me ensinaram a aperfeiçoar minha defesa, já que não sabiam nada sobre meu sangue. Eu nunca fui um caçador de sombras puro. Não sou como os outros." O nephilim se inclinou e deitou a cabeça no ombro de Harry, recebendo um afago. "Não sabíamos se eu aguentaria as runas e, se não aguentasse, todos iriam ficar sabendo que havia algo de errado comigo."
"Louis, pare." Harry pediu, afastando-se dele para poder olhá-lo. Louis parecia assustado. "Não há absolutamente nada de errado com você. Você continua sendo um caçador de sombras incrível e, ao menos, você recebeu esses olhos lindos."
​Harry sorriu abertamente, pegando o rosto de Louis com as duas mãos e beijando suas duas pálpebras. Ele não conseguia se lembrar da última vez que foi tão delicado e carinhoso com alguém. Tinha que admitir que se sentia bem.
Louis abriu os olhos e sorriu.
"É, acho que os olhos azuis formam uma boa marca de fada." Harry assentiu e selou seus lábios.
​Os dois acabaram deitando no sofá e conversando sobre as coisas mais aleatórias que podiam pensar, e essa era a graça. Harry parecia não conseguir tirar suas mãos de Louis, sempre achava um jeito de tocar em sua pele ou lhe fazer carinho. Não que Louis não gostasse, mas era uma mudança radical contando como os dois se conheceram.
​Eles estavam em uma bolha. Uma bolha invisível que os permitia falar e agir como bem entendesse. O mundo lá fora já não era mais importante. O que era importante já estava dentro na bolha. Louis e Harry.
...
Liam se jogou no chão da sala de treinamentos, tentando absorver o frio do azulejo. Seu corpo parecia pegar fogo depois de tantos movimentos repetitivos. Nora estava fazendo todos os caçadores de sombras melhorarem suas habilidades de defesa para que mais nenhuma fatalidade ocorra.
Por alguns minutos, o calor dificultava qualquer movimento de Liam. Com o passar do tempo, ele levantou-se dando de cara com Niara bem ao centro da sala. Ele imediatamente sorriu para a morena que acenou animada. Ela caminhou até ele e sentou-se ao seu lado.
"Nora está realmente pegando pesado, huh?" Ela riu ao passar a mão na testa suada de Liam. Ele assentiu rindo também. "Eu queria conversar com você."
Sua voz calma fez Liam estremecer, sem antes perceber o leve tom preocupado que suas palavras carregavam. Ele virou-se totalmente para ela, encarando seus olhos castanhos escuros. Niara respirou fundo, sentindo-se nervosa sob os olhos interessados de Liam.
"Eu ouvi uma conversa entre você e Louis há um tempo atrás." Ela pausou, esperando alguma reação de Liam. O garoto apenas gesticulou para que ela continuasse. "Era sobre... mim."
​O rosto de Liam, que já estava vermelho o suficiente, adquiriu uma cor vermelha forte, como um pequeno tomate. Niara segurou sua risada ao ver o homem se remexer desconfortavelmente sobre os azulejos. Ele abriu a boca, mas nenhuma palavra saiu. Nunca se sentiu tão exposto em sua vida.
Niara se aproximou dele. "Eu poderia mentir e dizer que não sinto nada por você." Os olhos de Liam se arregalaram. "Mas, eu realmente não gosto de mentiras."
Liam tinha sua respiração perigosamente desregulada, e tinha certeza que não era pelo recente treino. Se sentia como um maldito menino de 12 anos. Mas o que podia fazer se a garota tinha um dos sorrisos mais lindos que já viu? Era golpe baixo.
"E o Derek?" Ele perguntou com os olhos vidrados nos lábios cheios da caçadora de sombras. Ela se aproximou mais ainda.
"Nunca foi uma opção."
Dito isso, Niara puxou o pescoço de Liam juntando seus lábios de um modo um tanto agressivo. Liam sentia como se seu coração fosse parar e mal sabe como conseguiu colocar as mãos na cintura da garota e puxá-la para mais perto.
Quando a morena fez menção de colocar as mãos na nuca de Liam, um grito estridente ecoou por todo o Instituto. Os dois se levantaram abruptamente, correndo até a bancada de armas. Niara pegou sua espada e correu até a porta da sala, sendo seguido por Liam que ajeitava suas flechas nas costas.
Um grande vulto preto, parecido com uma fumaça escura, passou pela sala principal do Instituto, pegando diversos nephilins despreparados. Alguns deles pegaram suas espadas e tentaram o atingir, mas a criatura era rápida demais. Liam posicionou sua flecha e disparou em direção ao demônio, que desviou rapidamente da flecha. A criatura chiou alto, um barulho ensurdecedor. Os caçadores de sombras tamparam seus ouvidos, sentindo-se zonzos pelo barulho.
Liam olhou para o lado e viu Niara se apoiar na parede, os olhos cançados e as pernas bambas. Com o olhar incerto, Liam voltou a olhar para a criatura que avançava rapidamente em sua direção. O Nephilim viu de soslaio alguns caçadores de sombras desmaiarem, provavelmente por conta do grito do demônio.
Liam sentia seus braços como geleia, tendo dificuldade de posicionar a flecha e mirar no demônio. Com um suspiro cansado, ele soltou a corda. Viu a flecha acertar diretamente no que seria a garganta da criatura. Com um último grito, o demônio de desintegrou no chão. As cinzas voaram por todo o Intituto antes de desaparecer completamente.
A última coisa que Liam viu antes de desmaiar foi uma Nora sangrenta andando em sua direção.
...
Louis foi recebido por Liam na porta do Instituto, no seu encalço havia Harry. O de olhos azuis abraçou o parabatai, sentindo um enorme alívio ao vê-lo ali sem nenhum machucado. O feiticeiro passou por eles e adentrou o Instituto. Se assustou ao ver a quantidade de caçadores de sombras deitados no chão sendo assistido por outros nephilins, que faziam de tudo para ajudar. Observou o rastro de sangue e franziu o cenho.
Sentiu a pequena mão de Louis no final de suas costas, parecendo tão assustado quanto ele. O feiticeiro entrelaçou seus dedos, passando-lhe segurança.
"O que diabos aconteceu aqui?" Louis sussurrou vidrado nos corpos desacordados de seus colegas.
"Um demônio, parecido com um Dantalion*, invadiu o Instituto. Atacou Nora." Louis se virou bruscamente ao ouvir as palavras do parabatai.
O pior veio a sua mente. Nora não tinha como estar viva. Os últimos ataques tinham sido fatais e, julgando pela quantidade de caçadores de sombras afetados desta vez, esse tinha sido muito pior. Liam, ao ver a expressão preocupada no rosto de Louis, riu leve.
"Ela está bem, só teve ferimentos leves." Liam diz. Louis respira aliviado pela segunda vez no dia. A terceira vez acontece quando ele vê Nora andando até ele, com os cabelos perfeitamente arrumados e roupa adequada.
Ela encarou Harry e suas mãos entrelaçadas por longos segundos e depois desviou seu olhar a Tomlinson, analisando suas roupas desarrumadas e desleixadas com certo arrependimento. Sua feição estava mais séria do que ele já tinha visto. Rapidamente, seu alívio se transformou em preocupação novamente. Nora não parecia a mesma. Seu olhar duro fazia Louis encolher os ombros como um pequeno filhote de raposa.
"Tomlinson. Minha sala. Agora."
Assentindo rapidamente, Louis soltou a mão grande de Harry e caminhou atrás de Nora. Ouviu um pequeno cochicho de Harry com Liam, mas não se virou temendo irritar a chefe do Instituto.
O caminho até sua sala foi dolorosamente silencioso, resultando em um Louis mais nervoso ainda. Assim que chegaram, Nora pediu que ele sentasse na cadeira a sua frente, uma formalidade que nunca tinha chegado a acontecer entre os dois.
"Fiz algo errado, Srta. Druberg?" Louis perguntou com a falsa impressão de confiança.
"Acho que errado não é a palavra." O sorriso quase macabro que Nora soltou fez com que Louis se lembrasse de uma cobra peçonhenta. "Eu diria duvidosa."
Louis engoliu seco e assentiu, esperando que ela prosseguisse.
"Vejo que você tem uma relação com o feiticeiro Harry Styles. Quando isso começou exatamente?" Ela perguntou. Sua mão puxou um caderninho e uma caneta, esperando a resposta de Louis para que pudesse anotar. O nephilim estranhou.
"Não faz muito. Com todo o respeito, não vejo a relevância disso." Ele ri irônico. Nora o encara de forma raivosa. Louis estremece.
"Eu ia tentar fazer isso da forma fácil, mas pela sua atitude acredito que não mereça." Ela fechou o caderno com um estrondo e se inclinou na direção de Louis. "Acho que não preciso te lembrar da sua situação, Tomlinson. Está mais do que claro que os caçadores de sombras não ficariam felizes em saber da existência de um mestiço, que por tanto tempo foi encoberto. E além disso, como a criaturinha audaciosa que você é, se envolveu com um feiticeiro. Um feiticeiro a ponto de petrificar*, diga-se de passagem." A expressão de surpresa de Louis quanto a informação fez Nora gargalhar. "Você não sabia que Harry está a ponto de petrificar? Oh, Louis, você é mais ingênuo do que eu pensei, querido." Ela balançou a cabeça negativamente ainda rindo. "O que quero dizer é que o melhor para você é se relacionar com caçadores de sombras, não traga mais atenção ainda para você. Sugiro que termine as coisas antes que tudo isso vá longe demais."
Louis sentiu todo o sangue de seu corpo ferver ao ver o sorriso cínico que Nora exibia. Quase não podia acreditar nas palavras que saíram de sua boca. O de olhos azuis levantou-se abruptamente, batendo na mesa de vidro de Nora. Seu sorriso desapareceu em segundos.
"Eu realmente não sei quem você pensa que é para falar assim comigo. Eu sou bem crescidinho e acredito que consigo tomar minhas próprias decisões sem nenhum tipo de auxílio." Ele estreitou os olhos. "Obrigado pelo conselho, mas não, obrigado."
Nora levantou-se também, ficando na altura de Louis. Seu sorriso debochado voltou a aparecer. Louis desejou dar um tapa em sua cara para ver se aquele sorriso ridículo permaneceria ali.
"Não acho que a Clave vai gostar de ouvir isso, Louis."
Tomlinson riu alto.
"Até onde eu sei, e não é pouco, a Clave não se importa com quem eu beijo ou deixo de beijar." Ele aproximou seu rosto do de Nora vendo o medo passar em seus olhos. "Ao menos não sou eu quem está no comando do Instituto depois de tantos ataques." Louis sorriu e abaixou a voz antes de dizer as próximas palavras. "Não é a minha cabeça que eles vão desejar, querida."

VOCABULÁRIO DO CAPÍTULO
Anjo Raziel: anjo patrono dos caçadores de sombras.
Cônsul: é o mais alto e importante cargo da Clave.
Dantalion: demônio parecido com um espírito que se alimenta de mortos.
Petrificação de um feiticeiro: feiticeiros são seres imortais, mas podem petrificar quando perdem o interesse na vida, param de ansiar pelos seus próximos anos e o peso de sua imortalidade acaba sendo demais.

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