Combate no cais

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Poucos metros separavam o grupo do barco que usariam. Nenhum inimigo estava co caminho. Porém muitos estavam no encalço deles.

- Mais rápido! – Hank gritou ao grupo.

Presto ficou para trás e caiu quando pisou em uma das tábuas soltas que tinham no cais. Seus amigos já estavam próximos do barco e temeram quando perceberam que Presto havia ficado para trás.

- Eu vou voltar e pegar ele – Hank disse e correu. Mas teve a forte mão de Taque posta em seu peito assim que deu as primeiras passadas.

O gigante balançou sua cabeça em negativa, apontou para o barco e depois para seu peito e para Presto. Hank entendeu o que o grandalhão queria fazer.

- Subam no barco!- Hank gritou.

- Mas e o Presto? – Bobby perguntou incrédulo diante da ordem do guardião.

- Tanque irá buscá-lo – Hank respondeu. Ele quer que a gente entre logo no barco.

Tanque emitiu algum som indecifrável para Hank e correu ao socorro de Presto que ainda estava no chão. Cada passado do estranho ser faziam com que as frágeis tabuas protestassem e se flexionassem até o limite de sua estrutura.

O grupo seguiu por uma pequena escada feita de cordas até o interior do barco. Ruah foi o primeiro a subir e prestou auxílio aos novos amigos, Hank foi o último a subir no barco. De lá eles puderam ver o forte golpe que Tanque aplicou em uma das tartarugas infernais que havia se aproximado de Presto. O mago estava encolhido em forma fetal e nem viu o poderoso impacto da mão de Tanque na cabeça da criatura inimiga.

Em seguida ele começou a atacar em fúrias o restante dos inimigos que se aproximavam. Vinte tartarugas humanoides ainda os ameaçavam. E Taque estava conseguindo mate-las à distância do barco com as mãos nuas, usando apenas a força que possuía.

- ME AJUDEM AQUI! – Ruah gritou para os jovens guerreiros. Ela estava com um grande tecido cheio de muitos remendos em seus braços – Me ajudem a colocar a vela.

- Presto está seguro! – Hank falou – Todos juntos agora aqui, não podemos mais perder tempo.

Sob as orientações de Ruah eles conseguiram instalar a vela do barco que assim que atingiu seu lugar apropriado se estufou com uma lufada de ar marítimo.

- É isso aí ! – Bobby falou, alegre com o resultado do trabalho do grupo.

Ruah correu até a proa do barco e desprendeu a corda que fixava a embarcação no cais. Em seguia ele correu até o leme.

Tanque deu um forte grito ao socar a cara reptiliana da última tartaruga que ainda oferecia resistência.

Suas mãos estavam esverdeadas com o sangue dos seres que lhes atacaram. Porém o perigo havia momentaneamente se extinguido.

Tanque pegou com cuidado o assustado Presto que em todo tempo não se moveu nem um centímetro e o colocou em seus fortes ombros.

- Ei – Presto protestou. Mas foi repreendido por Tanque, sem contudo que o mago entendesse o que o gigante havia dito.

O barco já estava com sua vela inflada pelas correntes de ar, o barco lentamente se distanciava do cais. Tanque apressou o passo e logo entrou e corrida. Com um forte pulo ele conseguiu com apenas uma mão segurar-se na lateral do barco.

Uni relinchou alegre quando Tanque se fixou no barco.

Tanque colocou o esquio corpo do mago por sobre a amurada do barco.

- Eu estou bem – Presto falou tentando recuperar a dignidade arrumando seu chapéu mágico que estava sobre seu rosto. Mas o objeto verde caiu para trás assim que ele se colocou ereto. O grupo todo se pôs a gargalhar. Presto iria falar algo mas se assustou quando a grande mão de Tanque se pousou em seu ombro direito.

- Muito obrigado grandão – Presto falou, arrumando seus óculos que insistiam em cair até a ponta se nariz.

Tanque sorriu ao contemplar o estranho mago se recompor. No semblante do ser tão forte não havia mais sinal de ar beligerante, apenas a face infantil e meiga.

- Você mandou muito bem Tanque – Bobby falou se aproximando do grandalhão tento que curva muito sua cabeça para trás para poder contemplar o rosto do novo amigo.

- Vejam – Eric falou, assim que o barco tomou uma distância do cais. O grupo então se aproximou da amurada, com a exceção de Ruah que estava ocupado na direção do leme.

Por meio às sombras e neblina eles viram incontáveis sombras se avolumando no cais que haviam deixado para trás.

- O que será que são aquelas coisas? – Diana perguntou- Mais tartarugas?

- Não deve ser - Sheilla falou – Pela silhueta deve ser outro dia de criatura.

- Foi por pouco – Eric disse, aliviado por não mais estar na vila de Ashai.

- Precisamos encontrar a origem dessas criaturas e voltar para ajudar as pessoas de Ashai – Hank disse sério ao ver a preocupação no semblante do jovem Ruah.

O guardião sabia que no momento seu grupo estava a salvo. Mas os aldeões de Ashai corriam ainda mais perigo.

O barco seguia na direção que os fracos raios do sol emanavam naquela manhã escura. O astro era menor que a lua, apenas uma sobra do que seria normalmente, a neblina lhe obstruía.

Ao redor no barco negras ondas começavam a se formar.

Caverna do Dragão a Sombra de AshaiWhere stories live. Discover now