Cheguei na sala de aula e me sentei na minha carteira, percebi que Layla se demorava muito, então fui atrás dela. Quando cheguei no banheiro feminino, notei uma voz de choro vinda de um dos banheiros, pensei logo "deve ser a Layla", comecei a chamá-la.
Mariana: Layla, Layla, está tudo bem? É você que tá ai? Por que esta chorando?
Layla: Vá embora Mari, por favor, apenas quero ficar sozinha... *falou com dificuldade, soluçando*
Mariana: Por favor, não seja assim... Eu apenas quero te ajudar. *respondi com um tom de voz baixo*
*Silêncio total da parte de Layla...*
Mariana: Você não precisa me dizer seus motivos, eu não quero apenas saber o que se passa com você e fazer papel de curiosa, não precisa temer, eu sou sua amiga, estou aqui para ajudar se você quiser. Apenas venha Layla!
*Silêncio total da parte de Layla outra vez..."
Sinceramente, eu não sabia o que estava acontecendo com Layla, parei ali mesmo e comecei a pensar "Será que a magoei quando falei que apelidei ela de "A Garota de Preto"?" mais, eu achei isso tão "bobo", não sei que mau aquilo haveria de fazer, mais cada um com seus sentimentos né?! Pensei, pensei, e pensei... Enquanto eu pensava fui surpreendida com Layla saindo do banheiro com o rosto totalmente molhado de muitas lágrimas. Ela sem pensar duas vezes logo correu em minha direção e me abraçou e eu a abracei de volta sem dar uma palavra se quer.
*Layla narrando*
Falei pra Mari que iria no banheiro, ela concordou e foi para a sala, então, rapidamente, corri ao banheiro e me tranquei em um deles e comecei ali mesmo a chorar. Motivos? Muitos, não tinha nada a ver com a Mari e nem sobre "A Garota de Preto", pois como eu já havia falado achei sensacional meu apelido (apesar de ser um dos apelidos maiores que já vi, pois geralmente apelidos tem a função de deixar o nome mais simples, fácil e rápido de ser citado).
Havia várias coisas que ninguém sabia sobre mim, ninguém sabia nada sobre a minha vida. Eu não era daquelas pessoas que se revelavam tantos, eu era cheia de segredos, talvez segredos até obscuros demais para uma pessoa comum, boba saber. Eu guardava tudo sempre comigo, foi assim e ainda é assim e sempre será assim. Em fim, depois de um tempo, Mari devia ter notado que me demorei demais e foi me procurar no banheiro a mesma me encontrou, me chamou, porém com dificuldade soluçando falei com ela, e algo simplesmente lindo eu ouvi... Ela não queria saber meus motivos, como pessoas curiosas, ela apenas queria me ajudar, estar ali comigo e não fazer "questionários", ela apenas disse "Eu apenas quero te ajudar" e isso foi suficiente para que eu pudesse refletir e sair daquele banheiro. Eu saí, vi ela um pouco pensativa mais não liguei para isso, rapidamente ela ficou um pouco assustada e eu corri em sua direção lhe dando um ótimo abraço. Ah, um belo abraço por sinal! Algo que eu precisava muito e não tinha a muito tempo...
Eu só queria a ajuda, não queria revelar meus motivos, nem mesmo meus "segredos obscuros" por ser uma menina tão solitária, então, decidi evitar que aquilo acontecesse de novo, e eu e Mari saímos do banheiro abraçadas uma na outra, daí eu me senti amada de novo...
*Mariana narrando*
Estávamos abraçadas e logo depois fomos pra sala de aula juntas (depois dela haver parado de chorar e já estava com uma aparência mais aceitável para que as pessoas não soubessem o que acontecerá). As aulas últimas aulas eram de história, conheci o professor "Robson", professor de história e apaixonadíssimo pela antiguidade (coisa de louco), mais em fim, as aulas se passaram devagar mais finalmente acabaram.
*Sinal tocando para sair*
Logo tocou para que todos fossem embora. A escola não era tão longe da minha casa (só um pouco), saí da escola com Layla e falei:
Mariana: Vai vir amanhã?
Layla: Claro! *risos*
Mariana: Também irei vir! Tchauzinho... *risos*
Layla: Tchauzinho Mari, amei te conhecer!
Mariana: Também amei te conhecer garota de preto.
Layla: Owwwwwwwn *risos*
Mariana: *risos*
Assim nos despedimos e saímos da escola, indo por caminhos diferentes, rumo a nossa residência.
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Mariana
SpiritualMariana é uma adolescente de 15 anos de idade que não conhecia a Cristo. Era uma garota do mundo, amava uma balada, ficava com vários garotos, mais apesar dessa falsa felicidade, Mariana ainda tinha um enorme vazio dentro de si que somente Jesus pod...