Passado

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Desde que nasce a minha vida era feliz pais que me amavam, amigos, poderia dizer que era uma maravilha até quando completei 5 anos e no meu aniversário eu e a minha mãe decidimos fazer um bolo, depois de fazermos a massa só faltava pôr no forno.

Luiza: Lucy podes trazer a caixa de fósforo?

Então pensei que tal eu mesma acender o forno? Quem me dera não ter pensado nisso porque a partir daí tudo foi um inferno de vida. Liguei o gás e quando acendi o palito a mamãe veio correndo até me gritando o meu nome e aí a mamãe fez um próprio escudo com o seu corpo para puder me proteger e somente pude ouvir o barulho da explosão, e apaguei. Acordei no hospital com ligeiras queimaduras sem entender o que se passava o doutor falava com o meu pai do lado de fora do quarto, assim que terminaram de falar papai entrou e estava com um ar abatido e sério?

Eu: Papai onde está a mamãe?- disse com a voz de choro.

Miguel: por sua culpa a sua mãe está morta!- isso foi como uma facada em meu peito, eu era uma criança não tinha intenção de magoar ela. No mesmo dia sai do hospital e ficamos na casa da minha avó, passaram- se 6 dias e chegou o funeral ninguém atrevia- se a falar comigo nem mesmo a minha avó e que me deixou muito mau. Mudamos de cidade, a casa era bem grande mas só morava eu, o meu pai e a governanta da casa, e só foi piorando, já não tinha o beijo de bom dia ou Feliz aniversário, papai ficava mais tempo no escritório até esqueceu que tem uma filha, que engraçado já não o chamo de pai é como se essa palavra nunca existiu, a Ana a governanta até era uma boa pessoa mas também um pouco fria. Estava com 13 anos quando comecei a fazer amigos e pensei "nossa finalmente não estarei sozinha" mas isso foi um erro um grande erro.

Uma das minhas amigas chamou - me para ir até à casa dela brincar e aceitei na boa, quando lá cheguei elas estavam de segredinhos.

Camila: oh Lucy que bom que vc chegou- pois é a Camila.- Hoje vamos brincar de esconde esconde na mata ok?

Eu: Bem não sei se o meu pai vai deixar ir?- ela fez questão de insistir e eu toda tola aceitei ir achando que íamos brincar.

A Camila sempre foi uma menina muito apressada para sua idade, até tinha um boato que ela já não era virgem. Achei estranho uma pessoa como ela é o seu grupo quererem ser meus amigos depois de tantos anos.

Fomos para mata brincar onde encontramos os rapazes, Camila já foi se esfregar no seu "namoradinho".

Luís: prontas para a brincadeira?- disse com um sorriso de canto e respondemos que sim.

Assim começamos a brincadeira a mata ficava um pouco distante do nosso bairro. Então eu me esconde com a Camila que na altura era minha melhor amiga.

Camila: sabe Lucy que tal brincarmos uma outra brincadeira- fez uma cara meio estranho.

Eu: qual?- disse toda inocente.

Camila: vc sabe, os rapazes estão aqui que tal brincarmos de namoradinhos hein?- disse sapeca.

Eu: o quê? Estas doida? Vou para casa sabia que não deveria vir para cá.- assim que estava para ir o Luís coloca- se bem na minha frente.

Luís: vou contar até 3 para corres!- Naquele momento fiquei muito assustada e sai correndo, achei que estava bem distante deles quando dois meninos agarram- me os pulsos. Eu comecei a retrucar mas era impossível por causa da força dos dois. A Camila aproximou- se.

Eu: Camila me ajuda disse desesperada- mas ela começou a rir e que me deixou mais em pânico.

Camila: Calma Lucy será rápidinho.

Luís veio para cima de me e rasgou- me a blusa e começou apertar a minha coxa, já estava em lágrimas quando quando ela mandou me largarem e disse que ele mesmo irá fazer sozinho e foi aí dei um chute bem no meio da sua perna e joguei terra nos olhos dos rapazes e corri com todas as minhas forças, quando dei por me já estava no meu bairro. Cheguei a minha casa toda suja de terra. A Ana quando me viu ficou supresa.

Ana: menina onde estavas? As suas roupas!

Só abracei ela é cai em um rio de lágrimas, ela não perguntou o que se passa simplesmente preparou um banho para me e roupa e fiquei no meu quarto deitada a espera do meu pai.

Ana: Sr. Miguel ainda bem que chegou a menina chegou toda suja e em prantos ela não disse o que aconteceu.

Miguel: onde é que ela está?- disse sério.

Ana: no quarto senhor.

Miguel foi até ao quarto da Lucy nem bateu a porta, encontrou ela encolhida na cama.

Miguel: o que você fez dessa vez?

Eu: pa- pai os m- meus amigos fizeram uma coisa horrível eles tentaram...- Então expliquei o que aconteceu.

Miguel: espero que isso não seja uma brincadeira para querer chamar a minha atenção menina.

Então fomos o meu pai ligou para os pais deles para que nos reunirmos aqui em casa, assim que chegaram fomos para sala de estar conversar.

Xxx: então Sr. Miguel o que devo a honra dessa reunião?

O meu pai explicou segundo o que eu falei para ele. Então os pais perguntaram para os seus filhos e claro eles negaram tudo.

Camila: nós chamamos ela para irmos brincar e estava tudo bem até ela começar a xingar a gente e a rasgar as suas próprias roupas, pedimos que ela parasse mais não parou mamãe.- Fez cara de anginho.

Eu: como te atreves foram vcs que fizeram isso...

Miguel: basta Lucy!!- pela primeira vez meu pai gritou comigo- vai para o teu quarto agora.- Desculpe fazer- vos perder o vosso tempo.

Xxx: agora se nos der licença.

Assim que eles foram embora meu pai veio falar comigo.

Miguel: vc está louca menina, em inventar essa história toda- mais uma vez não acreditou em me- a partir de hoje vás ter consultas com um psicólogo por que isso já não aguento.

E assim foram se passando os dia praticamente não via meu pai só aos fins- de- semana, a minha rotina era escola- casa e tirando a consultas com o psicólogo. Eu tinha insónia, ataques de depressão e raiva, tinha que tomar uns comprimidos e então decidi dobrar a doze e tentei o suicídio, acordei numa cama de hospital com a Ana ao meu lado o meu pai nem está lá. Depois de uma semana fomos para casa, e encontrei o meu pai.

Miguel: da próxima vez se vc fazer mais um loucura juro que coloco- te num hospício!!- E saiu, desde aí promete que nunca mais choro por ninguém e que não tinha pai. Na escola as pessoas faziam os possíveis para ignorar - me já que Camila falou para toda escola que sou uma louca e entre outras mentiras e agora estou com 16 anos.

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