You're my kind of women

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(Coloquem a música da mídia para tocar quando encontrarem os "acordes...")

DAY

(Peguem a referência)DateMillie

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Date
Millie

Já passa das nove horas, e eu estou de frente a um rock bar. O cheiro do whisky se misturando com o cigarro é forte demais aqui fora, mesmo que eu não tenha entrado para descobrir que lá dentro tem um aroma melhor. Finn disse que me encontraria aqui, mas já passou meia hora e nada. Estou começando a achar que ele me deu um bolo, mas ontem parecia tão animado com isso que é meio improvável de acontecer.

O apresentador lá dentro começou a anunciar uma das três bandas da noite pela milésima vez, e por mais que de saco cheio, quero ir assistir o show.

É a noite dos jovens, com apresentação de bandas locais, ponche grátis e petiscos. É praticamente um baile de escola, só que com cigarro e álcool na porta.

─ Peguem suas bebidas, e se preparem para a próxima apresentação da banda Calpurnia.

O apresentador disse novamente, mas dessa vez a plateia parecia gritar. Estou ficando cansada de esperar e esses petiscos que tanto falam estão me deixando com fome.

Passou mais alguns minutos, e cansada de esperar: decidi entrar. Não quero que minha mãe sinta cheiro de cigarro em mim quando eu for para casa, e já que estou aqui, não custa nada ver a banda com nome da esposa de Julio César.

Ao entrar fico atrás da multidão olhando as pessoas de longe. O bar é muito pequeno pra quantidade de gente acumulada aqui dentro. A banda estava entrando no palco quando encontrei Finn.

Meu coração começou a bater com mais força ao ve-lo entrar com os outros integrantes. A guitarra está pendurada nele, e o microfone em sua mão, ele está vestindo uma camisa listrada larga. Finn não aparece nervoso ou ansioso para isso. Mesmo sobre uma multidão, com a mão em sua guitarra, ele aparenta estar mais confiante do que nunca. Como se ali, no palco, fosse sua verdadeira casa.
Não sei se minha ansiedade é típica de encontro, ou ansiedade específica por ter o vocalista de uma banda olhando diretamente para mim ao começar a tocar os primeiros acordes ...

A música que ele começou a tocar era My kind of woman, do Mac DeMarco.

O público começou a gritar quando Finn soltou sua voz, cantando os primeiros versos da música.

Seus olhos parados em mim, sua voz dizendo "Você é meu tipo de mulher", seus dedos passando pelas cordas da guitarra, ele e tudo que ele faz. Estou encantada. Como pode tocar a melodia da música como se ela fizesse parte dele? É simplesmente incrível.

{...}

─ Gostou do show? ─ Finn perguntou com um sorriso nos lábios.

─ Óbvio. ─ Esbravejei impressionada
─ Por que nunca me disse que tinha uma banda? ─ Disse eu. Ele da de ombros colocando seu instrumento junto das mochilas. Seus amigos ainda estão no palco desmontando as coisas para a banda seguinte entrar.

─ Espero que seus pais não achem que sou uma má influência por te trazer em um bar. ─ Finn falou brincalhão, dava para perceber que escondia um riso por de trás de sua fala. Ele da um alguns passos para frente e segura o coro da minha jaqueta, sua mão aperta minha roupa com força. Finn me puxa para frente, me fazendo cambalear até chegar a seu encontro. ─ Está usando suas galochas? ─ Não precisei responder, ele já havia confirmado sua pergunta ao olhar para baixo. ─ Quando nos casarmos, você entra na igreja de galochas pretas.

─ Ainda estamos primeiro no encontro e você já está confirmando que vamos nos casar?

─ Ah! A gente vai sim! E vamos ter três filhos, morar numa casa com quintal, e se você não quiser, o Jack vai te sequestrar.

Tento me afastar dele para encarar seus olhos, mas Finn me segurando está impedindo isso. Ele realmente não quer se distanciar. Ele segura meu rosto. Minha pele ganha vida diate de sua mão: cada célula fervilha, meus nervos estão correndo para onde ele está me tocando, tudo está funcionando como um sinalizador de sentimentos novos. Seu lar pode ser o palco, mas o meu é onde ele estiver.

Finn acarencia a maçã de meu rosto com o polegar. Ele da um leve puxão em minha cintura, e antes que eu percebesse nossos rostos e lábios estão se aproximando um do outro. É como um imã, não preciso querer beija-lo para beija-lo, meu corpo corresponde ao desejo antes mesmo do meu cerebro autorizar. Finn me beija com vigor, como se tivesse medo de parar e nunca mais poder fazer isso de novo. As boboletas em meu estômago despertam. Estão loucas. Talvez seja mais que borboletas, talvez seja um zoológico inteiro.

─ Finn? ─ Ouço uma voz feminina vir de trás dele. Afasto nossos lábios no susto. Ele olha para trás, mas sem se locomover. ─ Foi mal. ─ A garota disse.

─ Foi mal, péssimo, mancada, vacilo, horrível. ─ Disse Finn. A garota riu do modo em que ele se expressou. ─ Mas, pode falar Ayla.

─ Estamos indo embora, vão querer carona?

─ Não, meu irmão vai vir nos buscar, mas obrigado de qualquer jeito.

A menina dos cabelos loiros sorri para mim e eu retribuo com um sorriso tímido. Meu Deus, ela acabou de me pegar dando uns amassos no vocalista de sua banda, atrás do palco.
Depois que ela vai embora ele volta a me encarar.

─ Está ─ Finn diz dando um beijo em minha bochecha direita ─ tudo ─ na outra ─ bem? ─ Ele completa dando um estalinho em meus lábios. Tenho que afasta-lo para conseguir responder, pois se ele voltar a alimentar meu vício, tenho certeza que morrei numa overdose de Finn Wolfhard.

Stay with me | Fillie |Onde histórias criam vida. Descubra agora