No Mundo de Morpheu. Capitulo 8

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E de repente já não havia Emma ou Neal. Jones ficou confundido e encarou Mills como se lhe perguntasse o que acontecera ali.

—Era uma armadilha de Morfeu e você caiu. -Informou com sua voz aguda e recriminatória.

—É melhor sairmos daqui, Regina. -Disse sério.

Estava mais aliviado ao saber que não era realmente sua SWAN. Sentiu-se um bárbaro ao relembrar seu ato inescrupuloso, primitivo e cruel. Se a filha dos Charming tivesse mesmo visto que ele tirou uma vida, jamais o perdoaria por tamanha covardia e atrocidade, ainda mais em se tratando do seu antigo "primeiro amor".

—Ainda não me disse como conseguiu entrar nessa realidade? -Inquiriu Regina curiosa.

—Fiz um trato com o Crocodilo. -Explicou. Os dois andavam pela floresta tranquilamente. Sempre atentos à todos os movimentos que os circundava.

—Como fez um acordo com o seu maior inimigo? -Perguntou estranhando aquilo. Desde que os conhecera eram algozes um do outro.

—O amor, Regina. -Confessou estarrecido ao revelar seu mais íntimo sentimento. Podia ter um lado malvado e ambicioso, porém, também tinha esse lado sensível e capaz de fazer coisas grandiosas.

—O amor é uma fraqueza, Capitão. -Avisou embora o compreendesse bem.

Mas a morena sabia que pessoas como eles, não tinham muita sorte em relacionamentos interpessoais. Sabia que desde a "Disney" os finais felizes sempre eram para os supostamente vitimados, não importando "o que" levou cada ser humano a agir mal ou a levantar muros em seus corações ao invés de pontes.

—Eu sei! -Exclamou e deixou que surgisse um daqueles sorrisos convencidos no canto da boca.

De repente paralisaram. O chão sob os seus pés tremeu, podiam ver as folhas das árvores balançarem freneticamente junto com tudo à sua volta. Olharam um para o outro quando escutaram um enorme ruído atrás deles. Era um monstro mais alto que um humano, forte, com aparência grotesca e sem pelo algum pelo corpo. Dentes afiados e olhos famintos. Estava atrás de uma presa quando avistou o par de humanos...

—Corra! -Avisou Gancho em seu percalço.

—Um Ogro? -Gritou espantada, esperando que o pirata lhe confirmasse sua suspeita.

—Deve ter sentido uma pontada de ciúmes diante da minha revelação. -Ironizou puxando-a para um esconderijo na mata fechada.

O Ogro por ter um cérebro reduzido. Têm atitudes insensatas, não tem discernimento e sua capacidade de raciocínio é mínima. Embora, tenha bom olfato este so funciona quando as presas sentem muito medo. Por isso quando o casal se escondeu, a criatura frustrada deu a volta e foi embora. Regina estava ofegante, não esperava ser o jantar de um Ogro, abominava aquela espécie horrorosa e carnívora. Era horrenda. Pela primeira vez sorriu aliviada e Killian pode contemplar aquela cicatriz em sua boca, era bonita e sexy. Pensava ele.

—Vamos! -Disse e continuaram andando sem dizer uma palavra sequer.

—Como vamos achá-la? Pode estar em qualquer lugar. -Perguntou desanimada, era uma área extensa, desconhecida e íngreme.

—A encontraremos. Sou um excelente caçador. Diga-me, por que se arrisca tanto para salvá-la? -Inquiriu curioso enquanto afastava o mato com seu gancho, para seguirem uma trilha desconhecida.

—Pelo que mais senão o meu filho, Henry? Não quero vê-lo sofrer! -Aclarou com uma voz seca e evitando fixar seus olhos nos dele.

Como você mente mal, Regina.- Pensou a mulher.

-Hummm. -Respondeu não muito satisfeito com a resposta.

A conhecia muito bem para saber que havia algo mais. A Rainha Má não se lançava em uma batalha que não era dela. Regina apenas observava aquele pirata narcisista, sempre lhe caíra bem apesar de não lhe inspirar confiança. Ele caminha à sua frente, era corajoso e de certa forma um protetor quando se empenhava. Já era noite e a lua havia saído em sua plenitude. A mulher de cabelos curtos esbarrou no corpo dele quando este parou abruptamente.

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