Senhorita Swan. Emma. Capitulo 11.

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Regina saiu em sua Mercedes rumo à casa dos Charming, perguntou por Emma e esta não estava. Foi até o Posto Policial e descobriu que a loira havia ido para o hospital. Tomada por uma coragem súbita ela foi até o local...

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HOSPITAL

O lugar passou a ter uma energia diferente durante aquele beijo. A chuva cessou repentinamente e  para aqueles que alcançavam uma sabedoria e pureza maior dava para enxergar o misto de cores que cercavam o casal. Uma lágrima da princesa Encantada resvalou pelo rosto de Hook.

—Srtª Swan? -Chamou um tanto magoada ao vê-la beijando-o. De imediato a loira se separou e a olhou.

—Regina, o que faz aqui? -Perguntou surpresa se aproximando.

—Preciso falar com você, Swan. -Informou insegura. Seus olhos estavam fixos no rosto cheio de marcas de lágrimas.

—Agora não, Regina. Amanhã eu te procuro na prefeitura e conversamos. -Disse mordendo o lábio inferior fazendo a morena perder o foco e observá-la com desejo.

—Não, eu não posso esperar, Swan! -Exclamou apreensiva.
Era a primeira vez que Emma a via daquela forma. Estava estranha. A filha de Branca de Neve sentiu que ela dizia a verdade e com um gesto a induziu até a recepção.

—Pode dizer! -Avisou cruzando os braços. Estava em pé de frente para a morena de estatura mediana.

—Esse sentimento nasceu de uma forma que eu nunca pensei e nem imaginei. Quando eu te olhei, tudo em volta parou, eu não buscava, mas eu encontrei e acredito no amor novamente. Mesmo negando a mim mesma por todo esse tempo. Nunca pensei que era tão bom amar alguém como eu te amo, Emma. -Declarou com suas pupilas dilatadas confrontando-se com as íris cor esmeralda. Estava envergonhada, com medo e ao mesmo tempo aliviada por confessar aquilo que descobrira desde que estiveram presas com Morpheu.

—Regina, eu... -Balbuciou surpresa. Aquilo era uma novidade que não esperava.

Estava chocada e não conseguia proferir quaisquer oração. Seu coração errava as batidas. Engoliu em seco as palavras morrerem em sua garganta. Não sabia o que sentir ou falar.

—Eu só precisava contar-lhe o que sinto. Não importa quanto tempo eu esperei, quantas ruas eu cruzei porque os deuses conspiraram ao meu favor e antes que eu pudesse me perder de mim mesma, eu te encontrei em mim. Nesse momento, o meu coração se desarmou. Você ascendeu luzes em minha alma e me fez bem. Eu sempre me achei superior por causa da minha independência e magia, hoje, eu me considero indestrutível porque você me ensinou a amar de verdade, Emma. Meus fantasmas por fim estão em paz e eu também. -Confessou deixando todo medo, vergonha e indiferença de lado. Uma lágrima percorreu seu rosto. Se sentiu em paz. Livre.

—Eu. Eu não sei se posso corresponder a esses sentimentos, Regina. -Disse sentindo-se culpada. Confusa.

—Eu sei que está apaixonada pelo Capitão Gancho, Srtª Swan. -Revelou com os olhos marejados denotando sua tristeza e aflição.

Antes que Emma pudesse dizer qualquer coisa...

—Ele acordou, xerife! -Disse Whale surgindo atrás da xerife. O doutor estava animado e a loira apenas olhou como quem depois continuaria a conversa. Saiu correndo para o quarto do pirata.

Felicidade era o que vira na feição da mulher que amava. Deslocada e frustrada, Regina saiu do hospital às pressas. Agora resultava que se sentia uma escrava, essa que já não conseguia viver sem a mãe biológica do seu filho. Aqueles sentimentos e emoções a erguiam e destruíam simultaneamente. Podia o amor ser assim? agir de duas formas tão opostas? Qual deveria ser a certa? Como deveria agir de agora em diante? Debatia com a sua mente enquanto voltava sozinha para sua casa. Sua ilha. Seu castelo num mundo diferente do seu.

Não queria nada além de poder estar nos braços de quem amava. Sentia tanta dor por amar alguém que já havia perdido antes mesmo de haver tido. Sentia que sua alma estava em pedaços. Mas por que se havia aceitado que aquele amor lhe era impossível desde o começo? Lhe doía amar tanto, essa é a verdade.

Parecia uma criança triste e amedrontada tentando consolar a si mesma. Bateu a palma da mão contra o volante diante de sua revolta e desabafo.

Queria algo pudesse abrigar sua alma em pedaços. O choro a havia tomado totalmente, pela primeira vez em sua vida depois de tantos anos sendo a "forte e temível" prefeita. Sentia que iria morrer ao ter se lançando ao NADA, vendo Emma Swan partir a cada dia para longe, muito longe dela. Tinha que renunciar à sua felicidade pela dela. Não queria que acabasse como Daniel. Não deixaria de amá-la, de esperá-la... Não podia esquecê-la... Mas também não sabia lutar se não tinha aquele olhar curioso, desafiador e compreensivo dela.

Estava tão perdida em seus pensamentos que não viu quando entrou na contramão e seu carro acabou fatalmente chocando contra outro.

CONTINUA 

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