Capítulo IV

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Joana

Logo Levi apareceu e sorriu ao me ver cercada de rapazes. Ela se aproximou com um olhar cheio de insinuações.

- E aí, Joana... olá, pessoal. - Levi cumprimentou todos.

- Nossa! - gritou o asiático. - Que garoto fofo, ele parece tão frágil!

- Essa palavra é tabu. - eu disse.

Levi fez bico e cruzou os braços, aparentando estar irritado.
Desviei minha atenção quando Naveen colocou a mão no meu ombro. Eu me assustei por um gesto tão gentil vindo da parte dele, o escroto da escola.

- Espero que fique tudo bem entre a gente. Eu falo por nós dois, eu e o Thomas.

- É, está bem. Eu tento. - respondi.

Ele balançou a cabeça lentamente e então saiu. Thomas, o irmão dele, o seguiu se arrastando. O asiático ficou encarando o Levi, os dois pareciam duas crianças brigando e fazendo birra.
O asiático começou a fazer caretas ridículas, mas parou quando tropeçou do nada. Parecia mais um puxão embaixo, então ele riu nervosamente e disfarçou.

- Bom... até mais, prince... - ele se interrompeu. - Joana.

Ele saiu correndo atrás do Naveen como uma criança, novamente. Eu olhei para Levi que estava emburrado e dei de ombros, indo embora na direção oposta dos outros garotos.

Thomas

Entramos no carro do Nathan e ficamos em silêncio durante todo o trajeto para o escritório do James. Estávamos na porta, quando Nathan nos parou.

- Pessoal, a sombra me avisou uma coisa quando estávamos na escola. Ele me disse que brigou com o Azumi e que o James está super bravo!

- Só por isso que ele está aqui te acompanhando, essa sombra ridícula. - provocou Naveen.

A sombra se levantou e ficou da forma do Nathan, só os olhos que eram duas luzes no rosto que ficavam mudando de cor junto com o humor do Nathan.
A sombra fez um sinal com as mãos nada legal para o Naveen.

- Ora, seu... - Naveen estava prestes a dizer um palavrão daqueles proibidos para menores de setenta anos, quando foi interrompido.

- Finalmente vocês chegaram! - disse James. - Quero um relatório, em quinhentas palavras pelo atraso. Nathan e sombra, vamos conversar seriamente sobre isso.

James tirou uma carta com um monte de coisas escritas em uma língua bizarra. Nathan fez uma cara de reprovação.

- James. - começou Nathan. - Eu te ensinei a falar nossa língua, mas não era para coisas feias assim!

Ele ficou balançando a cabeça, negando, enquanto a sombra saia de fininho. James parecia prestes a gritar. Colocou sua mão nos seus cabelos loiros e começou a contar vagamente, quando vi a sombra sendo puxada para o lado de Nathan. Ele estava ficando com medo.

Joana

Cheguei em e casa e minha vó já chegou fazendo um interrogatório sobre meu dia. Eu a respondi curta e grossa. Nos final ela me tacou uma carta e saiu resmungando. Eu nunca vou saber como trata-la.
Eu abri a carta e estava escrito assim:

Cara Joana Harrison,
    Gostaria de convida-la para tomar tomar um chá comigo em meu escritório para conversarmos sobre um curso do qual foi escolhida. Você foi recomendada por Naveen e Thomas Villale, dos quais são voluntários da minha empresa. Anseio que você desconfie de nós, minha empresa é conhecida como os "caçadores".
    Desejo ser curto e rápido nesta carta, então sem mais.
Meu telefone e endereço.
Aguardo ansiosamente sua resposta,
-James Oliver.

Isso é sério?! Essa empresa deveria estar fechada há anos, esse treco funcionava antes dos meu pais irem embora. Se não me engano, eles fecharam por causa de dívidas. Não sei se devo acreditar, mas os dois Naveen's estão metidos nisso.
A única coisa que pude fazer foi contar para meus avós. Juntei todos e li toda carta novamente.

- Até parecem que eles querem conversar com você. - opinou Levi. - Eles só faziam testes de remédios lá dentro, pra que eles iriam querer uma adolescente? 

- Talvez eles viram o quanto meu bebê é um gênio? - disse minha avó.

- Só pra ser uma empresa falida para querer ela, mesmo. - Levi rebateu rapidamente.

- Será que eles querem mais voluntários além dos seus colegas? - disse meu avô. - Devem estar voltando a trabalhar.

- Olha, poderemos saber se eu for lá. Preciso da confirmação de vocês! - propus aos meus avós.

- Eu não me importaria de você ir. - assentiu minha vó.

- Eu também não, mas leve um spray de pimenta e um facão. - disse meu avô, então minha vó o olhou rapidamente. - Certo, certo. Só o facão, você me convenceu.

Levi riu, mas seu rosto transbordava ansiedade. Ele é bem mais curioso do que eu, desde bebê.

- Então irei mandar outra carta para ele, certo? - eu perguntei.

- Vai logo, mulher! - gritou Levi me empurrando para o corredor.

Eu fiz uma nova carta, propondo que nos encontrássemos na escola antes e que os Naveen's viessem junto para comprovar.
O resto da noite foi tranquilo, tirando a parte em que eu e o Levi discutimos para ver quem iria sentar na janela quando viajássemos de avião. Terríveis.

Continua...
By Leetales

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