Acordei com as vozes na minha cabeça, faziam anos que elas nao apareciam, fazia anos que eu não voltava pra casa, longe de lá elas não apareciam, parecia que elas estavam ligadas naquele maldito lugar, quanto mais longe eu ficava de lá, elas se tornavam inaudíveis.
Mas por que elas resolveram aparecer agora? Pelo que eu me lembrava eu estava na França, em Paris, bem longe de Londres.
Abri meus olhos, a onde eu estava? Parecia demais com a porra do meu quarto naquele maldito castelo. Tentei me lembrar do que havia acontecido depois que eu desmaiei naquele bar, mas tudo que eu consegui foi ficar com mais ressaca ainda.
Me levantei, por quanto tempo eu tinha ficado desmaiada?
" Princesinha, há quanto tempo.... finalmente retornou pro seu lugar, você sabia das consequências que sofreria se voltasse, agora encare-as. Espero que tenha aprendido a lição, não há como fugir de nós, você sempre retornará..."
" Cala a porra da sua boca, eu te calei uma vez e te calarei de novo, sou mais forte que você, mais forte que todos vocês"
" Aah querida, você ainda tem muito que aprender, você foi a escolhida, terá que aceitar esse fato um dia, senão vai ser pior pra você e para todos aqueles que você ama"
" Não, não. Você esta errada."
" Lembra daquelas crianças? Lembra do Gabbie? Você acha que eu não estava te influenciando só porquê você não me escutava? Eu estava o tempo todo falando com você, pelo seu subconsciente amor. Não há como se livrar de mim, aprenda isso criança"
Não respondi, eu somente a ignoraria até ela se cansar de falar sozinha e ir embora, iria me focar em ir embora, se eu fosse embora tudo voltaria ao normal, da última vez quase revelei meu segredo a todos, isso não aconteceria novamente, eu preferiria morrer do que me tornar aquele monstro cruel novamente.
Saí do meu quarto, e dei de cara com o meu querido irmãozinho, antes que ele pudesse dizer qualquer coisa dei uma joelhada na querida masculinidade dele. Ele soltou um gritinho de dor, se humilhando na frente dos próprios guardas.
- Nathalyyyyy- ele falou com a voz mais severa que ele tinha- entre no seu quarto.
Obedeci,só pra ver o que ele usaria como argumento por ter me sequestrado.
- Você é louco? Quem você acha que é pra me sequestrar? Saia da minha frente e deixe me seguir com a minha vida, voltar pra casa, antes que eu enlouqueça e te mate.- falei, ele deu risada, principalmente por causa da última parte que ele considerou como metafórica mas mal sabia ele que eu estava falando a verdade.
- Eu acho que eu sou a porra do seu rei e sou seu irmão mais velho, e você não vai pra lugar nenhum, seu lugar é aqui, na corte, sua casa é aqui. Não posso deixar que você volte a viver como um libertino, na verdade como uma prostituta, Simon me contou tudo.- ele falou severamente me encarando no fundo dos meus olhos castanhos.
- Meu lugar nunca foi aqui você sabe muito bem disso, meu lar é na França, aceite isso.Eu nunca vou voltar, não nasci pra ser princesa, nasci pra viver uma vida livre, ou como você gosta de dizer, como um libertino e uma prostituta. E voce não pode me impedir de fazer o que eu quiser, ter a porra de uma coroa e um trono não te da o direito de controlar a minha vida e a de ninguém.
- Não quero discutir com você, Nathy- ele falou perdendo a paciência.
- Então me deixa ir embora- falei cruzando os braços.
- Você sabe que eu te amo, mas eu realmente não posso te deixar ir embora, perdão Nathy, talvez um dia você entenda.- ele falou com uma dor que eu escutei somente uma vez na voz dele, ele ja estava abrindo a porta quando resolvi responder.
- Eu te perdoo babaca- um sorriso apareceu em seus lábios.
- Otária a gente se vê no jantar, tente se comportar ate la, porque o Simon que está de vigia na sua porta. Parece que ele é o único que consegue te por na linha, e eu sei que você nunca gostaria daquele libertino irresistível, então vocês formam o par perfeito.- ele saiu, me deixando sozinha.
" Você não pode ir embora, você sabe disso.Seu dever é ser a rainha, você precisa se tornar a rainha, para dar inicio a nova era a onde os poderosos estão no poder.Não tem como fugir do destino,Nathaly."
Eu não aguentava mas as vozes na minha cabeça, elas eram como uma doença mortal, precisava me distrair senão iria enlouquecer, perderia o controle, e perderia tudo que eu mais amo, eu não ia deixar o destino e as vozes ganharam, porque sou eu que faço meu destino, não uma profecia , somente eu, eu tenho controle sobre meu destino e sobre mim mesma.
Decidida saí do quarto.
- Simon, vamos dar uma volta no castelo.
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Feels are one weakness
General FictionAté que ponto voce se sacrificaria pelo bem maior? Qual é o seu limite? Você mataria para salvar sua família? Mataria quem você ama para salvar o mundo? Até que ponto você é uma pessoa boa? Uma história sobre sacrifícios, desejos, tentações, limites...