Capítulo 4

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Mesmo não sendo a pessoa mais sociável, e nem se quer a mais bonita, ela era bem inteligente. Foi nomeada a melhor aluna da sala e ganhou alguns prêmios. Seu maior desafio era enfrentar os cálculos de matemática, mas mesmo se esforçando à beça, ela conseguia ser boa. Algumas pessoas se aproveitavam de sua ingenuidade para tirar proveito. Por ser bem na dela, muitos se aproximavam somente para sugar o máximo de conhecimento possível. Chegou um momento que ela chegou a ficar tão exausta, mas tão exausta, que sua única vontade era de sumir. Não viu nas suas amizades a mesma sinceridade de quando era mais nova. O que via era somente jogo de interesses.

Aos 15 anos fez uma viagem internacional. Foi ganhadora do prêmio " Se você tivesse uma chance de mudar o mundo, o que você faria?". Foi um projeto revolucionário. Até parece ser tipo aqueles concursos no qual as pessoas fazem discursos do quanto acham importante preservar a paz, mas na realidade vivem discutindo e semeando discórdia. Mas não foi assim! Após meditar muito no que poderia ser útil e ajudaria a todos...após horas sentada na calçado e esperando que as estrelas a guiassem até um resposta, ou que o vento lhe contasse um segredo, ela finalmente descobriu o que deveria ser feito! Ter ganhado não foi uma questão de sorte, e acho que nem de merecimento, foi uma questão de tentar entender-se, e entender os outros.

Ela sempre odiou café, e isso é até engraçado visto que quase toda a população ama um cafezinho. Sempre preferiu rema contra a maré. O que todos gostavam e estavam fazendo ela não gostava de fazer. Enquanto todos estavam saindo da aula e combinando de ir para alguma festa, ela simplesmente pegava suas coisas, esperava o ônibus e descia na porta de uma biblioteca. Passava a tarde toda lá mergulhando em outro tipo de vida e realidade. As pessoas em sua volta as vezes a olhavam de forma discriminatória por tomar suco ou invés de café ao ler um livro. Confesso que era algo engraçado.

Com 16 anos finalmente passou a se enturmar. Só que sinceramente teria sido melhor se tivesse continuado sozinha. Fez duas grandes (na visão dela) amigas. Garotas lindíssimas e que tinham objetivos completamente diferente dos delas. Eram aquele tipo de pessoas que quando você senta do lado para conversar só sabem falar de cabelo, festas e garotos. Não que eu tenha algo contra esse tipo de pessoa, o que quero dizer é que suas ideia não batiam.

Mesmo que Fiona tentasse mentir para si mesma, ela sabia que não estava feliz com a suposta "Amizade" entre elas. Sempre se sentia para baixo e inferior, sua intelectualidade nunca superava a falta de beleza. Bem, isso na visão dela. A todo momento ela estava expostas a pequenas piadinhas sem graça e ofensivas, mas que as pessoas costumam classificar como "Zoeira entre amigos". Quando alguém diminui a importância de uma pessoa, na verdade, ela está tentando aumentar os erros dos outros para incumbir suas próprias frustrações. É como se evidenciar a falha de alguém pudesse apagar o quanto se sente insatisfeita consigo mesma.

Essa relação tóxica sempre a causou mal. Com o tempo fez com que acreditasse que não poderia ser amada por ninguém. Passou a esforçar-se todos os dias para estar impecavelmente bonita, mas esquecia-se que quilos de maquiagem nunca seriam mais atraente do que quando descia dar gargalhadas e mostrar aquele sorriso incrível. Aquele sorriso...isso é algo que eu amava nela.

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Quem é você?Where stories live. Discover now