Miguel.
Por incrível que pareça a quadra do colégio estava cheia de gente do segundo ano e todos com roupas de esportes. Pâmela foi no banheiro colocar um short confortável para jogar. Ela chegou amarrando o cabelo e pude ver o quanto ela é gostosa.
Uma baixinha...gostosa.
Era tudo o que eu podia falar. Essa é a descrição de Pâmela Lins.
Ela não foi muito com a minha cara desde que eu cheguei na vida dela. Ela é bem marrenta e estressada, mas deve ser TPM...
O professor chegou e apitou. Começamos o alongamento e fomos treinar. Ele nos mandou formarmos duplas para chutar a bola um para o outro e de todos os jeitos da modalidade.
Pensei em chamar a Pâmela. Ela me olhou.
- Nem ouse em me chamar. - ela avisou.
-Mas eu nem ia te chamar. - menti. Ela me olhou. Depois olhou em volta.
- Estão sem duplas? - o professor gritou. - Formem vocês dois. Vamos pessoal !
Me aproximei dela. Ela era a única garota ali.
Ficamos de frente um para o outro e ela chutou a bola, sem olhar em meus olhos. Chuteira de volta, porém mais forte. Ela chutou mais forte ainda. E assim ficou.
- Quer parar? - ela elevou a voz.
- Quer que eu pare? Você vai ficar sozinha.
- Dane-se! Eu sou melhor que você. - ela colocou a mão na cintura.
- Está me desafiando, Lins? - cruzei os braços. Ela totalmente séria e eu com um sorriso descarado no rosto.
- Estou. - quando ela disse isso o professor apitou e nos mandou formar times.
Eu e Pâmela ficamos no mesmo time. Ela é muito fominha!
- Ei, passe a bola! - um garoto do outro time gritou. Ela ignorou.
- Aqui, Pam! - um menino do nosso time levantou os braços. Um cara do outro time tentou tomar a bola dela, mas ela desviou facilmente.
Corri até ela pra tomar a bola. Consegui e ela xingou. Estava quase no gol, quando ela tomou a bola, driblou e gol.
Ela andou até mim e piscou.
- Aprenda. - disse e voltou pra mesma posição. Eu fiz o mesmo. O apito ecoou.
E ela tomou a bola do cara adversário facilmente.
- Ah, vai tomar no cu! - ele gritou e a empurrou que cambaleou.
Pude ver a raiva nos olhos dela. Ela se voltou a compostura e empurrou ele de volta. Só que dessa vez ele caiu.
- Parem com isso e voltem pro jogo! - o professor gritou e o jogo continuou.
E de novo ela pegou a bola e fez outro gol. O time comemorou. Mas antes dela voltar a mesma posição, o mesmo cara chutou sua perna e ela caiu no chão com tanta força que apagou.
A cabeça dela bateu no chão, ecoando um barulho ensurdecedor.
Corri até ela. O professor também.
- Fora, Marcos! Já! - ele gritou.
- Ela merecia. - e saiu.
Pâmela.
Senti uma pessoa me pegando no colo. Ela me segurava em seus braços, mas minha cabeça latejava me impedindo de abrir os olhos.
- Ela vai ficar bem? - uma voz masculina perguntou. Ela era familiar...
Miguel.
Abri os olhos. O professor de educação física me segurava e o Miguel andava em seu lado. Ele estava pálido.
Puta que...
- Ela abriu os olhos! - ele falou. - Olá, marrenta.
- Cala...a...boca, descarado. - falei gaguejando. Ele riu.
Wow que sorriso.
- Pode me... colocar no chão, professor. Eu sei andar. - pedi.
- É, professor deixa ela morrer. - Miguel brincou e eu mandei o dedo do meio pra ele. - Que feio!
- Você consegue andar, Pâmela? - o professor perguntou. Fiz que sim. Então ele me colocou no chão. Cambaleei, mas o Miguel me segurou.
Dessa vez ele me pegou no colo. E então outro apago.
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A Marrenta e o Descarado
Teen FictionPâmela agora está iniciando o segundo ano do ensino médio e estava bastante anciosa para o começo das aulas, igualmente aos amigos. Mas uma coisa tira seu ânimo. Mais especificamente, um garoto. Um aluno novo, irritante, com um sorriso descarado, de...