Cap. 7 - Deveria ser mais fácil

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Eu mal comecei o tratamento de Brandon e já sinto um esgotamento sem precedente

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Eu mal comecei o tratamento de Brandon e já sinto um esgotamento sem precedente...

É tão ruim ficar à deriva de tudo. Como se todos escondessem algo importante... Fico me prendendo às poucas dicas que recebo e trabalho em cima de cada uma delas.

Aqui estou eu novamente, puxando mais um fôlego e segurando firme a maçaneta. Isso deveria ser mais fácil... Não é o primeiro caso de transtorno de dupla personalidade que eu trato, ora!

Não posso pensar mais, tenho que entrar. E assim eu faço, sem mais delongas, eu entro no quarto de Brandon e ele está deitado, usando a calça de um moletom cinza. Seu braço descansa sobre o seu rosto, cobrindo seus olhos. E eu fico olhando para tudo aquilo que está diante de mim...

 E eu fico olhando para tudo aquilo que está diante de mim

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_Você sempre faz isso comigo, Gracie!

Oi? Eu ainda não consigo me acostumar com ele me chamando pelo nome da minha avó, mas não vou contrariá-lo.

_Achei que estivesse dormindo...

Ele retirou o braço e olhou diretamente pra mim.

_Seu problema é exatamente esse... Achar demais!

Eu puxo a cadeira e me sento de frente pra ele. Não é mais o Brandon Solveig diante de mim e eu preciso socializar com essa outra identidade também.

_Como você está essa manhã?

Ele bufa e olha para o teto.

_Corte toda essa merda, Gracie... Não vai funcionar!

Porquê ele fica me chamando pelo nome da minha avó?

_O que não vai funcionar, Brandon?

Chamei-o assim de propósito, preciso saber com quem estou lidando.

_Quem porra é Brandon?

Ele se levantou furioso da cama e começou a andar de um lado para o outro. Chamar ele pelo seu nome verdadeiro, enquanto ele estava na crise, sempre causava essa reação.

_Fala, quem é esse? Mais um nesse seu joguinho psicótico? O que mais você quer?

Eu estava muito assustada, meu corpo estava começando a me desobedecer e eu ia começar a demonstrar exatamente o que eu estava sentindo.

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