Primeira postagem: 03 de setembro de 2015
Leves batidas na porta irromperam e eu ouvi alguém me chamar — Senhora Clooney? Senhora Clooney, por favor, acorde.
O relógio estava marcando 3h da madrugada. Levantei meio atordoada pelo sono, vesti o roupão e fui atender ao chamado de Jane.
— Oi? — Fitei pela fresta da porta, lutando contra minha visão enturvecida. — O que aconteceu?
— É Jules! Ele interfonou dizendo que havia alguém querendo entrar — Jane parecia aflita..
Seria o George que já havia voltado de viagem? Não, claro que não. Ele só volta em dois dias.
— Quem está aí? – Interfonei a Jules.
— Ele diz que é seu amigo, senhora.
Disse para Jane se acalmar e voltar a dormir. Preparei um café forte e sem açúcar, e ocupei o lugar a mesa. De frente a ele conseguia mapear seu rosto exausto e desconsolado. Jon estava bêbado e me encarava com seus olhos inchados, vermelhos e suplicantes. Eu queria abraçá-lo e curar sua dor, mas de nada adiantaria.
— Você sabe que ela fez o certo, não sabe? – Suspirei.
Ele balançou a cabeça em afirmação.
— Jenny, me desculpe... eu sei que é tarde, mas eu precisava conversar com alguém. Onde está George? Eu vou me desculpar com ele também - sua fala estava pesada, mansa e carregada de tristeza.
— Não se preocupe, George está em L. A. E você não precisa desse discurso, sabe que eu sempre estarei aqui. Eu só quero te ajudar. — Empurrei a xícara para perto dele – beba seu café. Vou te preparar um banho, alguma comida e algo para vestir.
De banho tomado e roupas limpas, Jon aparentava estar um pouco melhor. Voltamos à cozinha e ele começou a beliscar friamente a comida que tinha no prato.
— Eu não entendo como isso aconteceu. Desde quando eles estavam saindo?
Nem eu sei!
— A questão aqui não é essa, Jon. Você é casado, não pode chorar o fato de que a Jackie está tocando a vida dela pra outro lado. Isso tudo que vocês tinham era errado.
— Mas, Jenny...
— Ela tem que seguir com a própria vida, seja com quem for... A Jackie sofreu muito durante a separação de Matthew e você mesmo sabe disso. Nós todos sabemos! E se o Thomas é uma possível salvação para ela, nós temos que ficar felizes com isso.
— ELE? POR QUE ELE? Por que ele seria uma salvação para ela, Jennifer? E eu
-Jon, isso é ridículo! Você tem uma família. Você é um homem de responsabilidades e de reputação. Você já tem uma história escrita, já a história da Jackelina foi jogada no lixo. Era tudo mais fácil quando éramos apenas amigos... por que vocês tiveram que complicar tudo?
— Jennifer, mas eu amo a Jackelina.
— Você o que?
— Eu a amo.
— Você é casado. Você tem que amar a sua esposa! A Vanessa.
— A Vanessa é a mãe dos meus filhos, e eu a respeito muito, mas eu não consigo mais fingir. Eu quero a Jackelina!
— A Jackelina te expulsou da vida dela, Jon! - Quando ele levantou o rosto e me encarou, senti meu coração partir de tristeza com a dor do meu amigo, mas ele não podia mais continuar com aquilo. Jackie merecia ser feliz e ela era a única que podia decidir quem ou o quê a fazia feliz. — Só quero o seu bem, Jon. O seu e o dela. Todos nós sabemos que isso não tinha futuro.
— Mas estávamos tão bem, nós dois. Tudo estava acontecendo naturalmente.
— Jackelina não é mulher para ser amante de alguém, e você mesmo já devia saber disso.
— Ela não seria minha amante pra sempre.
— Ah é? E até quando? Até algum paparazzi descobrir? Até a Vanessa descobrir e jogar o nome da Jackie na lama? Jon, pare com isso. É melhor acordar, voltar para a vida real. Voltar para sua esposa e filhos na França e deixar que Jackie siga o caminho dela com o Thomas.
— Eu não posso voltar para a França.... – tomou fôlego e me encarou – deixei a Vanessa hoje... deixei a Vanessa para ficar com a Jackie, Jennifer... mas a Jackie não quis ficar comigo.
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Thomas - Tom Hiddleston (em revisão)
FanfictionJackelina Vicenza é uma cineasta muito famosa. Nascida de uma família extremamente tradicional Siciliana, ela acaba de sair de um casamento fracassado com o ator Matthew Perry. Ainda machucada, insegura e saturada, ela encontra aconchego nos braços...