CAPÍTULO 2

5 1 0
                                    

Lauren's pov 

- Sai do meu quarto, Jane. Como você conseguiu invadir mais uma vez a minha residência, hein? – Eu não tinha nem acordado ainda e Dinah já estava no meu apartamento. – Preciso conversar com John sobre isso, já disse que era para ele me avisar antes.

- Qual é, Laur? Tem medo que eu chegue aqui e te encontre com alguma mulher na cama? – Minha amiga perguntou e me fez finalmente abrir os olhos para encará-la.

- Dinah! Não esqueça que eu tenho uma criança em casa, que por sinal está ficando igual a você. O que anda ensinando ao meu filho, hum? – Perguntei, tentando mudar de assunto.

- Nada com que você precise se preocupar, branquela. – Ela respondeu dando de ombros.

- É o meu filho, Dinah. Tudo o que diz respeito a ele irá me interessar. E nem venha dizer que você faz o mesmo com seus irmãos, e primos, e sobrinhos e sei lá mais o que. Sua família é muito grande. – Falei me livrando do lençol para poder sair da cama e ir ao banheiro.

- Nossa. Deveria existir alguma premiação para as mães, você ganharia com certeza e em todas as edições. – Dinah disse puxando o meu braço para manter-me na cama.

- Ora, não fale besteiras, Jane. A nossa maior recompensa como mãe é ver nosso filho feliz. Agora me solte, eu preciso ir ao banheiro. Por que você não vai acordar o Dom? Acho que ele irá gostar de ser acordado pela madrinha louca que tem. Não sei como a Normani te aguenta. – Sugeri a ela e levantei rapidamente se dar muitas chances para que ela me puxasse mais uma vez.

- Farei isso, branquela. Só não demore muito porque temos que resolver coisas para o jantar de hoje e discutir o que faremos no Natal e Ano Novo. – Ela disse saindo do quarto e batendo a porta. Dinah nunca perdia essa mania de bater a porta do meu quarto.

Cuidar do Dominick, do restaurante, desse jantar maluco que tinha todo final de semana aqui em casa, pensar em algo para as festas de final de ano.. eu não tinha tempo para respirar. Dom vinha crescendo rápido demais, e estava naquela fase de fazer perguntas. Um dia desses ele veio me perguntar onde estava seu pai, quase enfartei. A verdade era que eu nunca tinha me preparado para responder a essa pergunta. O que eu iria dizer a uma criança de 4 anos? Que o pai dela era um monstro e se aproveitou da minha fragilidade para abusar de mim? Simplesmente, eu não conseguia pensar em nada, então eu disse que seu pai estava no céu agora, agradeci mentalmente por ele não insistir mais nesse assunto. Meu pequeno não merece saber disto. Por pensar muito acabei demorando mais tempo no banho do que o necessário e aposto que Dinah estava irritada me esperando e enchendo o saco da Maria para que ela servisse logo o café da manhã sem a minha presença. Folgada, Dinah era uma folgada, mas eu a amava muito. Ela foi uma das peças mais importantes para mim na gravidez e vem sendo até hoje, por isso eu dava sempre um desconto, mas cortava sempre que podia alguns de seus exageros.

- Você não pode dizer a sua mãe que eu falei isso para você, Dom. – Fui me aproximando da cozinha e ouvi minha amiga conversando com meu filho.

- Eu não vou dizer, madrinha D. É o nosso segredo. – Meu pequeno falou e logo começou a rir com as cócegas que Dinah fazia nele.

- Não vai me dizer o quê hein Dominick? O que é que você falou para o meu filho dessa vez, Jane? – Entrei na cozinha assustando Dinah e Maria.

- Não é da sua conta, Gasparzinho. Eu não posso ter segredos com o meu afilhado? – Ela me perguntou, me afrontando na frente dele.

- Quando se trata de você, Dinah, tudo se torna um risco. Vamos, me fale logo o que disse para o Dom. – Perguntei, sentando-me em um cadeira logo em seguida.

A New WalkWhere stories live. Discover now