CAPÍTULO 4

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Lauren's pov

Praticamente uma semana depois da nossa pequena "reunião" estávamos no Natal. Sim, hoje era finalmente o dia que passamos quase um mês planejando para que nada desse errado. Passamos esta última semana na correria para comprar tudo e deixar o ambiente agradável para todos. Afinal, iriam se reunir 5 famílias na casa da Dinah, ao menos foi o que me disseram. Se daria certo, eu não sei, o que sei é que não tenho culpa alguma se alguém não conseguir entrar lá, já que a família da própria Dinah é maior que um time de futebol. Por isso, hoje eu não iria ao restaurante, o subchefe assumiria essa missão de comandar a cozinha nesse dia tão agitado.

Ainda estava organizando algumas coisas para poder sair de casa, Dom estava mais animado do que o normal, o que não me surpreendia, já que ele adorava o Natal e todo esse clima de festa, talvez ele tenha herdado do avô. Meu pai sempre foi o mais animado nas festas, e sempre tinha um jeito para animar todo mundo. Ele era incrível. Mas a vida às vezes resolve nos tirar o que mais amamos, e o meu querido pai não está mais entre nós.

- Dom, você já escolheu os brinquedos que irá levar para a casa de suas titias? – Perguntei para um Dominick que corria incansavelmente de um lado para o outro sala.

- Sim, mamãe. – Ele disse sem parar. Por Deus, como ele conseguia correr tanto? – Mamãae? Eu posso levar meu escudo do Capitão América? A titia Dinah prometeu que brincaria comigo também. – Quando foi que Dinah combinou isso com o meu filho? Meu Deus.

- Ela prometeu? – Perguntei só para ver o que ele diria.

- Sim. Ela disse que brincaria comigo porque assim não seria sua escrava na cozinha. A titia não é sua escrava, mamãe. – Eu quis rir assim que ele terminou de falar, mas a minha vontade de bater na Dinah era maior.

- Não, meu amor, ela não é minha escrava. – Mas hoje ela será. – Completei mentalmente. Hoje eu não deixaria a Dinah em paz, isso era certo. – Agora, vá pegar o seu escudo, nós precisamos sair em cinco minutos.

- Obrigada, mamãe. Eu amo a senhora. – Ele falou e saiu correndo para o quarto.

- Eu também amo você, pequeno. Cuidado para não cair. – Disse para um Dom que não estava mais na sala.

Então a Dinah acha mesmo que irá ficar sem fazer nada? Ela estava mais do que enganada.

Quarenta minutos depois de pegar um trânsito caótico, consegui enfim chegar à casa de Dinah. A Mani não estava em casa, segundo D. ela havia ido à casa de uma amiga tentar convencê-la de vir para a nossa ceia de Natal. Ela não me disse quem era, mas desconfio que seja a mesma que a Mani foi dar aula outro dia.

Mas quem será essa mulher? Será que ela vem para que eu possa finalmente conhece-la? E se ela vier, será que o meu tempero irá agradar o paladar dela? Muitas perguntas, nenhuma resposta. Ninguém me dizia nada. Ela parece ser realmente muito discreta.

Não perdi tempo, logo troquei de roupa e fui para o meu lugar preferido na casa, a cozinha. Era ali onde eu podia colocar todo o meu amor em algo, porque cozinhar para alguém também é um gesto de amor. E eu adorava isso. Mas algo me fez ficar inquieta. Se essa amiga dela viesse mesmo, o que ela gostaria de comer? Resolvi perguntar para Dinah o que a amiga dela gosta.

- DJ, qual o gosto da sua amiga para comida? Digo, um prato preferido ou algo do tipo. – Perguntar isso à Dinah foi o mesmo que nada, ela parecia tão criança quanto o Dom agora.

- Eu não sei, branquela. Ela é cubana, se isso te ajuda a pensar algo. – Minha amiga disse.

Bom, não iria ajudar muito, mas eu seguiria algumas receitas que são servidas no restaurante, ela poderia gostar. Mas, agora eu começaria com o meu plano de "escravizar a Dinah", só para ela aprender.

A New WalkWhere stories live. Discover now