O que eram meses se tornaram anos, Pink cresceu, já não era mais um bebê, seus cabelos ficaram longos e lisos, pretos como carvão, seus olhos de negros passaram a cor de mel como os de Aurora, sua cauda estava mais rosa que nunca, um rosa intenso, agora já ia ao mar nadar e voava brincando com suas amigas fadas, estava muito feliz, porém era chegada a hora de saber o que acontecera a sua mãe, contar a história do dia em que ela nasceu, então Aurora pediu que a chamassem no dia de seu décimo quinto aniversário, quando ela chegou Aurora dispensou as fadas que estavam ali no castelo de guarda.
— Bom dia Pink.
— Bom dia Alteza.
— Querida tenho que te contar uma história, acredito que você não vai gostar muito dela, contudo é a verdade, só não fora dita antes para sua proteção.
— Que história? — Pink já se mostrava um pouco impaciente.
— A história de como você chegou até nós.
— Como assim alteza, eu nasci aqui.
— Sim nasceu, mas você é diferente das outras fadas.
— Eu sei disso, tenho uma cauda, você sempre me disse que eu era assim porque a natureza está em constante mudança, cada ser tem uma forma, vive de uma maneira diferente.
— Sei o que te disse, de fato isso é verdade em parte.
— Como em parte? Você mentiu para mim? — Pink irritada, a voz de Pink era suave e meiga, quando irritada ficava estridente.
— Se acalme — Aurora.
— Então me explique.
— No dia em que você nasceu sua mãe veio até nós pedindo ajuda, nós a ajudamos, ela queria você segura.
— Eu tenho uma mãe?
— Sim... eu acho.
— Não estou entendendo.
— Sua mãe deu à luz a você e sumiu no mar, ela estava fugindo de tubarões, nós a trouxemos até o reino, aqui você nasceu, depois a levamos de volta ao mar, sua mãe é uma sereia comum, ao menos era, sereias não podem ficar fora da água, por isso ela teve de voltar ao mar.
— Então porque eu posso ficar fora da água?
— Você é diferente, para levar sua mãe ao reino Brilhante minha filha fez um feitiço para que ela criasse asas e pudesse voar ao reino, este feitiço afetou você, por isso você tem asas e cauda rosa, sua cauda deveria ser azul como a de sua mãe.
— Porque você escondeu isso de mim esse tempo todo?
— Como te disse era necessário, o maior desejo dela era que você ficasse em segurança, agora você já está grande o suficiente para saber a verdade.
— Tenho que encontrá-la.
— Talvez ela esteja morta Pink, quando a vi pela última vez, ela fugia desesperadamente de um tubarão, havia uma dezena deles atrás dela, ela nunca mais voltou a ilha — Aurora com tristeza nas palavras.
— Você sabe que tenho que tentar encontrá-la?
— Eu sei Pink, não guarde rancor de mim, te criei como minha filha.
— Fique tranquila mamãe — Pink sorriu.
Pink nunca havia chamado Aurora assim, isso fez com que Aurora sentisse que cumpriu seu dever de proteger Pink.
— Nós lhe ajudaremos no que for possível, mas infelizmente não podemos entrar na água, por isso nunca tentamos localizar sua mãe.
— Entendo, devo ir sozinha — Pink confiante.
— Você deve saber que o mar lhe reserva muita beleza e também escuridão, você sempre nadou em torno de nossa ilha como lhe pedia, quando se distanciar as coisas ficaram cada vez mais difíceis.
— Não posso deixar de tentar, vale a pena correr esse risco para encontra-la, ao menos saber o que houve com ela, porque fugia.
— Quando partirá?
— Amanhã na alvorada.
— Ira contar a elas?
— São minhas irmãs, tenho que lhes contar minha decisão, elas vão entender.
Pink abraçou Aurora e saiu do castelo para falar com as outras fadas, pediu a Berbela que as chamasse e reunisse todas, com exceção de algumas que estavam de vigia e não eram tão próximas a Pink, todas vieram, algumas fadas tinham certo receio quanto a Pink, elas não a aceitavam no reino, mas respeitavam as ordens da rainha.
— Amigas, tenho que dizer a vocês que partirei amanhã cedo.
Todas ficaram surpresas.
— Partirá? — Primavera já começando a chorar.
— Para onde você vai? — Cintilante.
— Ela te contou... — Brilhante.
— Sim, irei procurar minha mãe, ela está em algum lugar no mar — Pink.
— Você não pode ir é perigoso — Romantica.
— Eu não sabia ao certo de onde eu tinha vindo, agora eu sei.
— Mas você não sabe os perigos que existem no mar — Paquita.
— Realmente não sei, mas tenho que ir.
— Você vai sozinha? — Berbela.
— Infelizmente vocês não conseguem nadar e tão pouco ficar debaixo da água, então irei sozinha.
— É muito perigoso já ouvi histórias terríveis sobre o mar aberto — Paquita.
— Excelente Paquita, deixe ela com mais medo — Brilhante com desaprovação.
Paquita olhou para ela com inocência.
— Não tem problema Brilhante, não chore Primavera — Pink notou que Primavera não parava de chorar.
— Mas você não pode ir — Primavera aos prantos.
— Tenho que ir, vocês fariam o mesmo umas pelas outras.
Elas entenderam, pois realmente todas fariam o mesmo umas pelas outras, Serena apenas ouvia conformada com o fato.
— Eu volto com ela, prometo a vocês — Pink animada.
— Vamos torcer por você, saiba que sempre estará em nossos corações esteja onde estiver — Romantica também aos prantos.
Elas se abraçaram todas juntas, na alvorada Pink acordou e partiu, chegou a margem da ilha onde havia pedras e areia branca, olhou o nascer do sol e mergulhou rumo ao desconhecido.
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A SEREIA PINK
FantasyAnnie está fugindo de tubarões, ela pede ajuda as fadas de uma ilha, está grávida prestes a ter seu bebê, as fadas precisam levá-la ao centro da ilha, porém o tempo é curto e o perigo eminente, com isso as fadas usam um feitiço fazendo com que Annie...