Capítulo 110

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Annie já deixando lágrimas cairem junto da filha - Eu sei minha fadinha. Eu sei o quanto dói se despedir de quem a gente ama. - Beijou sua cabeça - E eu sei que você vai se sair bem viu? Me dói o coração te ver chorar. - Olhou pro marido e o chamou com a mão. Ele sentou na cama de frente pra mulher e fez carinho na perna da filha, que o olhou.

Alana - Papai.

Poncho - Eu to aqui viu?- Beijou sua mão. - Sempre. - Agora era ele quem era abraçado. Fechou os olhos controlando as lágrimas, nunca queria ver a filha assim. - Shi... Vai passar princesa, eu juro, eu juro.

Annie enxugou as lágrimas e beijou a cabeça da filha, se levantando em seguida. Piscou pro marido e ficou com a porta entre aberta observando os dois. Sabia que ele ia ajudar mais que ela nesse momento.

Alana - Papai... - Chamou já com o choro controlado. - Agora você não precisa mais ficar bravo porque eu não vou ter um namorado. - O olhou com as lágrimas silenciosas tomando conta de seus olhos e rosto.

Poncho - Acha que eu fico bem em te ver assim?- Acariciou sua bochecha e ela negou. – Eu não posso ver você, ou um de seus irmãos triste minha filha. Nem sua mãe.

Alana - Como você fez? Como fez pra suportar a partida dela?

Poncho sorriu - Eu pensei na felicidade dela. Pensei que era o sonho que ela sempre teve. Eu não tinha o direito de tirar isso dela.

Alana - Mas e a dor?Dói muito, sufoca. - Passou a mão na garganta - Eu não vou conseguir ser forte como você.

Poncho - Você vai. - Segurou seu rosto. - Você é forte. É linda, inteligente, meiga. Tem sua faculdade de fotografia que você tanto queria fazer. Tem que pensar pra frente meu amor. Você vai aprender que nem sempre as coisas saem como queríamos. Que precisa ser forte pra enfrentar as circunstancias, a vida prega peças também amor. Entende?- Ela assentiu. - Não fica assim. Me mata.

Alana - Eu queria ter o que você e a mamãe sempre tiveram. Eu queria uma história de amor pra sempre como a de vocês, o meu conto de fadas. Ele foi o primeiro menino que eu amei pai, eu sei que vou amar ele pra sempre.

Poncho - Então se vai amar pra sempre porque esse desespero?

Alana - ELE VAI EMBORA!

Poncho - E daí? Eu deixo você ir vê-lo sempre que quiser, nas férias, feriados, ele pode vim e ficar aqui em casa se preferirem, não precisa acabar minha princesa, não precisa, esse menino te ama também. Por que vocês tão sofrendo assim se é verdadeiro?- Nem ele acreditava que falava aquilo.

Alana - Você deixa?- Perguntou surpresa - Mas...

Poncho - É eu deixo. Você já é uma mulher, uma mulher linda por dentro e por fora. E mais cedo ou mais tarde eu tenho que aceitar que eu preciso saber te deixar caminhar sozinha. - Ela sorriu fazendo carinho na mão dele. – Entende uma coisa Nana, eu faço tudo por vocês. Eu sou capaz de qualquer coisa e se eu precisar trazer o clube que ele vai jogar da Europa pra cá eu vou trazer. Sabe por quê?

Alana - Por quê?- A voz era embargada pelas lágrimas.

Poncho - Porque nada me deixa mais feliz que ver vocês sorrindo de verdade. Nada paga você, seus irmãos, sua mãe. Nada.

Alana - Eu te amo muito. - O abraçou de novo - Muito, muito, muito. Não me deixa nunca, por favor. - Agora chorava, mas já era de emoção. - Eu não quero caminhar sem você. - Anahí já chorava como bebe na porta.

Poncho sorriu acariciando seus cabelos - Eu não vou te deixar nunca. - Ela o encarou. - Minha bonequinha, princesinha.

Alana sorriu entre as lágrimas - Pra sempre?

Poncho - Pra sempre, sempre, sempre. - Apertou seu nariz. Ela o olhou tímida e levantou a mão fechada e depois o dedinho. Ele soltou um riso e apertou seu dedinho - Pink promess.

Alana - Pink promess. - Sorriu e ele deixou uma lágrima escapar, lágrima que ela limpou com o delicado dedo - Eu te amo mais que minha vida e também faço qualquer coisa por vocês.

Poncho - Eu também te amo. Viu? Nunca esquece que teu pai te ama filha. Promete.

Alana – Yo te lo juro papá. - Levantou a mão direita, falando com voz de bebê rouquinha pelo choro.

Poncho - Minha mini Anahí. - Ela riu e sentou direito na cama, já que estava quase no colo do pai o abraçando.

Alana - Fica comigo?

Poncho - Fico. - Falou tirando a sandália dela.

Alana - Então vem. - Enxugou as lágrimas e esticou o braço pra ele. Ele beijou sua mão e sentou de costas pra cabeceira, com ela deitada em seu peito. Ele lhe fazia carinho e beijava sua testa. - Me faz dormir? Como quando eu era pequenininha e você contava uma historinha bonita ou cantava pra mim? Eu nunca tinha sonhos ruins com sua voz.

Poncho - Bueno... O que você quer que eu conte?

Alana sorriu se aconchegando mais em seu peito - Sua história com a mamãe. - Fechou os olhos.

Poncho – De novo?

Alana - É a mais linda de todas. Pula da parte eu conheço desde que nasci e blá, blá, blá. Porque eu quero a parte que você salvou ela do incêndio, e do amor todo ok?- Suspirou apaixonada.

Poncho sorriu - Pode deixar senhorita romântica. Quando eu pedi ela em namoro eu levei ela pra praia e... - Foi contando tudo que passou ao lado da mulher. Que escutava sentada no chão do lado de fora. Quando ele pensou que ela dormia, parou. - Eu te amo princesa. - A acomodou na cama e a cobriu, ela dormiu de vestido mesmo. Annie entrou no quarto sorrindo pra ele.


Y NO PUEDO OLVIDARTE - 3ª TEMPORADAOnde histórias criam vida. Descubra agora