Fadas, purpurina e cogumelos

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Em um lugar não tão distante próximo do arco Íris, havia um reino governado fadas, isso mesmo que você leu, fadas, algum problema? Não? Ok.

Nesse reino existia um ser super normal, o que era estranho no lugar que estamos falando. O ser exalava bastante purpurina, era conhecido como fada Luan Gustavo.

A vida da fada Luan Gustavo era muito ferrada, tipo muito ferrada mesmo.

Ele até tinha boas condições financeiras, uma boa casa e essas coisas, mas ele não tinha muita sorte mesmo, na verdade, ele deve ter sorte em ter azar.

A fada Luan Gustavo é um dos poucos seres, bem poucos, que teve a "sorte" de nascer sem asas, então ele usava algum meio de transporte mágico para se locomover.

Os humanos não sabiam da existência desse lugar e o povo do reino das drog...purpurinas, acreditavam que os humanos eram perigosos, quer dizer, ninguém nunca viu um para dizer o contrário.

Nenhum humano havia adentrado naquele lugar brilhoso com arco íris... até hoje.

La estava Ferreira, uma legítima humana, andando por aí pensando "Aonde é que eu tô ?" e comendo cogumelos que achava pelo caminho que a mesma disse que eram muito bons.

- Cara, é o efeito dos cogumelos ou eu to vendo um ser purpurinado vindo em minha direção? - disse ela deixando cair um cogumelo no chão.

- Quem ser você, criatura estranha? - disse o ser tentando parecer ameaçador segurando uma colher.

- Calma moço, abaixa essa colher aí, não precisa de agressão - ele abaixa a colher - Eu sou...Robson, o mestre dos magos!

- Prazer Robson, mas Robson não é nome de meninos? Não me leve a mal, mas você parece uma menina.

- Não... Robson também é nome de menina.

- Ok então! E o que você tá fazendo aí? Parece meio perdida...

"Ele aparenta ser meio burro" pensou Ferreira

- E você quem é? Não parece ser muito importante... - perguntou Ferreira.

- E não sou, quer dizer, sou uma pessoa muito importante tá? Meu nome é Luan Gustavo Purpurina Pereira dos Santos Cordeiro Filho Neto Almeida Ferreira Carvalho Campos Gonçalves de Azevedo França Campbell Guimarães Neves, mas você pode me chamar de Luan Gustavo, ou apenas Gustavo, tanto faz.

- Então tá.

- Você não respondeu a minha pergunta. - falou Luan Gustavo cruzando os braços

- Porquê eu não quis.

- Noza Junreg.

- Posso te fazer uma pergunta? - perguntou Ferreira

- Mas você já tá fazendo uma.

- Ok, posso fazer dois perguntas?

- Fala logo.

- Então, você poderia me falar onde tô? - perguntou Ferreira lembrando que estava perdida, mas Ferreira pensa que pedir informações para aquela purpurina em pessoa não é uma coisa boa, talvez ela esteja certa sobre isso.

- Foi isso que eu te perguntei.

- Ah.

Um silêncio se instalou naquele lugar. Ferreira estava olhando para o nada enquanto tinha várias viagens mentais.

- Ei!

- O que? Oi? Quanto tá o pão? O que aconteceu?

- Você tava viajando ai, acho que a minha beleza te afetou! É, eu causo esse efeito nas pessoas e..

- Se tivesse me afetado, eu estaria correndo para Nárnia...

- Oooooooooh! Eu não deixava! - falou um unicórnio louco que estava passando por ali.

- Então tá...

- Nossa, você feriu meus sentimentos. Isso não se faz. - falou e logo após começou a chorar - Não sou mais seu amigo.

- Eu nem era sua amiga antes mesmo, mas para de chorar, aqui toma - entrega um cogumelo - Come isso.

- Nossa! Isso é muito bom! Tem mais aí?

- Não, acabou, já era.

- Bem... você me perguntou aonde você tá, você não sabe?

- Se soubesse não estaria perguntando, né?

- Você não é daqui ? Ah deve ser do reino do norte... não lembro o nome dele agora, mas é isso aí.

- Não conheço esse lugar, não parça.

- Norte? Leste? Oeste ?- negou com a cabeça - Espere ai... você só pode ser um... como não percebi antes?

- Um o que?

- Um...humano! Você me enganou Robson mestre dos magos!

- Ah, ok, você descobriu, achei que era burro demais para isso... Que? Tudo bom? Não disse nada.

- Espera, se você é um humano, não deveria me matar?

- Não cara, eu sou da paz!

- Sabia! Sempre falei que os humanos não matavam fadas como nós!

- Espera... Você é uma fada!?

-Sim... Por que você está rindo ? - observa a criatura quase morrendo de tanto rir - Isso não é engraçado, só porque não tenho asas não quer dizer que eu não possa ser uma fada.

- Nossa, não sabia que existiam fadas machos e sem asas...Apesar de você ser meio afeminado.

- É o que? -levantou a colher - Repete!

- O que? Quem disse alguma coisa?

- Acho bom.

- Mas e ai, vai me mostrar o lugar e me levar até o seu chefe, igual nas histórias?

- Mas nós estamos em uma.

- É mesmo.

- Continuando, eu não ia não, mas como eu não tenho nada para fazer e tenho que seguir o roteiro...

- Vamos então.


¨¨¨¨

Só para constar, eu não uso drogas


Aventuras no Reino da PurpurinaOnde histórias criam vida. Descubra agora