▪ Quinze ▪

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As mensagens vão estar em itálico.

A campainha toca, e a melodia soa por todo apartamento, estourando a grande bolha imaginária que Liam era sugado sempre que começava a trocar mensagens com um certo cara de cabelos negros.

- Mamãe. - Droga.

Ele vai ouvir, ele sabe que vai.

Karen odeia ser ignorada, e se ele soubesse que era a mãe na porta do seu apartamento, teria atendido na primeira vez que a campainha foi tocada e não na quinta.

- Não me venha com mamãe seu ingrato, eu venho lá do outro lado do mundo pra ver o meu filho que não vejo a décadas, e fico aqui plantada.

- Mãe, não é pra tanto... Faz dois dias que a gente se viu, e a senhora mora há vinte minutos daqui, me desculpa.

A mulher cruza os braços e tenta fazer sua melhor cara de magoada.

- Mamaaaãe... - Liam choraminga, e faz sua melhor cara de cachorrinho que acabou de cair da mudança.

Dois dramáticos.

- Tudo bem, vem cá. - Karen senta no sofá cor creme, e puxa Liam para um grande abraço - Estava morrendo de saudade do meu bebê.

- Eu não sou um bebê, já tenho vinte quatro, mãe.

- Eu sei, mas você ainda é meu bebê.


Anjo: Que demora, você dormiu?

Você: Desculpa, tive que ir atender minha mãe :)

Anjo: O bebezão ainda mora com a mamãe?

Você:  Não, mas isso seria um problema?

Anjo: Não haha, eu só queria te irritar.

- Por que você tá sorrindo feito um idiota para o celular, filho?

- Não é nada, mãe... hm, quer bolo? É de chocolate, vou pegar pra gente.

Liam foge da situação como o diabo foge da cruz, ele morre de medo de como a mãe vai reagir quando souber que ele está apaixonado, por um garoto.

Karen não costuma ver o garoto com muitas pessoas, Liam teve apenas uma namorada quando tinha uns 16 anos. É claro que ele já saiu com meninas e meninos por aí, mas nada sério o suficiente para sua mãe ter ciência.

E meninos especificamente, que ele não sabia mesmo.

O celular vibra de forma irritante com mais uma enxurrada de mensagens, Zayn odeia esperar.

Os olhos da mulher estão vidrados no aparelho, esse que está à beira de cometer suicídio na beirada da mesinha toda esculpida em madeira, que fica ao lado do sofá.

Karen pega o celular antes que ele caia no chão, a incessante vibração alertando a chegada de novas mensagens continua.

Anjo: É muito chato falar com alguém que você não sabe o nome.

Anjo: Como eu posso te chamar?

Anjo: Oitenta e quatro anos depois...

Anjo: Fala seu nome.

Anjo: Por favor!!

As mensagens brilham na tela do celular, e milhões de interrogações aparecem na mente de Karen.

Quem é esse tal de anjo?

E por que a pessoa não sabe
o nome do seu filho?

Tudo muito estranho.

- SUCO OU REFRIGERANTE, MÃE? - Liam grita da cozinha.

- SUCO!

A curiosidade lhe atinge em cheio, seria muito errado olhar as mensagens certo? certo.

Mas sempre que Liam faz algo que não lhe agrada, ele repete a mesma frase: "As vezes a gente precisa quebrar algumas regras, mamãe", ele diz, não ela, então é o que ela vai fazer, Karen vai ao início de toda conversa e lê todas as mensagens, quebrando assim algumas regras.

Então seu filho estava apaixonado?

E por um garoto?

Muita informação, a mulher parecia estar congela olhando para tela do celular, enquanto absorvia tudo.

- Só tem suco de laran - Liam para, quando todos os bloquinhos parecem se encaixar.

Ela leu. Porra, ela leu as mensagens.

- M-mamãe, eu p-posso explicar.

- Você vai, não se preocupe. - Karen responde com um tom que Liam reconhece como tristeza.

muito lixo? tá, mas vai ter q ser assim mesmo..

só digo uma coisa sobre esse capítulo, pega na minha mão e confia. kkk

Stay strong. Stay alive. 🔥

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